A Suprema Corte da Alemanha declarou nesta semana clubs como casas para concertos musicais e DJs como músicos. Entenda o caso.
Parece até uma brincadeira, mas infelizmente a dance music, desde o seu início, lá na década de 70 e 80, foi marginalizada perante a sociedade de diversas formas, inclusive legalmente, mas parece que finalmente alguns grandes países da Europa já estão mudando essa visão um tanto quanto ultrapassada para o século XXI.
A suprema corte da Alemanha declarou nesta última semana que os clubs devem pagar apenas 7% de imposto sobre a venda de ingressos, em vez de 19%, como era antigamente. O corte de impostos foi calculado com base de que o “visitante médio” está presente no ambiente para ouvir a música. As taxas de ingressos para eventos de dance music foram reduzidas “para representarem o propósito real do evento, sendo seus serviços adicionais de tão pouca importância para que reflitam o caráter da apresentação musical não afetada.”
Alem deste feito tão importante para a comunidade, toca-discos, consoles de mixagem e CD players contam como instrumentos se forem “usados para executar sua peça musical e não apenas para tocar uma faixa de som”. Concluindo, “os DJs não executam apenas faixas de outras fontes, mas também executam suas próprias peças musicais, usando instrumentos no sentido mais amplo, para criar sequências de sons com seu próprio projeto, os tornando músicos.”
A Alemanha é um dos únicos países no mundo que possuem admiração pela música eletrônica, principalmente pelo techno. Recentemente, o país liberou verba para auxiliar clubs, casas de shows e bares, afim de comemorar o dia do clubber. Apesar da sentença de redução de impostos ter sido aprovado em Julho, foi divulgada oficialmente apenas no fim de Outubro. Com certeza um dos maiores feitos já feitos para a dance music em 2020.