Mostrando-se um artista versátil, Dirty Tesla apresenta um EP que entrega nuances do Trap, com referências diversas e uma execução perfeita.
Para algumas pessoas, anos de estrada é o que fazem de um artista alguém digno de reconhecimento, enquanto para outros, basta que você saiba executar com perfeição a sua arte, para que receba todos os aplausos possíveis, como é o caso do artista estadunidense Dirty Tesla. Com um pouco mais de um ano de carreira, que começou em 2022, o artista vem apresentando uma excelente consistência artística, percebida ainda mais no seu EP ‘Not For Radioplay’. Ouça aqui.
‘Fat Blunts’ abre o EP, já trazendo uma potência impressionante nos primeiros segundos. Os sintetizadores utilizados, trazem uma força que nos dá um gostinho de tudo o que virá em seguida. É muito bom ouvir batidas quebradas sendo trabalhadas de uma forma não necessariamente convencional, trazendo uma melodia em contraponto, criando uma dualidade impressionante para a música.
Já ‘Dirty Tesla’, a música que recebe o nome de seu criador, traz sintetizadores que nos remetem logo nos primeiros segundos aos tempos onde o Big Room era a bola da vez. O vocal robótico e o drop são carregados com um grooves poderosos e extremamente dançantes, capazes de fazer a sua bunda rebolar, queira você ou não.
Em ‘Monster’ é como se fossemos abraçados em meio ao caos sonoro. O vocal, muito envolvente e reconfortante, traz uma paz de espírito impressionante. A forma como os elementos vão sendo construídos como um pano de fundo, preparam nossos corpos, mente e ouvidos para as faixas seguintes.
‘Trap Lord’ é o tipo de música que consegue nos guiar diretamente ao passado. As influências sonoras que vão desde a disco music, house e techno, trazem muita referência. É como se o artista contasse, através de sua ótica do trap, a história da música eletrônica em poucos minutos.
Para finalizar com chave de ouro, ‘White Girl From Medellin‘ nos faz querer mais e mais. Provando ser um artista extremamente versátil, Dirty Tesla aposta numa sonoridade mais tropical, com um sintetizador totalmente inovador. Dá para sentir a brisa do mar tocando nosso rosto, enquanto curtimos uma boa taça de gin ao pôr do sol.
Em ‘Not For Radioplay’, Dirty Tesla deixa bem explícito que para ser um bom produtor, não bastam apenas anos de carreira, mais consistência e uma ótima execução sonora. Confira o EP do artista e entenda o que estamos falando:
