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Donos do Mescla falam sobre os acertos e erros do social club

O club Mescla segue com a agenda lotada entregando diversidade na música em Concórdia. Confira nosso papo.

Mescla
Mateus Spricigo, Janival Sartoretto e Rodolpho Neto

por Mia Lunis 

O Mescla Social Club inaugurou no final de 2022 em Concórdia, no Oeste Catarinense, e foi um sucesso. O espaço conta com uma paisagem que tira o público da zona de conforto dos clubes da cidade e traz uma nova perspectiva quando o assunto é entretenimento de qualidade. O hub artístico para conexões de todos os tipos, foi idealizado por Mateus Spricigo, Janival Sartoretto e Rodolpho Neto, sócios-fundadores do projeto, que entregaram vida para a vista exuberante do clube. 

Desde sua inauguração, o espaço foi contemplado por diversos eventos que entregaram música eletrônica, samba, rock, entre outras vertentes, oferecendo ao público uma mescla democrática que diverte, emociona e conecta a todos. Pelos decks e palco já passaram nomes como Blancah, Gromma, Fuscarini, Ziembik servindo graves potentes no soundsystem, DJ King Jay, com o melhor do Hip Hop, recentemente receberam Dazaranha agitando a noite com Rock N Roll, entre muitos outros artistas que entregaram ao público a trilha sonora perfeita para curtir uma noite no Mescla. 

Mas claro, isso não resume o esforço e trabalho de toda uma equipe que faz o sonho acontecer durante o funcionamento do local. Produção, curadoria, gerenciamento, equipe técnica, staff, são muitas mãos à obra para entregar o que o público espera de um espaço com esse conceito. Falamos com os fundadores para saber mais sobre os erros e acertos do Mescla desde sua inauguração, acompanhe: 

B4B – Olá! É um prazer recebê-los para esta entrevista! Ter um projeto no papel traz uma expectativa imensa até que se realize, o Mescla supriu as expectativas de vocês na inauguração?

Foi muito além da expectativa, realmente pra nós foi algo surpreendente ver a entrega da galera e a aceitação do público. Em menos de 30 dias movimentamos cerca de 4 mil pessoas e todas com certeza saíram do mescla com um sorrisão no rosto.

Erros e acertos fazem parte do pacote de qualquer projeto, no caso do Mescla, o que conseguiram identificar que funciona e não funcionou para o espaço?

A gente sabe que a caminhada é um pouco demorada, estamos cientes disso. Ainda queremos e estamos testando muita coisa no Mescla. O espaço proporciona isso, e é claro que algumas coisas funcionam mais que outras, legal que nunca foi a nossa ideia ser um local taxado por estilos ou modelos de festas e de trabalho. Mas complementando a resposta, essa pegada mais Club, trazendo grandes eventos e grandes artistas seja o caminho que sentimos ser o mais assertivo até agora pro espaço.

Vocês levaram eventos democráticos de música para o local, o que sentiram da resposta do público de cada vertente sobre o espaço?

Pela cultura do público local, pagode e sertanejo são eventos que fluem de certa forma melhor, a gama de público é maior, isso é indiscutível. Mas nos preocupamos muito na curadoria de outros estilos, como o eletrônico e o hip hop, focados em criar uma cultura mais sólida dentro desses estilos, explorando artistas de renome nacional e internacional, mostrando que por mais que Concórdia é uma cidade do interior de Santa Catarina a cena precisa ser forte e as pessoas merecem ver artistas que talvez elas só teriam acesso em grandes clubs do litoral ou Brasil a fora, se apresentando na ‘casa’ deles.

Qual é o posicionamento do clube em relação ao racismo, machismo e homofobia? 

Nosso nome está estampado: MESCLA. Esse é o nosso posicionamento, não compactuamos com nenhum tipo de preconceito. aqui a gente aceita as pessoas da forma que elas são. Importante é o respeito mútuo entre as partes, e se divertir, sorriso no rosto, ser astral, é isso que queremos!

Tendo em mente que o clube segue avançando rumo a consolidação em Concórdia, quais são os próximos planos para o Mescla?

Tem muita coisa boa pra rolar por aqui, festas e artistas que jamais estiveram na nossa região tão pouco em Concórdia. Muitos projetos legais que queremos tirar do papel também. Certeza que temos é que estamos só começando,  nossa caminhada ainda é muito recente. Galera pode ficar muito tranquila que vai rolar muita coisa legal no ‘Mesclinha’.

Muito obrigada por nos conceder esta entrevista! Vocês tem alguma mensagem para o público?

Agradecer. Temos que agradecer toda turma que nos acompanha e bota fé no que estamos fazendo. Não é fácil não, mas cabeça sempre erguida e com o foco lá na frente. Sentimento de que estamos cumprindo nosso dever, de trazer algo novo pra cidade. Nosso público é incrível, e pra nos esta sendo lindo acompanhar toda essa entrega! Obrigado, turma!

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