Os blocos de São Paulo conseguiram respeito e admiração pelo cenário independente e underground da música eletrônica brasileira.
O que a cidade de São Paulo vem presenciando, em sua rotina, já durante algum tempo, é o cenário independente da e-music ganhar sua ascensão. Prova disso foi um dos mais importantes carnavais de rua que todo o Brasil conheceu no fim de Fevereiro. Entre tantos blocos espalhados pelos bairros tradicionais da capital paulista, o centro antigo se destacou pela diversidade de gêneros, abrangendo marginalidades como o rap e a música eletrônica.
No Sábado, 25, o Unidos do BPM desfilou em um circuito pela República, com atrações como L_cio e Renato Cohen, grandes nomes do underground brasileiro, que conseguiram atingir, com música de qualidade, milhares de foliões que por lá deram seu grito de carnaval. Na mesma data, os Tropkillaz fizeram um grandioso show no Vale do Anhangabaú com as participações especiais de Blanko do Buraka Som Sistema e MC Carol.
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No Domingo e Segunda de Carnaval, Renato Ratier e sua trupe, ganharam toda sua atenção, na Barra Funda, com o bloco D-rrete, reunindo grandes produtores musicais que já são residentes na D-Edge há tempos. Como se não bastasse o bloco especial em torno da famosa casa, duas grandes atrações internacionais, Thomas Von Party e Octavane One, fizeram parte do time de artistas que tocaram para os foliões.
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Outro grande destaque foi a Terça-Feira do SP Beats, também levando com muita organização e um sistema de som poderoso, o bloco das festas Sonido Trópico, Carlos Capslock, Gop Tun, Soul Set e MBR para a República. Com dois grandes trios decorados, os dj’s e produtores independentes sacudiram o centro antigo de São Paulo com a dispersão feita pelas ruas do Teatro Municipal da cidade.
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Com tantas atrações de house, techno e seus derivados participando do carnaval paulistano, o underground inicia um processo de emancipação, se tornando independente e acima de tudo ganhando destaque, entre as mais diversas formas de se conseguir um lugar ao céu do sucesso. Vanguardistas, os blocos de rua, presentes no carnaval eletrônico, deixaram ainda mais claro que toda sua organização, além de profissional e ética, abraça todos os públicos amantes de um bom som.
2017 chegou não só para consolidar de vez o carnaval de rua paulistano, como também mostrar para o público que admira a música eletrônica, que ela pode ir muito além do que qualquer um de nós possa imaginar, e, que seu destino dentro de São Paulo, ou do Brasil, só depende de nós mesmos, admiradores.