Uma das convidadas especiais do Dia Delas no palco New Dance Order do Rock in Rio, Samhara conversou com nossa redação. Confira a entrevista.
Pioneira na cena eletrônica feminina nacional e uma artista que consegue se adaptar facilimamente a diversos públicos, Samhara foi uma das responsáveis pelo palco New Dance Order do Rock in Rio, no Dia Delas e conversou com nossa redação. Confira.
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Beat for Beat – Precisamos falar de pioneirismo, pois você foi a primeira mulher a tocar no Mainstage do Tomorrowland Brasil. Como é para você, ter esse reconhecimento, principalmente numa cena que ainda é bastante masculina?
Samhara – Quando eu comecei a tocar, eu não tinha tantas referências femininas, então precisei desbravar mesmo, abrir “porteiras”, já que sou do interior. Existia essa barreira de trabalhar com a música eletrônica e de ser de uma cidade do interior. Para mim foi muito disruptivo, pra minha família foi uma loucura, então foi tudo bem confuso no começo.
Mesmo entrando numa cena com muitos homens, eu quis usar o fato de ser mulher ao meu favor. A magia feminina, nossa sensibilidade, criatividade e mesmo que tenha sido bastante desafiador, acredito que tudo me trouxe ótimos resultados.
Beat for Beat – E hoje, você se apresentou em um dos maiores palcos que temos, o Rock in Rio. Como é para você, essa evolução artística?
Samhara – Estar no Rock in Rio, num dia que são só com as poderosas, com uma seleção de artistas impecável, então estou me sentindo muito realizada. Ser escolhida para participar de algo assim, só prova que tudo o que você fez, valeu a pena.
Não tem nada mais satisfatório para um artista, que não sabe se vai ter dinheiro amanhã ou não, de poder viver da sua arte. Eu fico muito feliz de poder estar no Rock in Rio e num dia voltado para as mulheres.
Beat for Beat – Você é uma artista que consegue se adaptar a vários públicos, como é isso para você?
Samhara – Eu digo que sou uma camaleoa. Eu estou em vários universos, desde rodeios, eventos agropecuários a grandes festivais de música eletrônica. Eu comecei indo em raves, mas fui me moldando conforme o tempo passava e hoje, tenho várias facetas. É um prazer conseguir ultrapassar as barreiras da música eletrônica e ir além.
Beat for Beat – Você é uma pessoa espiritualizada, inclusive possui um projeto paralelo que aborda essa estética. Como você traz a espiritualidade para sua vida pessoal e profissional?
Samhara – Essa história começou em 2022, com a volta total dos eventos, quando eu resolvi unir a música, espiritualidade, moda, tudo o que eu gosto na minha carreira, em um projeto só. Não posso nem falar que é um personagem, pois isso é o que realmente sou.
E o Rock in Rio também foi muito especial, pois foi o primeiro show da minha tour Samtuário, Eu quero trazer tudo o que envolve estar em um santuário, sobre manifestar coisas positivas, de você ir para a festa e esquecer seus problemas. Usar a música como um grande indutor de alta vibração, para todos saírem melhores do que entraram. Eu quis iluminar as pessoas.
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