fbpx

Coiro, a figura paulistana que explora os sons sonhadores

O artista de São Paulo, coiro, é uma nova figura a explorar os sons sonhadores do Deep/Organic House. Confira nossa entrevista:

coiro

A natureza, em sua essência, é cíclica, rítmica e tateada com tal perfeição que quase parece melódica. A música de coiro incorpora a repetição instintiva da natureza e a transforma em um deep house sonhador que confunde seus perímetros com o Techno. Com ritmos dançantes e melodias constantes, coiro consegue criar um ambiente calmo que simultaneamente envolve e mobiliza os ouvintes, despertando emoções, muito semelhantes aos efeitos da própria natureza.

Tendo crescido na movimentada cidade de São Paulo, ele usa sua música para escapar do tumulto e das construções densamente construídas da maior cidade do Brasil. Aos 16 anos, coiro despontou no mundo da música eletrônica, fascinado não só pelos seus sons, mas também pela sua criação.

Falamos com o artista, que está lançando o quarto single em antecipação ao seu álbum de estreia, previsto para o início de novembro pela label alemã YION.

B4B – Olá, coiro. Nos conte o que te motivou a iniciar carreira na música eletrônica? Quais foram as bandas ou projetos que exerceram um peso na sua decisão?

coiro – Desde pequeno eu sempre fui muito próximo a musica pois meu pai é músico clássico e minha mãe ama a música popular brasileira. Quando estava no ensino médio conheci a música eletrônica pelo deep house e nu-disco que vinham crescendo na cena brasileira. Desde então fui me aprofundando e descobrindo que poderia fazer minha própria música dentro do meu quarto somente com um computador e um fone. Em 2020 confinado em casa, foi quando descobri artistas como Christian Löffler, Fejká, Kiasmos, HVOB entre outros. E foi nesse momento que percebi que era essa a pegada que eu gostaria de seguir.

O seu primeiro lançamento oficial foi o EP Cycles, assinado pela YION, em 2022. Nele já é possível perceber os pontos-chave do seu som, melodia, profundidade, emoção… como foi a produção deste material de estreia e como você chegou na gravadora? 

coiro – Mandei a música Cycles para minha grande referência e agora amigo Brian Zajak (Fejká), pedindo seu feedback. Ele gostou bastante e me apresentou a Yion, label de seus amigos, para que eu pudesse lançá-la. Desde então venho com uma ótima relação com eles e fui convidado para fazer o primeiro álbum da gravadora.

Depois deste primeiro trabalho, você ficou praticamente um ano sem lançar nada novo. O que aconteceu neste período? A ideia foi se aprofundar mais na parte técnica para aprimorar seu estilo de produção? 

coiro – Também, mas nesse período não parei de fazer músicas que sairão futuramente e principalmente estava focado em produzir o álbum com dez faixas que sairá dia 17/11 pela Yion.

O seu retorno se deu com três singles em sequência, um a cada mês, “Reflections”, “Secrets” e “Castaway”. Um ponto em comum que notamos foi que todos eles foram produzidos em parceria com outros artistas. Você prefere trabalhar nesse formato de collab?

coiro – Gosto de fazer música no geral, seja em collab ou não. Mas claro, uma parceria é sempre bem vinda, principalmente com artistas que sempre foram minhas referências, como nesses três lançamentos.

Nos fale especificamente sobre o seu single mais recente, “Cocoon”. Os sons que ouvimos são todos analógicos ou há algo gravado organicamente? Como é o seu processo criativo do começo ao final de uma faixa? 

coiro – Essa música comecei a produzi-la um ano atrás e de lá pra cá vim aprimorando-a. Nela usei meu Moog, alguns synths digitais e também uma gravação de vozes distorcida que podemos ouvir no break.

Ouvindo suas produções, achamos que seu estilo se parece muito com o de alguns artistas como Luttrell, Volen Sentir, Marsh… nomes que já lançaram inclusive pela Anjunadeep, label que, ao nosso ver, também se encaixa com seu som. Lançar por lá ou por alguma outra label parecida é um de seus objetivos?

coiro – Claro, mas meu principal objetivo é fazer música e depois me preocupar para qual gravadora irei mandar o som.

Pela frente virá um álbum, certo? Nos fale mais sobre como foi o processo e quais as principais referências por trás das composições…

coiro – Como disse antes, no período que fiquei sem lançar desde meu primeiro EP, vim trabalhando bastante nesse álbum. Tenho como minhas referências os próprios artistas que colaboram comigo nele. Ainda tive a oportunidade de produzir a track Secrets com a Natascha Polké em seu próprio estúdio em Zurich na Suíça.

Quais foram os equipamentos principais que você utilizou na produção do LP? 

coiro – Em diversas faixas usei meu Moog Sub 37 para alguns timbres, como por exemplo no principal lead da música Reflections.

Graças ao apoio da YION, suas músicas são reproduzidas principalmente por fãs da Alemanha. Você pretende se posicionar musicalmente mais para o mercado internacional mesmo? 

coiro – Também, mas gostaria de trazer minha música para o Brasil.

Por fim, você gostaria de nos adiantar alguma novidade ou algum projeto futuro no qual você está trabalhando atualmente? Obrigado! 

coiro – Em dezembro já trago novidades em uma nova label!