Retornando ao Brasil e ao Tribe Festival, o mascarado Boris Brejcha recebeu nossa redação para uma entrevista super bacana. Confira agora!
Ele é uma verdadeira lenda. O mascarado que dispensa apresentações, Boris Brejcha, é o tipo de artista que carrega uma legião de fãs por onde quer que vá. Com diversos hits de sucesso, álbuns com milhares de plays e apresentações lendárias, incluindo as do canal Cercle, Boris é um verdadeiro bruxo e seu legado confirma isso.
Retornando para o Brasil, país onde sua história como DJ começou, ele nos recebeu no Tribe Festival. Um dos primeiros artistas internacionais que entrevistamos por aqui, Boris foi de uma gentileza sem tamanho. Mesmo ansioso e preparando-se para seu set, conversou com a gente e contou um pouco mais sobre seu relacionamento com o Brasil, descobrir talentos, entre outros assuntos.
Entrevistamos: Boris Brejcha
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Beat for Beat – Sabemos que o Brasil é um país muito importante na sua carreira. Qual é a importância do público brasileiro na sua carreira?
Boris Brejcha – De fato, minha primeira gig foi aqui, em 2006 e tocar aqui é como tocar em casa. Eu sinto que aqui é quase minha terra natal. Desde então, eu tenho tocado aqui constantemente e isso influência muito na minha carreira. É sempre muito gratificante tocar no Brasil. O público é muito amável, sempre.
Você vem remodelando sua sonoridade com o passar do tempo, sempre mudando e trazendo coisas diferentes. Como é o seu processo criativo e como você define o gênero que mais vai te influenciar naquele momento?
Boris Brejcha – Isso é bem simples. Toda vez que eu vou para o estúdio, eu produzo conforme as coisas fluem. Eu nunca entro no estúdio pensando que vou produzir isso ou aquilo, eu deixo as coisas fluírem. O meu humor naquele dia vai ajudar bastante no que será produzido.
Há dias em que eu estou mais introspectivo e acabam saindo músicas mais melódicas, já em dias mais felizes, acabo indo para o techno. Tudo depende bastante e gosto de não ter esse formato padronizado de produção.
Você é, com toda certeza, um dos artistas com mais sets no canal Cercle. Como é para você colecionar essas apresentações e como funciona na questão da tracklist, para não ser repetitivo?
Boris Brejcha – Eu sou o primeiro artista a ter três sets no Cercle e eu sou muito grato ter participado tantas vezes. Cercle é uma plataforma muito grande, conhecida mundialmente e consigo usar para experimentar coisas. Eu produzo muita música, tenho muita coisa não lançada e neste último show do Cercle, por exemplo, toquei algumas e isso é muito legal, pois hoje, no Tribe, eu vou tocar novamente essas tracks e as pessoas já vão reconhecer.
Você tem um ótimo ouvido e consegue identificar talentos com muita facilidade e Moritz é uma das provas disso. Como você garimpa esses artistas e tem alguém novo que esteja de olho?
Boris Brejcha – Descobrir talentos não é tão fácil assim. Nós recebemos muitas demos, de produtores de todo o mundo, mas algumas vezes acontece de achar algo muito bom bem rapidamente. No caso do Moritz, por exemplo, eu precisei ouvir uma ou duas músicas para perceber que ele era um ótimo produtor e que ele poderia construir uma ótima carreira. Hoje, não estou de olho em ninguém em particular, mas quem sabe em breve.
Finalizando, sua história com o Tribe é algo de longa data. Qual a sensação de estar de volta?
Boris Brejcha – Tocar no Tribe é sempre muito bom para mim. Minha primeira participação no evento foi em 2008 e desde então, eu toquei praticamente todos os anos. Somos já uma família. Os produtores, os artistas que tocam aqui. Somos todos muito próximos.
É muito legal saber que pensam em mim para praticamente todos os anos e mesmo após tantas apresentações, estou muito nervoso para hoje, para ver a reação do público. Só espero poder fazer uma boa apresentação e poder proporcionar ótimos momentos para o público que está aqui.