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Bruce Leroys compartilha 3 discos valiosos da música brasileira

Os discos são grandes referências para o trabalho do duo, Bruce Leroys e de sua gravadora, Aureum. Escute na íntegra todas as indicações.

Bruce Leroys

A música brasileira sempre teve um impacto enorme na indústria global, conhecida por sua diversidade rítmica e riqueza melódica, que pode ir da bossa nova ao funk, com uma influência que se estende por inúmeros gêneros, contribuindo com uma sonoridade riquíssima que é apreciada nos quatro cantos do mundo.

Essa conexão com a musicalidade brasileira, inclusive, é a espinha dorsal do trabalho do Bruce Leroys, duo carioca formado por Diogo Vaille e Marcelo Abreu. A dupla já conta com mais de 20 anos de experiência na cena, sempre mantendo uma identidade que transita entre o House, a Disco e o Techno, sem nunca se distanciar da autenticidade da música brasileira.

E nem é preciso ir muito longe para entender isso. Nos dois lançamentos que fizeram este ano — ‘Secret World‘ em parceria com Bernardo Campos, pela Molotov21, e o remix de ‘Aumenta o Som’ para Processman e Fabio Santanna, pela Aureum — há o aroma clássico do House com uma breve visita à era Disco e um toque dessa brasilidade.

Naturalmente isso se reflete na curadoria realizada no selo comandado por eles, o Aureum, que já recebeu diversos artistas preciosos da música brasileira, e naquilo que eles acreditam ser música boa para tocar nas pistas. Então aproveitamos essa conexão para convidá-los a cumprir a difícil missão de selecionar 3 discos da música brasileira que são grandes referências tanto para o trabalho do duo, como para o da gravadora.

É só dar o play abaixo:

Águia Não Come Mosca (1977) – Azymuth

Não é surpresa para a galera que nos acompanha que a banda Azymuth é uma das nossas maiores referências quando falamos de música brasileira. Acreditamos, inclusive, que esse é um sentimento compartilhado pelos nossos colegas DJs e produtores, que sabem da influência que a música do Azymuth teve e tem para a música eletrônica. Tivemos a honra de construir um rework de uma das faixas do disco anterior, o homônimo Azymuth de 1975, “Melô da Cuíca”. Nossa ligação com a música feita por esses caras, que se tornaram nossos amigos, não permitiria que eles ficassem de fora dessa lista.

Love Island (1978) – Eumir Deodato

Eumir Deodato arranjou o primeiro álbum de Marcos Valle… já havia zerado o jogo da vida com esse título, mas ele foi muito, muito além: em 1978, Eumir estava na vanguarda, já radicado em NYC. Era um brasileiro que se destacava entre os melhores, sendo referência e criando um caminho artístico que se tornou uma das grandes referências para o boom da Disco em todo o mundo, além de produzir e arranjar para nomes como Frank Sinatra, Kool & the Gang, Aretha Franklin, Bjork, e criar pérolas como “Also sprach Zarathustra”, sua versão para o clássico de Strauss que foi tema do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, do mestre Kubrick, que ganhou seu Grammy com esta performance. Love Island contém a faixa “Whistle Bump”, que foi tocada pelos melhores DJs da época e sampleada por ninguém menos que Moodymann, Rick Wade e Soul Vision, “just to name a few…”

Black Rio (1977) – Maria Fumaça

Figura entre os 100 melhores álbuns da música brasileira eleito pela Rolling Stone, Maria Fumaça é um álbum instrumental com um suingue único, metais e batidas quebradas em baixos intrincados, sem nunca perder o balanço. Uma pérola da música brasileira que já foi sampleada por diversos artistas e é um álbum imprescindível para todo bom DJ conhecer.

Curtiu a seleção? Então continue acompanhando o Bruce Leroys pelo Instagram, porque volta e meia aparecem outras pérolas como essas por lá.