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Entrevista

Entrevistamos: Ferry Corsten

Após sua passagem pelo Brasil, o responsável por um dos melhores álbuns do ano, Ferry Corsten, conversou com nossa equipe numa entrevista incrível. Confira:

Ele, que já respondeu por vários nomes, é dono de grandes hits e recentemente fez um long set de tirar o fôlego em São Paulo, Ferry Corsten conversou com nossa equipe e falou sobre o processo de criação do Blueprint, sobre o Gouryella, Tiesto, o cenário atual do trance e até revelou alguns segredos de produção. Confira!

Beat for Beat – O Blueprint é muito mais que um álbum. Seu conceito, seu roteiro foram feitos com uma atenção minuciosa e o resultado é um dos albuns conceituais mais incríveis dos últimos meses. Como surgiu a ideia de fazê-lo? Como surgiu a história de Lukas e Vee?
Ferry Corsten – Tudo isso é resultado de um sonho que sempre tive, que era criar um álbum musical em torno de uma história ou um trabalho que contasse uma. Desde pequeno eu sempre fui um grande fã de ficção cientifica. O interesse pelo desconhecido e do que está além disso, sempre me prendeu, então, para esse projeto, eu decidi combinar as duas coisas: a chance de trabalhar com ficção cientifica e a música… e a história de Lukas e Vee nasceu… que é essencialmente uma história de amor, com um toque de ficção.

Ferry Blueprint

Capa do Blueprint

B4B – Com melodias extraordinárias, tanto em remixes como em produções autorais, muita tecnologia hoje te auxilia a produzir com maestria grandes tracks que tocam nossas almas. Quais são os equipamentos e softwares que você utiliza em suas produções e que você pode nos revelar?
Ferry – Eu geralmente uso um MAC e o Cubase. Sempre fui fã do Cubase, mas para este álbum em particular, tentei olhar “fora da caixa” em termos dos sons que usei. Eu tenho uma biblioteca de sons incriveis da Native Instruments que usei. O Omnisphere da Spectrasonic também tem uma grande presença no Blueprint. Meu segredo de uma boa melodia é a simetria: uma melodia que você pode cantar e que implorará por uma repetição, quando chegar ao fim.

B4B – Como foi comecar Gouryella com Tiesto, assumir e dar uma caracteristica própria ao projeto sozinho e depois, junta-la ao Ferry Corsten no Blueprint?
Ferry – Boa pergunta! Gouryella começou como um “simples projeto divertido”, onde um DJ e um produtor se uniram no estúdio. Eu ainda não estava tocando como DJ, então meu envolvimento com o projeto foi a produção e Tiesto trouxe sua bagagem como DJ. Depois de 3 lançamentos, Tiesto decidiu seguir seu próprio caminho e mudar de direção musical, assim, eu continuei o projeto sozinho, até que também decidi dar um descanso ao Gouryella. Mas então, 13 anos depois, senti a necessidade de voltar. Eu havia perdido aquela sonoridade e não tinha nada parecido, afinal, 13 anos é muito tempo, o que significa também que você cresceu como pessoa. Ao trazer o Gouryella de volta, senti que realmente, precisava enfatizar o significado mais profundo do conceito e da palavra Gouryella e por isso, eu era meticuloso com todos os detalhes, da música aos shows. No Blueprint, eu tive a mentalidade de que tudo precisava ter sentido, em todos as formas possíveis. Ter o Gouryella no Blueprint foi o passo mais lógico.

Ferry Tiesto Gouryella

Ferry Corsten e Tiesto, inicio do projeto Gouryella

B4B – Você tem viajado o mundo com a tour Blueprint. Como tem sido a recepção do público em todos esses lugares? Como foi sua passagem por São Paulo?
Ferry – Fiquei impressionado com a resposta ao Blueprint, bem como ao show ao vivo. O álbum veio com um conjunto de imagens que usamos como inspiração para o show. Gostei muito de tocar na Laroc, é um clube simplesmente incrível e com um público fantástico; Espero voltar lá um dia… em breve.

B4B – Ainda no Brasi, infelizmente o show que aconteceria no Rio de Janeiro foi cancelado pelas autoridades locais de última hora. Como você se sentiu? O público carioca pode esperar por um retorno seu?
Ferry – Depois de uma ótima noite na Laroc, acordei muito ansioso para ir ao Rio, mas fui apenas para receber a notícia de que o show foi cancelado. Fiquei muito desapontado. É muito triste ver essa politica feia por trás de algumas coisas. Atualmente, estamos tentando remarcar essa apresentação e os dedos estão cruzados, para que as autoridades permitam o show dessa vez e de verdade!

Ferry Costen na Laroc, Valinhos

B4B – Seis discos como Ferry Corsten, dois como System F, um como Ferr, labels como Gouryella, Veracocha… Como passear tanto com ampla distinção de sonoridade em tantos projetos? Como é feita a escolha do que produzir e sob que “personalidade” faze-lo?
Ferry – Todos esses alias que criei no passado, foram feitos durante um tempo em que eu tinha “todo o tempo do mundo” para sentar e produzir, desde que eu não estivesse viajando ou tocando, por isso, tive muita liberdade pra explorar o meu lado produtor. Mais tarde, comecei a me concentrar no que realmente funcionaria pra mim como DJ e assim, restringiria meu estilo como artista. Atualmente, foco apenas no Ferry Corsten e Gouryella. Considerando que Gouryella tem um som mais “puro” de trance, Ferry Corsten pode explorar diferentes territórios após um certo tempo.

B4B – O mercado global anunciou recentemente, uma grande aposta no Trance como um dos gêneros em que mais crescerá no mundo, novamente. O que Ferry Corsten enxerga como futuro do gênero que tanto ama?
Ferry – A mudança é sempre boa e às vezes, precisamos perder algo que amamos tanto, para apreciá-lo ainda mais. Eu acho que foi o que aconteceu com o Trance. Pessoalmente, estou recuperando sons da “era dourada do trance”, entre 1999 e 2004, como inspirações para minha música hoje.

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B4B – Do dinheiro em que acumulou para comprar seu primeiro teclado até ser considerado o melhor dj de trance do mundo e hoje considerado por muitos críticos de música eletrônica um dos pilares de seu gênero. Qual foi o momento mais dificil da sua carreira? Como o superou?
Ferry – Eu acho que lidar com o que eu queria fazer, do ponto de vista artístico e fazer isso em comparação com aquilo que meus fãs esperavam que eu fizesse em estúdio. Todo mundo trabalha de uma forma diferente e no meu caso, é necessário me afastar de tudo que faço, para me inspirar e no passado, isso nem sempre foi aceito pelos meus fãs. Ao longo dos anos, finalmente sinto que posso me comprometer com um tipo de som, pois percebi que é aí que o meu coração está.

B4B – Segundo Armin, muitos nomes estão “retornando” ao trance, como NWYR, Purple Haze, Alpha 9. Como você vê essa mudança de gêneros, de outros artistas, mas que de certa forma, retornam ao “Dark Side” do Trance?
Ferry – Isso é bom, desde que seja trance de verdade e não apenas pessoas fazendo isso porque o gênero está se tornando popular novamente.

B4B – E por fim, Ferry Corsten por Ferry Corsten?
Ferry – Muitas pessoas me chamam de “Homem Melodia” e eu me orgulho disso! 😉

Obrigado, Ferry, por manter a chama do Trance sempre viva!

Editores do Beat for Beat. Apaixonados pela música, pela pista e uma boa taça de gin.

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