‘Inna Fire’, de BAKKIS, é tensão pura em forma de groove — uma combustão controlada onde cada batida tem destino e nenhuma sobra ao acaso.
‘Inna Fire’ inaugura o selo Okada Records com uma precisão percussiva que reflete a experiência de BAKKIS atrás das pick-ups. A faixa é um house cru e rasteiro, feito de espaços apertados e intenções claras: vocais distorcidos cortam as batidas com urgência, enquanto linhas de baixo elásticas e kicks secos mantêm o pulso hipnótico. Minimalismo com propósito. Pressão sem exagero. Ouça aqui.
A produção não grita — ela segura o fôlego. E é exatamente essa contenção que dá potência ao conjunto. BAKKIS entrega um som que acena para os subterrâneos de Berlim e as pistas mais seletivas do circuito global, com ecos que já conquistaram apoios de nomes como Jamie Jones, MK, Claptone e Marco Carola. A versão original ainda ganha reforço com um remix de Huxley, que adiciona um toque mais soulful sem diluir a força da proposta. É uma reinterpretação que respeita a tensão e a reenergiza com elegância.
Além de ser a estreia de uma nova fase sonora, ‘Inna Fire’ marca o nascimento de um selo com identidade — a Okada Records — e reafirma o papel de BAKKIS como artista curador, disposto a criar e sustentar um espaço para produções que falam direto ao corpo e ao instinto.
‘Inna Fire’ não busca agradar — busca incidir. E uma vez acesa, fica difícil apagar.
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