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Via UnderGROUND

Mau Maioli compartilha sua vivência em fazer parcerias musicais

Dj e Produtor explica os desafios e motivações na realização de Collabs dentro da musica eletrônica. Confira abaixo.

Por Maria Angélica Parmigiani

 

A arte de colaborar é uma conduta humana bastante antiga e que perdura no tempo através das diversas esferas de nossa vida. É claro que quando pensamos em cultura, arte e música, essa história não seria diferente, pelo contrário. Colaborar e co-criar é uma forma de expansão do aprendizado individual, um novo estímulo aos processos cognitivos, além de ser um combustível para a criatividade, já que vem acompanhada pelos ventos da renovação e isso para a esfera artística é quase como um bálsamo. Quase, porque nem sempre dá certo e nem mesmo é para todos.

Há verdade no que diz respeito à facilidade que algumas pessoas possuem ao interagirem com outras, enquanto do outro lado, há almas solitárias que preferem fluir sozinhas, para fluir melhor. Tudo bem, também. No contraponto da solidão, alguns artistas parecem ser agraciados com uma sensibilidade inata ao saber quando, como e quem na hora de ativar o modo “colab”, como por exemplo, o gaúcho Mau Maioli. Artista parte das gerações mais recentes, Mau, tem traçado um belo caminho na música. Sem pressa, mas com muita consistência, foco e dedicação, que inevitavelmente, trazem bons frutos, inclusive nas somas de forças.

“Acredito que a principal collab até hoje foi Time To Dance. Não só pela música ter caído nas graças da galera aqui do RS principalmente, mas também pelo desafio de colaborar com outras duas pessoas e apenas online”, afirma Mau. O trabalho, inclusive, acabou de ganhar um EP de remixes, contando com a presença de Agrabah, Leo Janeiro e do renomado duo mexicano Zombies In Miami.

Mau destaca que sempre colaborou à distância e que, apesar de muitos falarem que o desafio é maior, ele acredita que esteja se aprimorando nesse formato que tem dado certo. “Além de fazer música com o Kauan e a Aryela, terminei uma música com o Vasconcellos (que até tivemos sessão conjunta no estúdio, mas que grande parte foi feita a distância), além de outras músicas que tenho feito com o ID ID (Zim, do antigo projeto TouchTalk), e da colaboração com a Lapax, que também tivemos uma parte do processo feita presencial, mas grande parte feita a distância. Enfim, eu acredito que o primordial é querer fazer e cada um gostar do trabalho do outro para aí sim começar a ter uma conversa de criar uma música juntos. Depois dessa etapa, muito respeito e sinceridade para criar o melhor”.

Outra colaboração recente da sua carreira foi na faixa “Lonely Game”, novamente com Aryela. “Lonely Game foi especial pois foi o retorno da minha parceria com a Aryela. A gente já teve diversas tentativas antes de surgir a Time To Dance, mas parece que depois dela tudo que tentamos fazer juntos deu certo. Lonely Game é mais uma dessa colaboração”.

Pela frente, trabalhando em um álbum, Mau revela que a história do disco está bastante conectada à saúde mental — algo que a letra de ‘Lonely Game’ transmite, falando sobre o jogo mental de manter a cabeça saudável em meio a tantos desafios e a famosa correria que é a vida. “Tentamos trazer através da música uma forma de refletir sobre essas dificuldades e a importância de nos cuidarmos mentalmente”, reforça.

Então, ficaremos ligados para conferir os resultados dessas conexões criadas por Mau Maioli e transferidas para a música, com novos capítulos muito em breve.

Encontre Mau Maioli no Instagram e SoundCloud.

Por Vinicius Pierozan

Casado com a Isabela mas apaixonado pelo techno.
Eu perco 1 fio de cabelo pra cada track que reconheço.

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