O ranking alternativo da revista DJ Mag, o Alternative TOP 100 DJs, coroou a belga Charlotte De Witte, além de elencar grandes nomes na lista.
Eis que mais um ranking da DJ Mag foi divulgado, mas dessa vez, levando não somente a popularidade em conta, mas também, as vendas de músicas do Beatport, fazendo um parâmetro entre o voto popular e o desempenho nos charts do maior portal de comercialização de tracks da dance music.
O Alternative TOP 100 DJs, criado em 2018, tem por intenção dar mais visibilidade a cena underground, muitas vezes esquecida no ranking “comercial”, além de mostrar que nem sempre uma legião de votos fazem um ranking, mas que termos mais técnicos, como o desempenho comercial, também devem ser levados em conta e este ano, a lista mostrou claramente isso.
Brasileiros na Lista
Claro que os talentos brasileiros não ficariam de fora dessa lista, ainda mais quando falamos desses grandes titãs. Diferente do outro ranking, onde o Brasil levou 4 posições, aqui apenas 2 nomes foram incluídos, mas que nos enchem de orgulho.
Um dos maiores produtores brasileiros e com prestígio internacional, Gui Boratto, levou a 67ª posição, enquanto ANNA, que foi a artista que mais subiu posições da lista este ano, ficou em 15ª e tornou-se a única brasileira a figurar os dois rankings da DJ Mag.
Pluralidade Underground
Muito se engana quem acha que o underground da música eletrônica limita-se ao house e techno. Diversas outras vertentes permeiam este mundo “obscuro” da dance music e isso também refletiu no ranking deste ano. Desde a house music de Armand van Helden (100) e Honey Dijon (23) , ao deep de Yotto (86), passando pelas experimentações de Disclosure (43) ou tech-house de Patrick Topping (36), o melodic de ARTBAT (40) e claro, o techno de tantos nomes, a diversidade se fez presente e mostrou que existe música boa para todos os tipos e gostos.
O TOP 10
Para muitos, o que importa é estar entre os 100 nomes da lista, mas fazer parte do seleto grupo do TOP 10 é sempre melhor. Nora En Pure abre a contagem regressiva na 10ª posição, enquanto Peggy Gou fica com a 9ª, mostrando a força feminina do deep e house. Jamie Jones abocanhou a 8ª posição, seguido da russa Nina Kraviz na 7ª e o mascarado Boris Brejcha, que levou seu peculiar minimal-high-tech para a 6ª colocação.
A força do techno de Amelie Lens a levou para abrir o TOP 5, enquanto o todo poderoso da Drumcode, Adam Beyer, ficou na posição de número 4. Outro mascarado também entrou para o TOP 10 e o pássaro dourado, Claptone, sobe no pódio na 3ª posição. Um das maiores lendas de Ibiza de todos os tempos, Carl Cox, não ficaria de fora e ficou na 2ª posição, deixando o trono para a belga Charlotte De Witte.
God Save The Queen
Diferente do outro ranking, onde as mulheres são uma parcela pequena, no Alternative TOP 100 elas são mais do que reconhecidas: elas são coroadas. Dona da label KNTXT, a belga Charlotte De Witte foi o grande nome do ano de 2020. A artista, que vem aumentando cada vez mais seu público ao redor de todo mundo, provou que é possível sim, ter uma mulher no lugar de maior destaque do ranking da cena underground mundial.
Com 28 anos e 10 de carreira, foi apenas em 2015 que Charlotte decidiu abandonar seu antigo nome artístico e passou a usar seu verdadeiro nome em cima dos palcos, nome esse que a tornou mundialmente conhecida. Dona de um techno forte, ácido, Charlotte provou que é muito mais do que um “rostinho” bonito e que talento é algo que não se pode comprar. Que ela tenha um belo reinado pela frente.
Para ver a lista completa do Alternative TOP 100 DJs, basta clicar aqui e abaixo, assista a apresentação comemoração do TOP #01 de Charlotte De Witte.
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