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Descubra: Kuk

Uma mente em processo de descoberta define Kuk. Artista do estado do Paraná, sul do país, Matheus Kuck é o novo personagem da coluna Descubra!

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Matheus Kuck é uma pessoa que se familiariza com a simplicidade, tanto que seu alter ego é apenas Kuk, breve e direto. Apesar da grande experiência no universo da música eletrônica, o artista ainda se encontra em processo de descoberta, desenvolvendo seu lado como DJ e apostando ainda mais fichas na carreira como produtor. Suas composições musicais se aproximam bastante do minimal/deep tech e, neste novo momento de sua carreira, Matheus vem trabalhando em releases importantes que devem ser lançados nos próximos meses.

Com bastante força principalmente na região norte do Paraná, Kuk é uma das promessas para o ano de 2019 com grandes chances para despontar no cenário nacional. Sua rotina tem sido de muito estudo e pesquisa e os releases que devem chegar em breve podem reforçar tudo o que estamos dizendo até aqui. Para entender um pouco mais como começou essa jornada, Kuk dedicou um tempo exclusivamente para nós em um bate papo muito bacana para a nossa coluna Descubra. Confira agora:

Beat for Beat – Olá, Matheus! Tudo bem? Obrigado por nos receber. Qual exatamente é o seu relacionamento com a música eletrônica no atual estágio da sua vida?

Kuk – Hey, Beat for Beat! Primeiramente, agradeço pelo convite e pela oportunidade de mostrar um pouco do trabalho que venho desenvolvendo nos últimos tempos. A música eletrônica é hoje, sem dúvida, grande parte da minha vida profissional. Durante o dia sou advogado. É no período noturno (e calm) que trabalho com as batidas, seja na minuciosa pesquisa ou na produção musical. Ter duas ocupações vem me ensinando que a organização do nosso dia e o gerenciamento do nosso tempo fazem toda a diferença. Outra coisa que vem me ajudado muito a ter foco nos projetos envolvendo música é o brilhante management da Beats n’ Lights.

B4B – Qual foi o momento chave em que você percebeu que a música poderia ser mais que uma paixão, para se tornar uma espécie de escape das suas ideias?

Kuk – A música sempre foi presente na minha vida, de alguma maneira. Aos cinco anos de idade, às vésperas do bug do milênio, em 1999, minha mãe me matriculou nas aulas de teclado. Confesso que no começo fui um pouco relutante, afinal não era algo comum para as crianças da minha idade, mas como um primo meu [hoje tecladista em uma banda de blues] também fazia, acabei cedendo e me apaixonando pelo lance de “fazer” música.

Em 2002 ganhei um CD de Drum n’ Bass, uma compilação chamada “Bass USA” ou algo assim. Eu tinha oito anos de idade e dizia: “Cara, eu posso fazer essas batidas no teclado”. Foi nessa época que eu descobri que gostava de batidas sequenciadas e de melodias sintetizadas. Comprei alguns CD’s do gênero, o álbum ‘Homework‘ do Daft Punk e algumas outras tranqueiras em uma loja de discos descolada da minha cidade (loja que há anos não existe mais). Fui na minha primeira festa de música eletrônica em 2011, no bosque de um castelo (!!) numa cidade chamada Marilândia do Sul. Um cara chamado Rodolfo Zhor (salve, Zhor!) tinha destruído com tudo, a energia daquela pista é algo indescritível. Foi nesse dia que eu percebi que a música eletrônica era meu escape criativo.

B4B – Você enxerga que o Kuk produtor está no mesmo nível do Kuk DJ? Como você busca equilibrar essas duas frentes de trabalho essenciais numa carreira artística?

Kuk – Creio que não. Confesso que nos últimos anos estive afastado das cabines por diversos motivos, dentre eles o foco na produção musical. Atualmente minha agenda de lançamentos está maior do que o número de gigs, por isso que considero o Kuk produtor, hoje, encontra-se ligeiramente à frente do Kuk DJ.

B4B – Quais são os artistas que estão influenciando sua linha de trabalho atualmente? Você é o tipo que está constantemente em busca de uma mutação em termos de perfil sonoro ou prefere trabalhar dentro de uma linha mais regular?

Kuk – Quando trata-se de vertente, meus trabalhos estão 100% focados nessa linha deep tech/microhouse que vem ganhando força ultimamente. No entanto, por eu não acreditar em algo totalmente puro, tento sempre acrescer elementos de músicas referências que na maioria são deep house. Também sou apaixonado pelas texturas mais atuais do progressive house. Em termos de artistas, cito principalmente Amr.It, Yas (LB), Peter Lavalle, Cosmin Horatiu e Fly District. Falando de gravadoras, tenho acompanhado o sólido trabalho da Dub Collective Records, que considero minha “casa”, entre outros selos como Fragments, Whoyostro, Tres14 e BNN.

B4B – Para finalizar, o que você pode nos contar a respeito de seus principais planos e projetos para 2019?

Kuk – Alguns lançamentos já estão com data marcada para este ano, tais como os EPs ‘121 BPM Love‘ e ‘Planktonik‘ que foram assinados com a Tonic D Records da Grécia e a Milimetric do México. Recentemente finalizei o single ‘Oasis‘, que em breve será disponibilizado para free download em um canal de premiere da Romênia. Também pra esse ano podemos aguardar alguns bons remixes que fiquei muito feliz em ter sido convidado.