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DGTL e sua consolidação no cenário brasileiro

Em sua segunda edição, o DGTL mostrou para o que veio e consolidou a marca em território brasileiro, com um evento que ficará marcado pra sempre.

Foto por Fernando Sigma | Sigma F

Uma fábrica abandonada, milhares de pessoas de preto, caixas de som espalhadas por toda a extensão do galpão, leds e mais leds coloriam o salão… a música reinava absoluta: esse foi o DGTL.

Em sua segunda edição no Brasil, o festival holandês nos transportou para as fábricas e festas de Detroit. A atmosfera era de que não estávamos em plena capital paulista, mas num universo paralelo, dominado pela música underground.

Passeamos entre luzes e sons, com uma consciência sustentável, afinal, precisamos do nosso meio ambiente saudável, para que possamos viver cada vez mais e mais disso. Um mundo sem distinções, orgulhos e preconceitos: todos ali estavam despidos de más intenções e apenas as boas vibrações eram aceitas.

Foto por Fernando Sigma | Sigma F

O DGTL uniu tribos num só lugar. Trouxe a diversidade para sua celebração e essa diversidade não limitava-se apenas ao público, mas também aos gêneros. Três pistas com conceitos próprios, cada uma conversando com seu público. Desde o techno mais melódico ao frescor do house. Todos os gostos foram respeitados e apreciados. Fechávamos os olhos e de repente, estávamos em Ibiza… um sonho para muitos, realidade para todos.

Os mínimos detalhes foram muito bem pensados. Cada pessoa tinha seu copo, pra evitar o desperdício de plástico. Devolver sua garrafa vazia te concedia 50% de desconto na próxima. Uma praça de alimentação sem carne, pra diminuir a emissão de CO2 e até banheiros sem gênero. Tudo isso fez do DGTL algo especial e fazer o público repensar algumas atitudes.

Foto por Fernando Sigma | Sigma F

E o festival não focou apenas música, a arte se fez presente. Instalações artísticas interagiam com o público, que brincava e sentia-se criança em meio a um parque de cores e sons. Era o evento ganhando vida de uma forma diferente, divertida, sensorial e especial.

O público abraçou os DJs da maneira mais brasileira possível. Os DJs se entregaram ao público de corpo e alma. Era visível a felicidade estampada no rosto de todos, do começo ao fim. O DGTL fez algo tão incrível, que pra melhorar, só se tivesse toda semana, mas infelizmente, teremos que esperar um ano pra vivenciar tudo isso novamente.

Obrigado DGTL, por nos presentar com uma festa que, certamente, ficará marcada na memória de todos nós.

Por Viktor Raphael

DJ, Produtor, Redator, Libriano e Sonhador. Trance para amar e Techno para dançar, com uma taça de Gin para acompanhar. Onde é o after?

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