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Editorial

6 opiniões de mulheres sobre o espaço feminino na cena eletrônica

Neste 8 de Março, quem tem o poder de fala, são elas mesmas, mulheres, grandes DJs da cena eletrônica nacional e internacional.

 mulher

Hoje é 8 de Março, como todo 8 de Março, a humanidade entra na forçada reflexão de um pouco sobre a luta da igualdade feminina e seu espaço na sociedade. O poder da mulher que antes era ignorado, hoje é não só assunto de 8 de Março, é referência para a luta de outras mais mulheres, que almejam este mesmo espaço social.

Hoje poderia ser feriado, poderia ser um dia repleto de comemorações, mas poderia ser um dia sem rosas, delicadezas, demonstrações de carinho que submetam a fragilidade e o encanto do machismo velado, em todas as nossas classes sociais. Hoje poderia ser um dia diferente, apenas mais um dia normal, para todas aquelas mulheres que lutam diariamente para sobreviver, crescer e dedicar suas conquistas a quem as apoiou.

Os editores do Beat for Beat, neste ano, decidiram fazer algo de diferente e não apenas expressar sua admiração por cada uma delas, que fazem da cena eletrônica brasileira e mundial, um campo sensorial muito mais conciso e consciente, mas deixar as mesmas se expressarem, em um dia qualquer dos últimos anos, com recortes de nossas principais entrevistas e suas falas de orientação, para todas aquelas mulheres DJanes, que lutam diariamente, assim como cada uma delas.

Conheça 6 frases de 6 mulheres diferentes, que fazem parte do nosso emblemático cotidiano da dance music, em suas diferentes vertentes e gêneros musicais:

Carola

Carola

“A cena eletrônica surgiu da diversidade e é preocupante que hoje em dia essa diversidade não seja tão presente no cenário mainstream. Acho que a democratização desse universo vai acontecer com o tempo, por que é importante entender que hoje essa é uma pauta presente na nossa sociedade e se a música eletrônica quer ganhar cada vez mais espaço e mais adeptos é necessário estar alinhado com o que está acontecendo no mundo.” – Carola

Paulete Lindacelva

Paulete Lindacelva

“Quem conhece a história, sabe como e onde as maiores vertentes da música eletrônica surgiram, sabe que foram nos guetos e que a presença de corpos trans não só eram maioria, como eram também os protagonistas, estando na vanguarda do movimento. Acho que a morte do preconceito não se dá pela exposição dos corpos trans, mas sim quando as pessoas cis buscam conhecimento, buscarem entender as questões de classe e raça e, aí sim, deixaremos de ser punidas pela falta de alcance e por suas ignorâncias.” – Paulete Lindacelva

Aline Rocha

Aline Rocha

“Eu sinto que a gente tem um longo caminho para que a mulher seja visto com respeito, independente da cena em que ela atua, do caminho que ela escolhe, da roupa que ela veste, a mulher precisa ser olhada com muito mais respeito. E eu não falo apenas de gênero, eu estou falando de igualdade de oportunidade, porque as barreiras são muito difíceis e elas desistem muito antes de conquistarem alguma coisa. Hoje eu tenho 16 anos de carreira e só agora eu estou conquistando meu espaço, nem todas tem essa resiliência e força de vontade para persistir. A gente não quer um line só de mulheres, a gente quer igualdade, porque onde há muita divisão, segmentação, não há união. Igualdade pro DJ homem que tá começando, pra DJ menina que tá começando, é isso. Igualdade, oportunidade e diversidade.” – Aline Rocha

Magdalena

Magdalena

“Acho que para muitas DJs femininas em ascensão, esse ainda é o caso e incentivo a todos a irem lá e se esforçarem o máximo que puderem para que seja um sucesso. Não tenham medo de aceitar o apoio de outros artistas e promotores. Muita coisa já mudou, mesmo quando ainda não chegamos onde queremos. Essa cena precisa de mais talento feminino que tenha coragem de experimentar.” – Magdalena

BLANCAh

BLANCAh

“A música eletrônica nasceu para isso, ser o discurso e o lugar das “minorias”; o “mercado”, o “business” a resinificou a ponto de muita gente acreditar que ela não nos pertence mais, mas ela também é nossa sim! Este é um debate longo e complexo e é preciso interesse para que ele seja compreendido. Penso que qualquer pessoa que diz amar música eletrônica, deveria estudar suas origens para entender aonde se forjou o objeto do seu amor.” – Blancah

Ella De Vuono

Ella De Vuono

“Para mim, tudo que conquistei até agora, nada tem a ver com meu gênero e sim com a minha competência, com o meu desenvolvimento mesmo. Este é um meio predominantemente masculino, assim como a aviação, por exemplo. Nós, mulheres, fomos “podadas” uma vida inteira, então ainda estamos começando a conquistar nosso lugar. Sempre acreditei que o único critério a ser levado em conta é o conhecimento, a competência. Para mim, não importa o gênero da pessoa que está no palco, me importa a arte dela.” – Ella de Vuono

Pós graduado em comunicação e marketing digital pela Universidade Belas Artes de São Paulo. DJ, produtor de eventos, PR, poeta e workaholic. Amante de um bom som, um por do sol e uma boa taça de gin tônica.

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