A festa sediada em um parque aquático em Wuhan, berço da pandemia de coronavírus, causou revolta e debates nas redes.
Já imaginou aquele fim de semana cheio de sol e calor de verão, milhares de pessoas em um parque aquático, muita curtição, azaração e lógico, muita música eletrônica. Se você acha que essa cena aconteceu no ano passado, se engana. Wuhan, a cidade onde foi encontrado o primeiro caso de COVID-19 no mundo, sediou neste último fim de semana uma festa que chocou o mundo e causou muita discussão nas redes sociais.
Sem máscaras, ou qualquer tipo de proteção, jovens dançavam ao som de DJs no parque Maya Beach Water, que ficou extremamente lotado. As imagens foram feitas pela agência de notícias AFP e correram o mundo de todas as maneiras. Em Wuhan, a pandemia está controlada, o que fez com que a população abandonasse o uso de máscara semanas antes da festa acontecer. A metrópole de 11 milhões de habitantes viveu um severo confinamento de 76 dias e tenta retomar sua economia aos poucos, incentivando pequenos negócios.
Questionada por um repórter, a epidemiologista do Programa de Emergência em Saúde da OMS, Maria van Kerkhove, comentou sobre a festa:
“Não devemos culpar as pessoas por quererem viver suas vidas, todos nós queremos viver nossas vidas, todos queremos voltar ao que era “normal”. Acho que só precisamos ter certeza de que a informação que está chegando, principalmente aos jovens e às crianças, é que eles não são invencíveis.”
Mesmo com a pandemia controlada em grande parte da China, o risco de uma segunda onda de contaminação existe, já que o país está com suas fronteiras abertas, também recebendo turistas de todo o planeta. Cabe a reflexão de julgar ou não tais jovens, mas também cabe à nossa reflexão se atentar ao sofrimento do próximo e respeitar suas condições de vivência com o vírus.
