Se apresentando no Dia Delas do Rock in Rio ao lado de Barja, Curol recebeu nossa redação no backstage do New Dance Order para uma entrevista.
Uma das grandes expoentes do Afro-House e repetindo a grande apresentação realizada no Só Track Boa São Paulo, ao lado de Barja, Curol atendeu nossa redação durante sua passagem no Rock in Rio e a entrevista você confere logo abaixo:
Beat for Beat – Você a Barja se apresentaram apenas uma vez juntas anteriormente, no Só Track Boa São Paulo. Como foi essa experiência para você?
Curol – Aquela apresentação foi realmente diferente, pois foi bem difícil para mim. Eu tive uma perda na família naquele dia e literalmente, eu estava indo para a festa depois de um velório. Eu e Barja temos uma sinergia incrível e isso fez com que eu ficasse um pouco mais pra cima, mais feliz e no final, a apresentação foi bem divertida.
B4B – E a apresentação no Rock in Rio, como foi diferente da estreia de vocês num B2B, além do seu mood que hoje, não tem a questão familiar envolvendo?
Curol – A apresentação do Rock in Rio foi mais estratégica. Nós trouxemos um pouco de tudo, mostrando nosso lado artístico pessoal, com faixas autorais, além de apresentar coisas novas e trazer músicas que o público já conhecia, mas em novos formatos. Nós resolvemos passear dentro de toda a House Music e seus subgêneros, como Afro, Indie, Melódico, Tech House. Uma masterclass de House Music.
B4B – E precisamos falar também do seu single ‘Emotion’, em parceria com Sky White. Como foi o processo criativo pra track?
Curol – Eu fiz a faixa com Sky White, do Moçambique, que é um artista muito forte no Afro, que eu respeito muito. O Sky ainda tem algumas dificuldades musicalmente falando, já que ele ainda tem um trabalho regular, sem conseguir se dedicar totalmente para a música, então foi preciso lapidar o material que ele me enviou.
Ele me trouxe um Afro muito africano mesmo, eu arrumei as partes estouradas, coloquei meu tempero, mas sem descaracterizar a faixa. Eu transformei a música para algo mais amigável para a pista, com um break vazio, para que possamos brincar com isso. O resultado está disponível nas plataformas digitais.
B4B – E precisamos falar sobre você ser uma das responsáveis pela difusão do Afro House no Brasil. O que você acha dessa responsabilidade que você carrega?
Curol – Eu não entendia essa responsabilidade toda, mas hoje consigo assimilar melhor as coisas. É interessante perceber como as forças levam o Brasil para fora e não sou só eu. Se fosse apenas um artista, talvez isso não fosse tão longe, mas a união das forças, nos leva para o além.
Fico feliz em ser uma das expoentes do Afro-House e quanto mais conquistamos espaço, mais podemos abrir portas para outras pessoas.
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