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Entrevista

Entrevistamos: Tropkillaz no Rock in Rio

Juntos desde 2012, o Tropkillaz construiu uma história de sucesso, que não limita-se só ao eletrônico e que eles contam pra gente nessa entrevista.

Tropkillaz

A música eletrônica é cheia de projetos e artistas que fogem um pouco do tradicionalismo. Com claras influências de funk e hip-hop, o duo Tropkillaz, composto pelos produtores André Laudz e Zé Gonzales, foi formado em 2012 e desde então, tem feito um grande sucesso por onde passam. Sem se preocuparem em agradar a todos, o duo tem feito uma música muito própria, que levaram para o palco do New Dance Order, no Rock in Rio, onde conversaram com nossa equipe. Entrevistamos: Tropkillaz

Beat for Beat – Vocês tinham carreiras profissionais já reconhecidas antes de começar a dupla certo? Quando foi que Zé conheceu o André e vice versa e como foi primeiro processo produtivo de vcs?

Laudz: Tudo começou pela internet. A gente se conheceu virtualmente, começamos a fazer música, sem compromisso nenhum. Depois de algum tempo e de já termos feito algumas coisas, eu mandei uma mensagem pro Zé e sugeri que fizéssemos uma mixtape com aquele tipo de som que estávamos criando. Ele achou melhor soltarmos uma track em si, não uma mixtape, com um nome que remetesse a nós dois e foi onde tudo começou.

: É até engraçado falar sobre como nós conhecemos, pois quando conheci o Laos, eu tinha de carreira o que ele tinha de idade, mas ambos admirávamos o trabalho um do outro. Eu sempre tive uma grande admiração pela “nova escola”, por tudo que acontece de novo no cenário musical, assim como o Laudz curte as coisas mais “old school”. Nós nos unimos pra juntar de fato os anos 90 e 00, com as coisas mais atuais, mas tudo começou sem compromisso algum, com ele disse. Depois de criar a primeira track, da noite pro dia, literalmente, enquanto saia pra jantar, desenhei num guardanapo “Tropkillaz”, fiz um coqueiro no desenho, remetendo Trop a tropical e mandei pra ele a ideia, que curtiu e lançamos. Não quisemos usar nenhum dos dois nomes, criamos do zero, sem pretensão e acabou que hoje, é o projeto mais bem sucedido de nossas carreiras.

B4B – O Tropkillaz tem uma grande influência do trap, hip-hop, até mesmo do funk. Como é a aceitação do público mais tradicional da música eletrônica?

Tropkillaz – A gente não liga mais pra essa coisa de aceitação. Nós somos peixe fora d’água em qualquer lugar que a gente esteja, seja no rap, na música eletrônica, no funk, a gente tem influência de house, mesmo a galera olhando torto, e a gente não se importa com nada disso. Nossa escola é a rua. Eu sou skatista profissional, ando de skate a minha vida toda, o Laudz também é da rua, grafitou, tem hip-hop até no último fio de cabelo e a gente aprendeu a não ligar pra opinião dos outros. A gente gosta de fazer o que a gente quer fazer. Se colocarem a gente no palco de Barretos, a gente vai se virar, assim como se colocarem a gente no Coachella, a gente vai se virar também. A gente faz música!

B4B – Pensando nisso, então podemos dizer que o Tropkillaz não possui um gênero musical especifico?

Tropkillaz – A gente achou nossa sonoridade, que é pesada, intenso. Nossos primeiros funks oficiais, por exemplo, foram porque os produtores de funk curtiram nosso som, que é bem característico e começaram a nos procurar. O trap por exemplo, a gente já fazia antes de surgir essa “moda” do trap, que nada verdade, é uma apropriação do nome do gênero americano, já que aqui, o trap é um pouco diferente do original, assim como o funk brasileiro do americano. A gente sempre frez música de 808, bass, com influências de dirty south, por exemplo, mas dai colocamos nossa identidade, sampleando muita coisa e trazendo pras produções. Nas primeiras 20 músicas do Tropkillaz, por exemplo, não tínhamos MC e nem pretendíamos ter. A gente queria fazer uma música que não dependesse de ninguém, um hip-hop que funcionasse na música eletrônica, mas nada disso foi de fato planejado, foi acontecendo.

B4B – Vocês hoje, possuem grandes colaborações, incluindo com a cantora Anitta. Como surgiu esse convite?

Tropkillaz – Trabalhar com a Anitta foi algo que surgiu a partir dela. Ela é uma profissional super antenada no que está acontecendo no cenário musical e nos procurou. Nós não eramos nada, não tínhamos nenhum hit ainda, tínhamos musicas mais undegrounds, mas a Anitta é realmente ligada nesse lado mais B. Ela curtiu o som que estava fazendo e então, decidiu que queria trabalhar com a gente. Ela nos adicionou nas redes sociais, já me mandou mensagens e hoje, somos muito amigos, tanto que temos algumas músicas juntos, muito mais do que aquelas que foram lançadas oficialmente.

B4B – O duo GTA disse pra gente no Lollapalooza que vocês são uma grande influência no som deles, principalmente com as misturas que fazem. Qual é a relação de vocês com eles?

Tropkillaz – É engraçado isso porque o GTA são um dos caras que a gente mais ama! Eles surgiram na mesma época que a gente e eles pensam igual a gente! As ideias são praticamente as mesmas, tanto que também somos amigos. Temos músicas juntos, mas ainda não lançamos. A gente curte tocar algumas músicas deles em apresentações nossas, assim como eles tocam músicas do Tropkillaz nos sets deles e quando a gente percebeu, já eramos “melhores amigos de infância”. É louco você ser fã de alguém, trabalhar pra caramba e quando perceber, seu ídolo passa a ser seu fã e foi o que aconteceu com a gente e o GTA. Uma completa sintonia.

B4B – Por fim, como foi tocar no New Dance Order do Rock in Rio?

Tropkillaz – O nosso set foi muito legal. Nós não sabíamos que íamos tocar 80 minutos, nossos planos eram para um set de 60 minutos, talvez 70, mas quando percebemos que íamos tocar um pouco mais de tempo, tivemos que improvisar ali. Nossa preocupação ali no NDO não era fazer um set só com hits, nós queríamos agradar a todos os tipos de públicos que estavam presentes. Nós trouxemos desde clássicos como ‘Infinity‘, até música do Lil Nas X, claro, todas com as nossas releituras, com a nossa cara e o resultado foi um set muito legal. Nós curtimos bastante e esperamos que o público também tenha curtido.

Editores do Beat for Beat. Apaixonados pela música, pela pista e uma boa taça de gin.

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