Uma track intensa que poderia muito bem ser trilha sonora de filme. Confira mais sobre o processo de criação.
Por Maria Angélica Parmigiani
Beleza e intensidade, ambiências e ritmo, sentimento e movimento. Essas são as palavras de orientação que movem o projeto artístico de Marco Tracks. Desde 2018, ele tem publicado suas tracks que apresentam aspectos e ritmos alternativos. A nova empreitada é o lançamento de “What Could’ve Been”, que chegou no final de julho, bastante tempo depois desde seu último single, “Tower”, lançado em janeiro.
Nela, o produtor assume um lado mais orquestral, já que a faixa tem camadas formadas por ambiências que denotam essa sensação de instrumentos clássicos. Com uma perspectiva mais lenta, o artista flerta com o Ambient em sua maneira de criar. Os elementos se desdobram sobre a base rítmica que traz referências ao Dub, algo presente em suas criações e sets e que, somado à melodia, formam um belo contraste.
“Essa foi uma das minhas produções cujo processo foi mais rápido, intuitivo. Comecei pelos beats, uma percussão marcada. Depois inseri uma linha de baixo potente, queria algo que remetesse ao dub, uma das minhas influências sonoras. Na sequência, veio uma melodia viajante. Usei muito reverb pra transmitir uma ideia de espaço. Curto músicas que levam você a criar ou apreciar imagens enquanto escuta, uma espécie de ‘trilha sonora’ particular. Ouvindo a faixa, vejo que ela traz influências de músicas que eu ouvia muito antes de sonhar produzir música eletrônica, como ‘The box’, do Orbital, e ‘Teardrop’, do Massive Attack”, explica.
“What Could’ve Been” é a típica jornada musical que cai muito bem com uma audição em fones de ouvido e atenção plena. Uma bela entrega digna de trilha sonora. Aperte o play e entenda do que estamos falando.
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