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Dad of the Year apresenta o single “The Switch” pela The Magic Movement

Faixa busca despertar uma certa estranheza no ouvinte; falamos com ele sobre isso e muito mais

dad of the year

Por Sofister

Veterano com mais de duas décadas dedicadas à música, Dad of the Year segue surpreendendo. Dono de um estilo que vai do sombrio ao melódico, o canadense de Montreal agora passa seu tempo explorando as selvas da Costa Rica, mantendo sua inspiração. O artista, também anteriormente conhecido como Creator, é um dos pioneiros da cena eletrônica em seu país e exibe um amplo espectro de criações marcantes no decorrer de sua carreira.

Agora, agitando setembro com seu novo single “The Switch” pela The Magic Movement, falamos com o artista sobre sua carreira e abordamos mais detalhes dessa parceria com a gravadora e o que mais vem por aí. Confira:

B4B: Olá, Dad of the Year, obrigada pela entrevista. Considerando seus 20 anos de carreira, quando foi a primeira vez que você se deparou com música eletrônica?

Dad of the Year: Feliz em poder conversar com vocês, obrigada! Era o final da década de 90. Tudo era muito novo para mim e me lembro de ter ficado completamente impressionado com a música eletrônica. Enquanto todos estavam se divertindo, eu estava ali parado, completamente hipnotizado pelo som, analisando, estudando. Era divino. Como se Deus estivesse falando comigo através da música. Entendi na hora. Entendi muito rápido o que os DJs estavam tentando fazer, como eles estavam fazendo, o que eu gostava ou não gostava. Na mesma semana eu já tinha a mesa de som, e já era um aspirante a DJ 😉

 

B4B: E depois desse encontro, quando foi que você resolveu pular de cabeça na produção musical e trabalhar com isso profissionalmente?

Dad of the Year: Eu sou antes de tudo um DJ. Venho desta era de grandes contadores de histórias, que tocavam sets muito longos, passando por vários gêneros. O DJ era o meu foco na época. A produção musical chegou muito tarde no jogo. Eu brincava com a produção há muito tempo, mas só depois de me aposentar como DJ em 2012 é que comecei a me concentrar mais nela. Acho que foi para preencher o vazio de não tocar mais. Mas, em 2018, algo aconteceu. Fui inspirado por uma faixa que eu amo tanto da Modd (Stellar) e minha criatividade apenas começou a fluir. Eu disse…. “Ah! Já entendi. ESTOU DE VOLTA”! Não foi planejado nem esperado. Para mim nunca houve um plano, apenas esta paixão consumista que não quer sair e não quer que eu pare.

 

B4B: Falando sobre  “The Switch”, nos conte sobre como foi o processo de produção musical do single?

Dad of the Year: Demorou um pouco para encontrar meu som como produtor. No início eu pensava que ia para aquele som diurno “All Day I Dream”. Mas a realidade é que eu toquei techno e coisas obscuras quase que ao longo de toda a minha carreira. Entendo de dark rooms e essa sensação especial às 7 da manhã, é o que eu faço melhor. Portanto, esta faixa é na verdade a minha primeira produção voltando nessa direção. Parece muito com o meu som. O Switch é na verdade um ponto de virada, o que se encaixa no título. Agora eu sei exatamente para onde estou indo, e vocês vão ouvi-lo com as próximas faixas que sairão nos próximos 2 meses.

B4B: Numa pegada meio trippy, transcendental, quais elementos sonoros você utilizou para a conseguir esses efeitos na track? 

Dad of the Year: Tecnicamente não tenho certeza se é assim tão interessante. Mas o que talvez seja interessante é porque parece ser assim, minha filosofia por trás disso. Não gosto de faixas que obviamente atendam a um gênero específico. Quando me lembro de faixas memoráveis que ouvi, aquelas que fazem você “uau, o que é isso?” não eram faixas facilmente identificáveis como um gênero, era apenas… diferente. Eu diria Timo Mass – “Unite”, Andrea Doria – “Miss Fear”, um remix de Smack my Bitch Up de Prodigy, os vocais de Harry Choo Choo Romero – Beats vol.2 … Era eletro, rock, metal, estranho, talvez até assustador. Mas foi isso que me fez sair da minha “bolha” e dizer: “putz, eu preciso encontrar essa track”!

Essa é a minha abordagem agora, não quero me misturar dentro de um gênero. Quero inventar elementos que te peguem desprevenido. Vou colocar lá os vocais de rap, guitarras, elementos do psy em uma faixa orgânica, elementos hard em uma faixa downtempo, só para que a mistura pareça fresca e realmente faça você SENTIR algo e fazer você pensar. Eu quero que você se emocione, mesmo que pareça estranho e você não entenda totalmente porque se sente assim. Essa é a minha experiência de tocar por tanto tempo.

B4B: Agora falando mais sobre essa parceria com a Soundvision Worldwide, como foi trabalhar nesta produção do V.A? 

Dad of the Year: Eles têm sido tão fantásticos. Apenas muito disponíveis, confiáveis, organizados, confiantes… o que nem sempre é o caso na cena. Fui Visual FX Supervisor por 20 anos, então sou meio nerd… arrumadinho e extremamente organizado. Então, quando você encontra um rótulo tão bom que sabe o que eles estão fazendo e, além disso, são pessoas muito simpáticas… você preza esse relacionamento. Me sinto muito honrado e orgulhoso de ser lançado no The Magic Movement.

 

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B4B: Para finalizarmos, se puder compartilhar algum spoiler dos próximos lançamentos, o que podemos esperar ainda em 2022?

Dad of the Year: Sim! Estou esperando há muito tempo, mas agora tudo se desdobra para mim nas próximas semanas. A seguir, lançamento do EP, de 4 Tracks, no Leveldva em 6 de outubro, “Lord of the Flies” saindo no EXPmental Records 20 de outubro, e “Enter the Void” saindo no Random Collective muito em breve!

 

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