O que um ano dentro do Caos Club, em Campinas, possuiu de experiências e de momentos históricos em nossos corações.
Caos
Quando pensamos em algum club que tenha invadido uma cena pacata no interior de algum estado, logo pensamos em Caos. Com um ano de atividades, a casa surpreendeu até mesmo seus proprietários com tanto sucesso eminente a um devaneio de pequenos estabelecimentos voltados a dance music underground no noroeste paulista.
Mas o que o Caos possui de tão diferente? Esta aí uma pergunta das mais cabulosas, da qual descrever uma resposta em poucas palavras é praticamente impossível, mas senti-la, de diversas formas, é verdadeira e gratificante para todos os que participaram de pelo menos uma, de suas edições históricas, incluindo seu aniversário com Ben Klock.
Ben Klock no Caos
Poderia aqui criar um texto para o desempenho de Ben, de Eli Iwasa e de Lucas Freire, que assumiu o comando dos CDJs finalizando a programação de um ano, em homenagem à sua cidade, Campinas, mas tudo que eu exacerbaria em palavras, não descreveria meus sentimentos por um club que passei a admirar dentro destes meses de sua existência.
Eli Iwasa no Caos
Certa vez, em viagem por um coletivo intermunicipal, encontrei um casal que esbanjava anseios e simpatia, perguntei onde estavam indo, e, eles responderam, em um voz alta e firme: Estamos indo para o Caos. É assim que nos sentimos quando entramos diante daquele galpão repaginado e intimista, todos nós estamos indo de encontro com nosso Caos.
No meio das madrugadas de sexta feira a fio, nossos lapsos do cotidiano cedem lugar aos nossos sentimentos mais consistentes, declarados através de sorrisos, mãos para cima, arrepios e claro por nossos ouvidos, até que a manhã de Sábado chegue pelas janelas das antigas instalações, que guardam histórias de milhares de pessoas, incluindo a de nomes lendários do techno e do house.
Caos
Impossível esquecer aquele abraço entre Nina Kraviz e Marcel Dettmann, aquele sorriso de Eli Iwasa admirando Carl Craig tocar na noite de abertura, aquela entrada de Marco Carola naquela madrugada especial de verão, ou aquelas experiências femininas, que com uma delicada curadoria, invadiram as noites da casa, dignas de citações Tijana T, Ellen Allien, ANNA e Giorgia Angiulli.
Carl Craig na inauguração do Caos
Talvez seja assim que o Caos devesse ser descrito, como experiência única, através de grandes sentimentos, de grandes momentos e de grandes pessoas, incluindo seus espectadores, que deram um show a parte durante seu primeiro ano de existência.
Parabéns Caos, que o caos dentro de nós, continue latente dentro deste ótimo Caos que é vivenciar toda a sua experiência. Afinal, o segundo capítulo deste livro aberto só está começando, mas antes de tudo, já sabemos, vem o Caos.
