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Entrevista

Entrevistamos: Joris Voorn

Considerado por muitos, uma das lendas do underground mundial e com uma recente passagem pelo Brasil, conversamos com a lenda Joris Voorn!

Joris Voorn

Com mais de 20 anos de carreira, o DJ e Produtor Joris Voorn é um dos mais influentes e respeitados artistas do cenário underground mundial. Nome por trás das gravadoras Rejected e Green, Joris coleciona apresentações nos maiores festivais do mundo, álbuns, singles, remixes, além de uma expertise inigualável.

Em recente passagem pelo Brasil, batemos um papo com o artista holandês e que você confere logo abaixo. Entrevistamos: Joris Voorn

Beat for Beat – Você é com, com toda certeza, um dos grandes nomes do movimento underground mundial. Já passou por grandiosos eventos ao redor do mundo e a lista é bem grande, mas nos diga uma coisa: existe algum local que te marcou de forma completamente diferente de todos os outros?

Joris Voorn – Pode parecer estranho, mas eu gosto de voltar para casa, de voltar pra Holanda. Eu acho que nós temos algumas das melhores pistas de dança do mundo!

B4B – Você tem acompanhado a mudança dos gêneros da música eletrônica no decorrer dos anos, bem de perto. O que fazer para manter-se sempre atualizado, mas sem deixar todas essas novidades sonoras de lado? Qual a melhor forma de adotar o novo, sem deixar velho de lado?

Joris – Não há uma melhor maneira, propriamente dita. Acho que o ideal, é usar todas as novidades a seu favor. Se houver uma dessas coisas novas que funcionem para você e sua música, vá em frente, se não, simplesmente descarte. Eu gosto de encontrar um equilíbrio entre “old school” e o “new school”, porque gosto dos dois e estou sempre me esforçando para melhorar.

B4B – Mantendo esse pensamento sobre o velho e novo, qual é a relação de Joris Voorn com a tecnologia que invade cada vez mais o cenário eletrônico? É válido ainda manter-se preso ao vinil ou adaptar-se a novas tecnologias pode facilitar ou até mesmo melhorar sua performance musical?

Joris – Ainda é válido manter o vinil, mas você deve escolher aquilo que funciona para você. Essa é a chave pra fazer aquilo que você ama e curte da melhor forma, caso contrário, a diversão de tudo será muito menor. Eu conheço grandes artistas que usam vinil e eu conheço outros grandes artistas que não usam. É tudo uma questão sobre o que você faz com o equipamento que você usa.

B4B – Com tantos anos de carreira, você viu DJs irem e virem. Nomes tornarem-se consagrados, ou sumirem e até mesmo foi responsável por lançar novos talentos. Quem são os artistas que você considera inspiração pra você? E quem são aqueles que devemos ficar de olho?

Joris – Definitivamente, Jeff Mills, um dos maiores nomes do techno. Também a lenda vida Karl Hyde. Ambos fizeram tanto pela cena e são minhas inspirações. Hoje em dia, há muito talento surgindo e pronto para ser encontrado. As redes sociais mudaram o jogo, permitindo aos jovens artistas compartilharem suas músicas online e tornarem-se realmente bem sucedidos com isso.

B4B – Você é um artista completamente versátil, principalmente quando escolhe artistas para remixar. Você já fez versões de Solomun, Moby, Bob Moses e até mesmo Lana Del Rey e Swedish House Mafia. Como funciona o processo de escolha de uma track para remixar? Você tem trabalhado em algum remix recentemente?

Joris – Eu não escolho a track, mas ela que me escolhe. Quando eu ouço alguma coisa e ela mexe comigo de alguma forma, me imagino fazendo um remix dessa track. Então, eu apenas transformo essa imaginação em tempo no estúdio e esse é o processo de seleção dos meus remixes. No mês passado, lancei meu remix de ‘Walls‘ do Yotto. Eu trabalhei neste remix por um longo tempo e estou feliz por ter recebido muitas reações positivas.

B4B – Além de remixes, você possui grandes tracks autorais. Seu último álbum, ‘Nobody Knows‘, foi lançado em 2014. Quando seremos presenteados com um novo álbum?

Joris – Há tantas músicas inéditas guardadas. Eu provavelmente poderia lançar dois álbuns no momento… Mas criar um álbum é mais do que apenas singles para mim. As músicas devem contar uma história, então ela se torna uma obra de arte. Esse processo exige muito trabalho, mas estou trabalhando o tempo todo para que haja algo em breve! Eu não quero fazer nenhuma promessa sobre um novo álbum, já que uma vez eu anunciei um álbum e infelizmente ele teve que ser adiado e eu provavelmente decepcionei alguns dos meus fãs com isso. Então, eu aprendi com o meu erro e hoje em dia eu gosto de fazer surpresa para todos vocês!

B4B – Recentemente você atingiu a marca dos 100 episódios com o Spectrum. Conta pra gente: como é a rotina da gravação dos programas? Alguma chance do Brasil receber uma mais uma edição da festa?

Joris – Eu gosto de selecionar todos os meus favoritos, então realmente se torna um conjunto de tracks que eu gosto. O objetivo é levar os ouvintes em uma jornada musical, enquanto desencadeio algumas emoções. Spectrum é basicamente sobre a variedade do house e techno. Levamos o Spectrum para o Warung no início de 2018, foi uma combinação maravilhosa, com a incrível energia do público brasileira. Espero trazer o Spectrum de volta ao Brasil em breve – Acompanhem as novidades!

Editores do Beat for Beat. Apaixonados pela música, pela pista e uma boa taça de gin.

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