Considerado como um dos melhores DJ do Brasil e prestes a ser um dos headliners do palco New Dance Order do Rock in Rio, Entrevistamos Vintage Culture:
Ele é um dos maiores djs e produtores do cenário eletrônico nacional atualmente. Dono de uma legião de fãs, que o acompanha onde quer que vá, Vintage Culture é um artista de tirar o chapéu.
Nome a frente do Só Track Boa, o projeto de Lukas Ruiz vem desbravando o mundo através da sua sonoridade única. Em setembro, no dia 29, ele levará toda a sua personalidade para o palco do New Dance Order do Rock in Rio, como o grande headliner da noite (veja o line completo aqui) e antes de sua apresentação, ele conversou com os nossos editores sobre isso e muito mais. Entrevistamos: Vintage Culture
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Beat for Beat – Lá no início da sua carreira, seu som, que se enquadrava também no nu disco, recebia influências de grandes nomes do synth pop e da dance music dos anos 80. Quais foram os grandes nomes desta década dos quais você se inspira até hoje em sua carreira e como você começou a se identificar com eles?
Vintage Culture – Alguns dos grandes nomes desta época que captaram minha atenção e influenciaram bastante o início da minha carreira foram: Depeche Mode, New Order, Duran Duran, Queen, Pet Shop Boys, Pink Floyd e Franke Knuckles.
B4B – Desde suas produções em seu quarto no início da sua carreira até os dias de hoje, qual foi o momento que você sentiu que o projeto Vintage Culture tinha realmente explodido e consolidado no mercado? Qual foi a track que você considera que foi a chave para a mudança?
Vintage Culture – Aconteceram diversos momentos muito especiais ao longo dessa trajetória. Remixes como ‘Another Brick in The Wall‘, do Pink Floyd e ‘Bete Balanço’ do Cazuza ajudaram muito o projeto a se alavancar em meados de 2013 e 2014. Acredito que 2015 tenha sido um ano em que houve alavancagem nível nacional, com faixas muito importantes na discografia como ‘Eyes‘ e ‘Sometimes’. Ao longo desse período a família Vintage Culture só cresceu e caminhou em direção ao momento que vivemos hoje. Revisitar essa história me deixa muito feliz.
B4B – Seus sets possuem muitas das vezes mensagens de reciprocidade e carinho com o público, transbordando emoções na pista. Como surgiu essa ideia tão genial que fez com a sua plateia delirasse em tais momentos? É você mesmo que escreve estas mensagens para seus fãs?
Vintage Culture – Acredito que a música tem um papel fundamental de transmitir mensagens e, a partir dela, conseguimos nos conectar. A ideia surgiu de forma orgânica, quando percebemos que esses momentos sempre existiram e era só uma questão de verbalizá-los. Eu escrevo essas mensagens junto às pessoas que vivem e respiram o projeto comigo diariamente, são feitas com muito carinho.
B4B – Além de DJ e produtor musical você também surfa no mundo dos negócios, assim como outros grandes profissionais da cena. Um dos seus sucessos na carreira de empresário foi a criação da Só Track Boa. Você participa da curadoria de todos os eventos da marca? Como é o processo de seleção de locais e artistas para receberem novas edições?
Vintage Culture – A Só Track Boa se transformou em um fenômeno nacional e isso nos deixa muito felizes. Em 2019 passaremos por 19 cidades ao redor do país e realizamos a primeira edição internacional, em Nova Iorque. Eu busco participar do máximo de processos possível do evento. Buscamos sempre trazer e valorizar os artistas nacionais de música eletrônica, convidando também artistas internacionais para participarem do Line Up. Em relação aos locais, estamos sempre antenados em onde a Só Track Boa está reverberando e, se percebemos que existe uma cidade em que as pessoas gostariam de receber o evento, vamos para lá.
B4B – Recentemente você participou da edição de 15 anos do Tomorrowland, tocando no palco assinado por Martin Garrix. Como foi a recepção de Vintage Culture em Boom? Como é o carinho e o reconhecimento de seus fãs lá no exterior?
Vintage Culture – Foi muito gratificante. Chegar para tocar em um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo e ser recebido por uma pista repleta de verde e amarelo, máscaras feitas pelos fãs e uma energia tão calorosa foi uma sensação muito única. Também fiquei feliz de receber muitos fãs internacionais na pista, isso nos mostra que podemos ir muito além.
B4B – Não será a primeira vez que o Vintage Culture se apresenta em um dos palcos do Rock in Rio, maior festival de música do Brasil, como está a ansiedade para esta edição? Já há algo que pode nos adiantar para esse show tão especial de 2019?
Vintage Culture – AN SIE DA DIS (risos). Estou muito animado para retornar ao Rock In Rio. É um festival muito grande, com uma abrangência de público enorme e a apresentação se torna um desafio muito positivo. O que posso adiantar é que haverá muita música nova e já estamos desenhando esse show com todas as energias.