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Entrevista

Entrevistamos: Coppola

Com EP assinado pela DOC, apresentação em grandes clubs e talento de sobra, conversamos com Coppola. Confira nossa entrevista.

Um verdadeiro menino prodígio. Luiz Coppola, ou simplesmente Coppola, começou sua carreira muito cedo e mesmo com o obstáculo da idade e certa falta de experiência, provou pra todo mundo que é um profissional talentoso e isso é refletido em todas as suas conquistas, que incluem um EP por uma renomada gravadora e apresentações em clubs como Ame, D-EDGE a até mesmo no festival Universo Paralello.

Conversamos com ele (de forma virtual, claro) e ele nos contou um pouco sobre sua trajetória, a parceria com Gui Boratto, seu último EP, entre outras. Confira nosso papo. Entrevistamos: Coppola.

Beat for BeatOi Coppola, tudo bem? Obrigado por conversar com a gente! Você começou a tocar desde muito cedo, logo aos 12 anos e ganhou destaque bem rápido ainda na DJ Ban, onde fez suas aulas de produção, entrando então para a Plusnetwork. Começar ainda adolescente, tirou credibilidade do seu trabalho?

Coppola – Oi pessoal. Primeiramente, muito obrigado aí, pelo convite.

Eu acho… não sei se tirou a minha credibilidade, eu acho que a galera, os contratantes principalmente, não botavam fé em mim, não acreditavam no meu trabalho. Eles achavam que eu não conseguiria fazer o que uma pessoa de, sei lá, 25 anos conseguiria fazer, e foi mais isso. E o público, algumas pessoas, achavam que eu tinha ghost producer e etc. Com o tempo eu fui fazendo algumas lives no meu Facebook, no meu Instagram há um tempo, posts produzindo também para quebrar um pouco disso aí que a galera falava.

Então, como o Luiz vê o Coppola de alguns anos atrás, com relação aos dias de hoje?

Coppola – Uns anos depois, acredito que eu não entendia muito bem como que funcionava a cena, os eventos, eu não tinha muita noção sobre o ramo. Eu era jovem, então não tinha o feeling que tenho hoje, de saber como que funcionam as coisas direito, então eu imagino que eu tenha feito muita merda e falado muita groselha por aí.

Coppola Ame

Coppola no Ame Club

Você já comentou que Gui Boratto é um dos artistas que o influenciam e agora, o próprio Gui remixou uma track sua, no ‘Kings & Queens’. Como foi o convite para assinar pela DOC e mais ainda, ter um remix assinado por um de seus ídolos?

Coppola – O convite, para assinar com a DOC, surgiu um tempo atrás. Eu já conheço o Gui há uns 4 anos e esse convite surgiu, sei lá, há mais ou menos 4 anos atrás também. O Gui já sabia que eu produzia, ele já sabia que num futuro próximo, alguma coisa boa iria sair, sabe, musicalmente. Quando fiz “Kings & Queens” há mais ou menos um ano e meio atrás, mandei uma demo pro Gui, e ele adorou o som. A gente mexeu nele e aí decidimos que ia ser o meu primeiro single, lançado pelo DOC.

Depois a gente teve a ideia de algum remix pro som. E aí o Gui tinha pensado em uns nomes gringos, aí eu falei “por que você não faz os remixes do som?“. Ele topou, e fiquei muito feliz porque pra mim era um sonho né, sempre gostei muito do som dele, muito mesmo. Ele tem uma coisa que os outros produtores não têm, que é um lado mais musical, os arranjos dele não são muitos fantasiosos, os timbres não são fantasiosos, são uns timbres mais orgânicos, é uma linha de som que não se vê muito nos DJ’s e eu curto essa linha demais, e foi isso. Adorei o remix, fiquei muito feliz.

Falando ainda no ‘Kings & Queens’, conta pra gente um pouco do processo criativo da música. Como trabalhar com a dupla 2STRANGE, que colabora com os vocais e todo a concepção da track, até seu resultado final.

Coppola – O 2STRANGE, eles são meus amigos há mais ou menos uns … eles não são meus amigos há muito tempo, mais ou menos uns dois anos, mas eu conheci eles há uns três anos atrás. No ano passado, 2019, mais ou menos no começo do ano, tive a ideia de juntar a gente no estúdio, pra ver o que saia. Eu já sabia que eles eram uns puta cantores, puta timbre de voz, só que eu não sabia o que ia sair no estúdio, pelo fato do estilo deles ser outro né.

A gente se juntou no estúdio, comecei a produzir uma base para o som, eles estavam curtindo também. Enquanto eu produzia a base, eles já estavam escrevendo a letra, no final da noite eu já tinha um belo esboço do que iria ser a música, no dia seguinte dei mais uma trabalhada nela, e no terceiro uma lapidada final, e aí mandei pro Gui. O Gui adorou o som, a gente deu mais uma mexida juntos nela, e depois ele fez o remix, o processo foi meio que esse.

Foi muito legal também trabalhar com 2STRANGE no meu estúdio, porque foi um processo bem rápido. Eles são muito bons, eles gravam uma vez e já sai perfeito, nem precisa gravar de novo, então tipo, foi muito bom. Se você já tiver uma base, os moleques em uma hora de gravação, tá perfeito e muito bom. Foi um processo rápido, a criatividade surgiu ali na hora e talvez por a gente tá junto no estúdio, talvez tenha tido alguma energia boa, que quando junta amigos no estúdio sai coisa boa, sabe.

Coppola Gui

Coppola e Gui Boratto

Falando um pouco da situação atual em que o mundo se encontra, o seu fluxo de produções e estudos, foi afetado por conta da pandemia? O que você tem feito para enfrentar a questão do isolamento social?

Coppola – Na parte dos estudos, eu estudava bateria, baixo, teclado e guitarra todo dia. Como eram aulas na escola de música, não tenho conseguido mais fazer, mas eu tenho tentado estudar o máximo que dá em casa. Também tenho produzido como eu nunca produzi antes, venho produzindo muito mais. Então acho que pro meu lado criativo foi bom, mas não vejo a hora dessa pandemia acabar pra poder voltar a tocar, estou com muitas saudades!

E já que estamos falando no que você está fazendo atualmente, conta pra gente, quais são os artistas que estão na playlist do Coppola? Quem música de outro artista, você indicaria pra gente hoje?

Coppola – Então, essa pergunta é meio difícil, já que sou muito eclético em estilo, mas sou difícil pra gostar de música. Todo estilo vai ter alguma coisa que eu gosto, no dia a dia é difícil de falar o que eu escuto, porque eu escuto muito jazz, muito funk norte-americano, diversos artistas. Mas do dia a dia o que eu mais escuto de jazz é o Herbie Hancock, e de tocar, eu tenho tocado muito uma pegada meio indie dance.

O que eu toco também é difícil de falar porque toco muita coisa de vários artistas diferentes, não tenho um artista favorito. De música eletrônica eu tenho lá os meus cinco artistas favoritos, que me influenciam, mas que não é necessariamente a pegada que eu toco, sabe. Tipo tem o Eric Prydz, que me influencia, o próprio Gui, Deadmau5, Todd Terje, que é um puta produtor que eu gosto muito também, muito criativo.

Então tem a parte que me influencia que é essa, tem a parte que eu toco que é mais indie dance e tem a parte que eu escuto no meu dia a dia que é mais jazz, mais funk, é meio difícil essa pergunta aí pra mim, mas tentei responder o melhor que eu pude (risos).

Coppola UP

Coppola no Universo Paralello

Por ser um produtor mais jovem, você consegue mostrar para outras pessoas e principalmente, para aqueles que buscam seu lugar na indústria, de que os sonhos são possíveis e reais. Que dica você daria para nosso leitor que sonha em ter grandes oportunidades, assim como você.

Coppola – Eu acho que uma dica que eu daria que, no olhar das pessoas pode ser errado, mas que pra mim funcionou, é não esperar as pessoas virem atrás de você, você ir atrás delas, estudar e produzir.

Produzir é uma coisa que se você não fizer hoje em dia, em 95% a 99% dos casos, sua carreira não vai dar certo, então hoje em dia é necessário fazer música. Eu acho que você não pode esperar as coisas acontecerem, você tem que ir atrás delas também. Sempre vai aparecer uma oportunidade, e quando chegar essa oportunidade, você tem que abraçar ela, porque muitas vezes, essas poucas oportunidades que podem mudar a sua vida, podem não voltar mais.

É nisso aí que eu acredito. Acredito que do jeito como eu já tenha abraçado a minha, eu tô trabalhando pra ela dar certo. É uma coisa meio incerta mas, essa é a dica que eu dou: não deixarem as coisas acontecerem por si só,. Você tem que ir atrás delas.

Coppola estúdio

Coppola em seu estúdio

Pra finalizar, estamos chegando no fim do 1º semestre e mesmo que todo o cenário do Brasil e do mundo seja incerto, quais são os seus planos para a 2ª metade do ano? O que podemos esperar do Coppola?

Coppola – Enquanto o mundo estiver nessa pandemia, todo mundo de quarentena, sem evento sem nada, os meus planos são fazer músicas mais tranquilas, com menos foco em pista, quero dizer, com menos foco em uma pegada de pista e fazer umas coisas mais melódicas, uns houses até, fazer umas coisas mais na pegada da “Kings & Queens”. Acho que eu vou lançar umas coisas mais nessa pegada, mais calma, por enquanto que a gente tá nesse período.

E aí quando as coisas voltarem, eu volto a lançar algumas coisas de pista. Mas isso aí é incerto, vou lançar o que eu achar legal, pode ser que eu faça alguma coisa mais pista que eu ache super bacana e que eu queira lançar, então pode ser que eu acabe lançando, mas a tendência é que eu faça mais sons calmos por enquanto que a gente tá nessa quarentena.

Editores do Beat for Beat. Apaixonados pela música, pela pista e uma boa taça de gin.

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