Natural de São Paulo, NEONHELM é um talento amante da boa e velha EDM. Com diversas tracks lançadas, ele é o novo personagem da nossa coluna Descubra:
O jovem Moisés de Lima Alves é o nome por trás do projeto NEONHELM. Natural de São Paulo, uma das capitais do entretenimento Sul-Americano e rota dos principais eventos do mundo, foi a fervorosidade da cidade que inspirou Moisés. Envolvido com a música desde muito novo, hoje o artista divide-se entre sua vida acadêmica e as horas de intensa produção musical. Batemos um papo com NEONHELM, que é o novo personagem da nossa coluna Descubra:
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Beat for Beat – Moisés, tudo bem? Você respira música desde muito cedo. Como surgiu seu interesse por todo esse mundo musical? Quais foram suas principais influências quando mais novo?
NEONHELM – E aí, B4B! Antes de tudo, quero dizer que é uma honra fazer parte da coluna Descubra de vocês, fico feliz por isso. Vamos lá: eu comecei a aprender teoria musical com meu pai, que dava aulas na igreja, todos sábados. Eu achava muito incrível ver alguém tocando algum instrumento musical e queria fazer o mesmo. O interesse por música só cresce desde então. Aprendi violino, violão, guitarra, piano… quanto mais eu aprendo, mais eu quero aprender. As principais influências foram minha curiosidade e os artistas que eu ouvia na época em que comecei a produzir, como 009 Sound System, Basshunter, David Guetta, Bob Sinclar, Armin Van Buuren. Queria saber como era feito, como produziam as musicas, então pesquisei, baixei o FL Studio e foi daí que começou tudo.
B4B – Seus primeiros passos como produtor musical foram durante o grande ápice da nova EDM, quando ela sofria as mudanças com o Big Room. Como isso influenciou suas primeiras produções?
NEONHELM – No começo eu não sabia direito o que eu queria produzir, foi difícil. Passei pelo melbourne bouce, big room, DnB, future bass… tentei até dubstep, e acabei ficando no progressive house. Me identifiquei, e amo o gênero, mas também gosto dos outros estilos, tudo na mesma intensidade.
B4B – Você recebeu o suporte de grandes canais no YouTube e até da rádio Jovem POP Br. Como surgiram os convites e como isso mudou a sua visão dentro do mercado eletrônico?
NEONHELM – No começo foi bem difícil. Eu queria ser notado por alguém, sabe? Eu ficava mandando track nos e-mails dos caras, sempre. Não ouvia “sim” com frequência, mas cada “não” era motivo pra eu voltar pro FL Studio e tentar produzir algo melhor. Quando eu melhorei o bastante, os canais começaram a abrir as portas, promoveram bastante tracks, deram maior força pra me levar para um próximo degrau. Hoje em dia, canais e rádios, como a Jovem Pop, me mandam e-mail pra poder divulgar minhas tracks, eu me sinto muito feliz por isso. E sou grato a eles.
B4B – Em maio deste ano você lançou a track ‘Submerged‘ pela Phouse Records, que você define como uma mistura de electro house com dark mid tempo. Numa época em que, para muitos, a EDM “morreu”, como você vê sua produção, que flerta bastante com o gênero? Você acha que que o Big Room e o Electro realmente morreram?
NEONHELM – Pra mim, nunca morreu e nunca morrerá. Não é por que saiu do mainstream, que perdeu o significado para os amantes do gênero. As pessoas sempre voltam à ouvir musicas que elas amam, seja uma banda de rock antiga ou uma batida eletrônica. Vejo comentários em videoclipes de grandes hits de Big Room e Progressive House (como ‘Howl at the Moon’ do Stadiumx, ‘Years’ do Alesso, ou ‘Don’t Worry Child’ do SHM) de pessoas dizendo que sentem falta e que pra eles ainda é o melhor estilo de música eletrônica. Grandes artistas como Martin Garrix, Nicky Romero e Manse, por exemplo, ainda produzem esses estilos. Enquanto eu puder, farei minha parte pra manter a chama acesa nessas pessoas que realmente curtem esses gêneros.
B4B – Por outro lado, sua track ‘Chaos‘ já possui uma sonoridade mais sombria. Você o vê NEONHELM como um projeto limitado a gêneros? Qual a concepção por trás de cada track e como você define que estilo de produção seguir?
NEONHELM – O foco principal do projeto NEONHELM é o Progressive House. Minha track ‘Symbiosis’ é um ótimo exemplo do que eu quero levar aos ouvidos das pessoas, mas eu não me limito apenas a esse gênero. Se vem uma ideia na cabeça, eu produzo. Eu vejo como se como se fossem tracks “extras”. Cada track é um cenário único pra mim, dentro da minha cabeça. ‘Chaos’ por exemplo, eu imaginei uma batalha futurista, a humanidade quase extinta, uma nave espacial fora de órbita… uma completa viagem! A ideia é tentar fazer com quem ouça a track, entenda o recado, imagine um cenário parecido, sinta a mesma vibe e viaje da mesma forma.
B4B – Recentemente você lançou a track ‘Lágrimas‘ com Dante, que possui uma letra impactante e um drop digno de qualquer festival. Como foi o processo criativo da track? Você também fez parte da composição da letra?
NEONHELM – Foi bem divertido produzir ‘Lágrimas’ com o Dante. A princípio era pra ser uma vocalista, Adrianny Lim, a mesma que cantou a minha track ‘Lembrei de Você’, mas não deu certo. Passei então o vocal pro Dante, que é cantor de country e ele fez um ótimo trabalho. A track ficou bem diferente do usual. E sim, eu escrevi todas as letras até hoje. Cada uma tem um certo significado, uma mensagem que pode ser interpretada de várias formas, dependendo de quem ouve.
B4B – Por fim, quais são os planos para NEONHELM para o resto de 2019? Mais produções estão por vir?
NEONHELM – Espero que o projeto NEONHELM consiga conquistar um pedacinho do coração dos amantes de música eletrônica em 2019, e que eles ouçam com carinho. Abrir novas portas, tocar em umas festas, festivais, quem sabe? Subir novos degraus, continuar fazendo o que eu amo é a meta. E com certeza, mais tracks estão por vir!