‘CHRONIC’, de THE DOOD, é pancada digital sem filtro — um colapso controlado de frequências pesadas que não pede licença, apenas chega.
‘CHRONIC’, de THE DOOD, começa sem rodeios: um build tenso, cortado por texturas sintéticas e graves que se acumulam como trovões ao longe. Em segundos, tudo desaba. O impacto é imediato — sons metálicos, distorções explosivas e variações que parecem testadas em laboratório para estourar caixas de som. ‘CHRONIC’ é o tipo de faixa que transforma pressão em linguagem. É selvagem, mas com método. A estrutura é caótica com intenção, e cada drop surge como um novo rasgo no tecido da realidade. Ouça aqui.
THE DOOD esculpe a faixa com habilidade de quem entende que brutalidade sonora também exige precisão. As camadas se alternam entre caos e controle: os breaks respiram por milésimos antes de devolverem o ouvinte ao vórtice. A sensação é a de ser empurrado, puxado e lançado — tudo ao mesmo tempo. E ainda assim, há groove. No meio da pancada, existe um ritmo primal, que prende o corpo mesmo quando o cérebro ainda tenta entender o que acabou de acontecer.
Lançada pela URL Club, ‘CHRONIC’ se inscreve como peça central de sets extremos — aquelas faixas que quebram a lógica da noite e transformam a pista em um espaço de exorcismo coletivo. O som é denso, cortante, industrial, e ainda assim… viciante.
THE DOOD não traz só barulho. Ele traz colapso emocional revestido de subgrave.
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