Os últimos 12 anos viram a ascensão plena do Afro House até os holofotes do mundo. Cada vez mais a vertente ganha adeptos, tanto de artistas quanto de público. E a imensa gama de possibilidades sonoras que o movimento oferece garante que esse é só o começo, que vamos muito além de uma trend.
O Brasil já está nessa rota há certo tempo. Afro House já é um estilo presente em clubs do underground ao mainstream. É de fato bem difícil ser brasileiro e não cair de amores por uma vertente cujos elementos são tão intrínsecos à nossa cultura como um todo. Na tentativa de elucidar o que temos de destaque por aqui, apresentamos 5 DJs de Afro House para ficar de olho no nosso cenário.
CUROL
Cada vez mais a Curol vem quebrando barreiras por aqui. Um dos motivos desse sucesso, além de um talento inato e esforço constante, é o seu foco em pesquisar suas raízes e colocar os elementos Afro em uma embalagem acessível, interligada ao Progressive House, Deep Tech e Tropical House, o que torna o seu som uma boa pedida para diversas pistas e festivais, do Caos ao Rock in Rio. Vencedora do prêmio Women’s Music Event na categoria DJ Revelação.
NATEMA
Os charts de Afro House do Beatport já estão se acostumando a receber Natema. Este DJ e produtor brasileiro leva a sua carreira atualmente em Barcelona, um pólo dançante efervescente. Ele também comanda junto ao Sugar Hill e ao M0B a label Transa Records. O selo conta com lançamentos refrescantes de Afro House por nomes como Alessa Khin, Thomaz Krauze e David Hopperman. Esse apreço pela vertente é reforçado positivamente em suas produções, bastante focadas em groove, como as faixas “Music is My Santity”, “A Gira” e “Voimbora”.
JOSS DEE
Lembra quando falamos sobre a ascensão do Afro House na última década? Pois bem, antes da vertente ser trend por aqui, Joss Dee já estava com os dois pés fincados no estilo desde 2017. Angolano radicado no Brasil, Joss Dee representa o Afro de uma maneira mais ampla, incluindo em suas sonoridades o Afro Funk, a música afro-latina, o Rap e Trap e outros ritmos. Se você estiver no Rio de Janeiro, vale a pena descobrir por onde anda Joss Dee e curtir seus sets enérgicos.
MEZOMO
Este é outro talento nacional que entendeu o Afro House como um caminho sem volta a partir do momento que entrou em contato com o gênero. Sua primeira faixa Afro House saiu em 2018, pouco tempo depois já estava lançando na label alemã Get Physical o single “Zimbabwe” e hoje já acumula mais de uma dezena de lançamentos nessa linha. Além de sua contribuição para o cenário com a festa Sunset Sessions (Santa Maria-RS) Mezomo embarcou recentemente em uma parceria com o DJ e produtor norueguês Djuma Soundsystem para lançar a label Iziki, com foco, é claro, em Afro House.
ADALU
“Criatividade” é o mantra de Adalu. Este DJ, produtor e performer Live Act tem base em São Paulo e deixa sua música fluir com qualquer referência e sem barreiras. Desse modo, seus sons são imprevisíveis; a depender do momento, ele explora elementos hipnóticos do Techno, grooves de House, a elegância do Jazz e outros beats e moods, o que torna até mesmo o seu Afro House algo singular. O nome Adalu, inclusive, significa “mistura” em Yoruba (idioma falado em países como Nigéria, Benin e Togo) e representa essa característica de mesclar suas raízes culturais da África com a música eletrônica.