Uma das maiores artistas da música mundial, Beyoncé, se renova e lança um álbum repleto de dance music, o Renaissance, que ouvimos por aqui.
Não é de hoje que diversos artistas usam a dance music como influência para seus trabalhos. É comum ouvirmos as nuances da música eletrônica em diversos trabalhos e das mais variadas formas, mas quando alguém do calibre de Beyoncé executa tal feito, de forma primorosa, precisamos enaltecer e dar muitos plays. Obrigado, de nada.
O sétimo álbum de estúdio de Beyoncé, ‘Renaissance‘, chega após anos de espera. As expectativas estavam altíssimas, principalmente quando foram divulgados alguns dos produtores presentes no compilado. Entre velhos conhecidos nossos, Honey Dijon, Skrillex, Giorgio Moroder, Mike Q, só para citar alguns, assinam músicas que transitam entre gêneros que tanto amamos.
O álbum, logo de cara em ‘I’m That Girl’, traz elementos de afro house, a sonoridade das músicas que virão na sequência. Beyoncé exalta sua ancestralidade e traz percussões bem marcadas durante todo o Renaissance. ‘Cozy’, a faixa que conta com a participação de Honey Dijon, nos leva para o mundo das ballrooms, outra grande influência do álbum.
Em ‘Cuff It’ somos apresentados a uma dance music ao melhor estilo Beyoncé de ser, que se prolonga até ‘Break My Soul’, o primeiro single do álbum. Já em ‘Move’ sentimos a potência da música preta. Beyoncé resgata suas raízes e traz uma variedade de gêneros que permeiam sua comunidade desde sempre. É uma viagem histórico-cultural.
Em ‘Pure/Honey’, o Vogue entra em cena na forma mais pura possível, literalmente. A presença de Mike Q é visivelmente percebida em seus tão característicos samples e imediatamente começamos da dançar. Uma introdução perfeita para a música que encerra o álbum: ‘Summer Renaissance’
Começar a música com o inconfundível sample de ‘I Feel Love’, de Donna Summer, é um deleite para nossos ouvidos. A música, que usa o clássico como base principal, não esconde a referência e usa até trechos da letra original. Ver um hit atemporal, reconstruído de uma forma que respeite sua história, é algo que não acontece todo dia e Beyoncé prova que além de uma exímia cantora, é alguém que conhece e valoriza a música de qualidade.
Se cabe um conselho, aqui vai: tire uma hora do seu tempo, saia da sua bolha e dedique-se a ouvir uma das maiores artistas do século, repaginada e mais dance do que nunca. Mesmo com seu R&B característico, Beyoncé mostrou que a versatilidade musical é um dos seus sobrenomes e que ela também, é house music. Obrigado pelo Renaissance, a dance music agradece.