Entrevistamos Tim Baresko, um dos grandes expoentes do tech house e um daqueles artistas amados pelo público e certeza de pista cheia. Confira nosso papo:
Ele nasceu nos anos 90, embalado pela house music e hip hop, gêneros que são bem presentes em suas produções atuais. Com um grande público brasileiro, Tim Baresko é um daqueles artistas que quando vem ao país, arrasta multidões para assisti-lo e não foi diferente em sua passagem pelo nosso país. Entre um compromisso e outro, Tim nos recebeu num bate-papo super bacana, que você confere agora. Entrevistamos: Tim Baresko.
Beat for Beat – Olá Tim. Beleza? Primeiramente queria comentar sobre seu início de carreira, seus dias ininterruptos focados em suas primeira tracks e o caminho que você fez até encontrar a fórmula para que se tornasse o artista que é hoje. Onde Tim Baresko viu seu reconhecimento chegar em meio a cena de que participa? Quando você sentiu que estava de vez nela?
Tim Baresko – Hoje em dia tudo é muito rápido. Você não pode fazer uma música e esperar que será “la vida loca”. Você precisa continuar fazendo músicas e se uma música for bem, é ótimo. Mas quando você está produzindo você não pode dizer que essa música será um hit, então você faz um música e se gostar, lança. Se não gostar, deixa de lado ou continua aperfeiçoando-a. Eu nunca esperei nada das minhas músicas, eu apenas continuo fazendo músicas, envio para alguns DJs na esperança que eles toquem, eu toco as minhas músicas… Algumas músicas vão bem, o que é bom, mas eu continuo fazendo músicas na maioria do meu tempo quando eu estou em casa.
B4B – Sua relacionamento com o Brasil só tem aumentado com o passar dos anos. Como é tocar em nosso país e ser tão bem recebido pelos brasileiros? Como é o suporte do público francês aos artistas locais?
Tim Baresko – É diferente. Quando você vem pra cá em turnê como estrangeiro, os brasileiros te chamam de gringo e ficam na expectativa de te ver. Se você tem uma track boa, eles vão esperar por ela. Na França é diferente, eu sinto que as pessoas se importam menos com os franceses, não sei o motivo. No Brasil é diferente, as pessoas realmente dão suporte os DJs brasileiros, o que é incrível porque há muitos DJs brasileiros grandes. Se você olhar para a França, eu não sei, é diferente… As pessoas são mais “desconhecidas”.
B4B – O Tech House se tornou nos dias de hoje um movimento vanguarda, muitos artistas da EDM estão incorporando o gênero em seus sets. Na sua opinião, porque o tech house está na nova onda da dance music?
Tim Baresko – Eu faço esse tipo de música talvez há três anos… Nós começamos com o G-House, começamos a tocar no Brasil com o G-House, um movimento que incluía o Amine Edge & Dance e então ele se tornou em Tech House e agora o Tech House é gigante. Você precisa pensar qual será a próxima vibe.
B4B – Suas produções possuem influências no Hip Hop, no G-House e outras vertentes parecidas. Antes de produzir, você também se alimenta de música. O que passa hoje no Spotify de Tim Baresko? Quais são seus ídolos, os artistas dos quais você escuta e que te dão inspiração?
Tim Baresko – Eu tenho muitas playlists, então eu escuto muito pop-rock, muito hip-hop, eu ouço também pop francês. Eu tenho uma playlist de funk brasileiro, meu amigo fez para mim… As descobertas da semana. Mas eu não escuto house no Spotify, eu faço house todos os dias então quando quero ouvir música eu escuto outras coisas. Eu escuto as minhas músicas enquanto estou produzindo e depois escuto no meu carro ou na sala no alto-falante, mas não depois de lança-las.
B4B – Assistimos seu set no Caos, club aqui em Campinas, interior de São Paulo. Você encerrou com algumas tracks novas certo? O que vem de novo por aí que já pode nos adiantar?
Tim Baresko – Sim, eu toquei algumas das minhas músicas novas no Caos e elas serão lançadas em breve. Eu acabei de lançar um remix que fiz para um duo brasileiro chamado Future Class e a música se chama ‘Nothing Change’ e já está disponível no Spotify.