Sonia Abreu, a primeira DJ mulher brasileira, faleceu esta semana. Conheça um pouco de sua trajetória, que deixou história na cena nacional da dance music.
Nesta semana, Sonia Abreu, a primeira DJ mulher brasileira, nos deixou. E não só Sonia morre, mas sim uma parte importante da discotecagem brasileira também morre com ela. Além de assumir a bandeira em ser a primeira DJ mulher em nosso país, Sonia lutou contra o machismo e a palavra de ordem em uma época da qual ser íntegra e ter ideias em um mundo cheio de homens era difícil, mas não impossível para ela.
No fim dos anos 60, “Soniaplasta“, como era chamada entre seus amigos e profissionais do meio, teve uma carreira que se mistura com a história midiática do Brasil, assumindo funções de produção e direção musical em organizações como a rádio Excelsior e a gravadora Som Livre. Na década de 70 assume pela primeira vez as pickups na noite paulistana. Nos anos 80 montou a rádio móvel “Ondas Tropicais“, sucesso como tudo que planejava com muito amor e carinho. Mais tarde, em parceria com a jornalista Claudia Assef, Sonia lançou sua biografia, também de mesmo nome, contando um pouco sobre sua trajetória.
Além de todo seu prestígio profissional Sonia teve o prazer em ser transgressora em sua carreira, abrindo portas para outras mulheres que gostariam de trabalhar com música na época, mudando também os rumos da história da dance music nacional.
Sonia sempre será respeitada e admirada por todos os profissionais da música brasileira, seja ela eletrônica ou não. Desejamos sinceros sentimentos à toda sua família e fazemos aqui o registro da importância em ter Sonia como um dos pilares da nossa história.