Como uma travessia entre mundos distantes, ‘Jaipur’, de Mah-Ze-Tar e Akriza, nos leva por um território onde o tempo desacelera.
Mah-Ze-Tar e Akriza unem forças em uma faixa que não apenas mescla tradições — ela constrói pontes espirituais. Em ‘Jaipur’, o ouvinte é guiado por melodias que soam como ecos de um passado longínquo, entrelaçadas a linhas graves que vibram no presente com uma força quase física. O resultado é uma tapeçaria sonora onde texturas acústicas e digitais se abraçam com naturalidade e reverência. Ouça aqui.
A viagem começa sutil: atmosferas envolventes surgem como miragens, enquanto os primeiros instrumentos tradicionais ganham espaço — o sopro da Ney, a delicadeza do Sitar, o lamento do Duduk. Mas logo tudo se transforma, e batidas densas tomam o controle, puxando o ouvinte para um lugar de entrega total. É música para o corpo e para a alma, feita para sentir em movimento e contemplar em silêncio.
Mah-Ze-Tar, com sua missão de preservar culturas através do som, injeta em ‘Jaipur’ o poder dos encontros. Seu trabalho transforma aquilo que parece estrangeiro em familiar, tornando cada faixa um convite à empatia sonora. Ao lado de Akriza — mestre em explorar camadas instrumentais com beats pulsantes e paisagens cinematográficas — o resultado é ainda mais potente: não há fronteiras, só travessias emocionais.
‘Jaipur’ é apenas uma das manifestações desse diálogo estético profundo que os dois artistas propõem. Uma faixa que ecoa festivais místicos sob estrelas e palcos lendários onde o ritual e a dança dividem o mesmo espaço. Uma música que não se limita a entreter — ela transforma.
Escute:
 
			 
				 
				 
				
 
										 
									 
										 
									 
										 
									 
										 
									 
										 
									 
										