Sob nova direção, o Lollapalooza Brasil entregou mais uma belíssima edição e nem mesmo a lama foi capaz de tirar o brilho das apresentações.
Mais um Lollapalooza Brasil se foi e com ele, sentimentos mistos transbordaram em todos os frequentadores do festival. Desde o incomodo gerado pela lama e a irritação pela chuva que se fez presente por toda a sexta; inquietação pelas filas gigantescas para participar de ativações; a sensação de alma lavada (e corpo também), ao vermos shows apoteóticos. O dever foi cumprido, sem muitas novidades, mas com bastante excelência.
Reclamar do Autódromo, como muitos fazem, é ser um tanto quanto redundante. Não é exclusividade do Lolla o problema com lama, por exemplo, mas que outro espaço da cidade conseguiria comportar cerca de 100 mil pessoas por dia? A distribuição dos palcos, a área das ativações, até os novos banheiros, tudo foi pensado de uma forma para tornar a experiência cada vez mais confortável e assim foi. Com exceção dos shows principais, era possível transitar sem problemas, sem nenhuma complicação.
Presenciar o espetáculo realizado por The Offspring; assistir ao tão aguardado show do Blink 182; ver The Blaze fazer um show quase intimista; ouvir a voz impactante e contagiante de Hozier; Sentir o corpo vibrar ao som de Thirty Seconds to Mars e nos emocionar ao som de Titãs, fez deste Lollapalooza uma edição especial. Pela primeira vez, nossa redação se rendeu aos outros palcos e experimentou uma versão diferente dos festivais que estamos habituados.
Mas como bons clubbers que somos, o palco Perry’s não ficaria de fora da nossa lista. Repaginado, mais bonito, o palco recebeu Mila Journée, que dominou a pista com extrema elegância, enquanto Kittin veio com os dois pé na porta, fazendo o novo palco tremer. Sarah Stenzel e Curol mostraram uma curadoria musical impecável, e os veteranos Above & Beyond levaram melodias, visuais e suas tradicionais mensagens, a um público menor do que esperado, mas entregue de corpo e alma.
Não é de hoje que falamos sobre o Lollapalooza Brasil ser um dos nossos festivais favoritos. Perceber que mudança de organização trouxe melhorias na execução do evento, mostra que ele tem força para manter-se no topo da lista de melhores do país. Que a chuva possa dar uma trégua nos próximos anos, pois estaremos lá, com ou sem lama.
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