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Entrevistamos: FTAMPA

Um dos maiores talentos da música eletrônica nacional, FTAMPA, conversou com nossa equipe e falou sobre sua carreira, Tomorrowland e muito mais. Confira!

FTAMPA

Ele é um dos maiores nomes da música eletrônica brasileira, foi o primeiro brasileiro a tocar no mainstage do Tomorrowland e é detentor de grandes hits tocados por artistas internacionais. Confira a entrevista que fizemos com Felipe Augusto Ramos, ou para nós, FTAMPA!

Beat for Beat – 24 de Julho de 2016 foi um dos melhores dias da sua vida. Perguntas sobre o Tomorrowland podem ser até repetitivas, mas qual foi o momento que você guardou e guardará como recordação para o resto de sua vida neste dia?
FTAMPA – Participar de um evento como o Tomorrowland, da Bélgica, foi inesquecível, principalmente por saber que eu era o primeiro brasileiro a pisar ali (mainstage), mas têm dois momentos que não esqueço. Antes de entrar no palco, passou um filme na minha cabeça, do início da carreira até aquele dia. Além disso, os brasileiros começaram a gritar “Brasil, Brasil, Brasil”, durante a apresentação. Sem palavras para descrever! Foi tudo muito mágico!

B4B – Goldfish, Felguk e Quintino foram apenas alguns dos nomes com quem você trabalhou. Profissionalmente falando, qual artista está na sua lista de desejos?? Alguma colaboração por vir que pode nos adiantar?
FTAMPA – Têm vários artistas que eu admiro muito, mas acho que essas parcerias devem surgir naturalmente com algo que tenha a ver com a música e com o momento e não, como uma alavanca de marketing. Eu estou trabalhando em várias coisas interessantes e conversando com alguns artistas que admiro muito e que são da minha gravadora também, mas não quero anunciar nada sem que a track esteja pronta. (Risos)

B4B – Nos últimos 5 anos, a música eletrônica passou por diversas mudanças. Da Dance Music, passamos para a explosão que foi o Big Room, ou para muitos, a nova EDM. Seus primeiros singles de impacto mundial, como Kick It Hard e Hero eram basicamente o que foi caracterizado como esse novo gênero. Como vê a mudança de cenários e o que a mídia chama de “fim da EDM”?
FTAMPA – Esse fim do EDM é muito forte no Brasil, mas não acontece em muitos outros países. A música é assim mesmo, igual à moda. Ela tem ciclos e o artista tem que aprender a navegar, mas sempre mantendo a sua essência. A mudança de cenário é normal, esperada e é o que traz renovação para a música. Eu mesmo mudei muito, hoje faço algo muito mais pop porque é o que estou com vontade de fazer.

https://www.youtube.com/watch?v=tqd0zlfCszQ

B4B – Muitas vezes, artistas buscam morar fora de seu país de origem para aprofundar, não só suas carreiras, como também seu estilo de produção. O que Los Angeles te trouxe como profissional que você dificilmente encontraria no Brasil? O público americano é muito diferente do brasileiro?
FTAMPA – Na verdade, estou com planos de voltar pra lá. O que acontece é que o Brasil é um país culturalmente muito peculiar e único, então é muito normal que a vibe do Brasil não funcione no resto do mundo. Isso acontece em outros países também, mas quanto você vai para uma cidade como Los Angeles e várias outras que são HUB de música mundial, você fica exposto a muitas influências que não entram aqui e consegue ter um leque maior de opções para a sua track, sem contar que a competição é gigantesca e isso faz o nível das produções subir muito.

B4B – Tocar guitarra e teclado no início da sua carreira no rock, te ensinou a vivenciar a música de outra maneira. Qual foi o momento que a música eletrônica entrou na sua vida para ficar de vez? O que te fez trocar “as cordas” pelos CDJs?
FTAMPA – Foi paixão à primeira vista assim que o meu primo me apresentou ao eletrônico e coloquei na minha cabeça que queria trabalhar com isso e produzir as minhas músicas. Desde então, não parei mais. O meu foco agora, mais do que nunca, é trabalhar com as tracks autorais.

B4B – Ultimamente, alguns nomes da música eletrônica, incluindo você, passaram a se apresentar ao lado de artistas do sertanejo, em eventos variados. Esse tipo de exposição, para um público completamente diferente daquele que encontramos em festivais, não é ruim para sua carreira? Isso não interfere no seu relacionamento com seus fãs mais “vanguardistas”?
FTAMPA – Pelo contrário, eu acho isso fantástico. É uma forma de atingir novos públicos e desde que o músico continue fiel a sua essência e ao seu estilo musical, eu tenho certeza de que os fãs vão continuar apoiando.

B4B – Our Way, Stay, Glowing e até a própria Light Me Up possuem uma sonoridade mais pop nas suas composições. Como você adapta suas tracks para versões de pista? Os fãs ainda pedem muito remixes e batidas pesadas como no Electro?
FTAMPA  – Eles pedem sim. Eu tenho uma versão própria para o set live, que é uma pegada mais pesada e mais pra cima, mas ainda assim, é outra onda. É bem diferente do que era um show do FTampa, em 2016. Sei que muitos fãs ficam chateados, pois gostavam muito do que eu fazia, e eu também gosto. Às vezes, até trabalho em algumas tracks, mas estou muito animado em explorar o pop. Esse processo me fez crescer bastante como músico e produtor e estou muito realizado musicalmente.

B4B – Em épocas de streaming, pirataria, Youtube, ainda compensa colocar músicas a venda em sites do tipo Beatport e iTunes? Como o FTampa encara a evolução digital dentro da distribuição de música no mercado mundial?
FTAMPA – Tudo nessa vida evolui e essa adaptação cabe a nós e às gravadoras. Hoje em dia, o processo é diferente e tem o lado bom e ruim. Obviamente, pirataria é ruim. Significa que alguém está roubando a propriedade intelectual de uma pessoa que não topou ceder, totalmente diferente dos free downloads e streamings, onde, em alguns casos, as gravadoras e artistas são remunerados e mesmo nos free downloads, se é uma decisão do artista, para disseminar a música, está ótimo. A internet deu a opção para artistas, gravadoras e fãs de escolher a sua forma preferida de consumir a música. Eu gosto do modelo e apesar de saber que poderia ganhar muito mais dinheiro com venda de CD, acho que as dificuldades que os artistas tinham de soltar as suas músicas antigamente era uma grande barreira para a arte.

B4B – ‘Light Me Up’, seu mais recente vídeo, é muito mais que apenas um clipe, é uma conquista para você e sua equipe. Como foi fazer um material tão legal, de forma totalmente independente?
FTAMpA – Foi maravilhoso, o resultado está aí e agradeço a você e a todos que estão curtindo o clipe. Realmente, foi um desafio muito grande, apostei na minha equipe, resolvemos fazer tudo em “casa” de uma forma bem diferente dos clipes anteriores e deu certo!

B4B – De Conselheiro Lafaiete para o mundo. Você é uma das personalidades mais queridas dentro da cena nacional. Qual é o conselho que FTampa daria para um fã que está iniciando sua carreira?
FTAMPA – Não desista! As dificuldades vão sempre aparecer, mas continue trilhando o seu caminho, que o resultado vai chegar e principalmente estude e se aprimore na música. Ser produtor musical não deve ser encarado como uma onda. É um trabalho e requer horas e horas de estudo, investimento e dedicação. Seja essa pessoa que ajuda a subir o nível da música e não a que quer achar o jeito mais rápido de ficar famoso. Na minha opinião, esse é o caminho mais consistente.

DJ, Produtor, Redator, Libriano e Sonhador. Trance para amar e Techno para dançar, com uma taça de Gin para acompanhar. Onde é o after?

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