Nightlife Association comenta que passaportes de vacinas são inviáveis

Segundo o CEO da Associação de Indústrias da Vida Noturna, os passaportes de vacina funcionam como uma discriminação transversal. Saiba mais.

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Sugestão de Passaporte de Vacina

Mesmo com um Brasil cheio de incertezas e com uma vacinação caminhando a passos bem lentos, o mundo já se prepara para finalmente sair da pandemia. O verão europeu está se aproximando e com ele a necessidade em implantar novos procedimentos de segurança sanitária para a reabertura de bares, restaurantes, clubs e pequenos eventos culturais. Até algum tempo atrás, o conceito de ‘passaporte de vacinas’ foi introduzido nos debates a fim de criarem uma maneira segura de locais importantes para o entretenimento, como Malta e Ibiza, criarem uma barreira segura de turismo. Mas, tal conceito ainda é incerto, principalmente pela Nighttime Industries Association (NTIA).

Segundo o CEO da NTIA, Michael Kill, o passaporte é impraticável, colocando ao sujeito uma “discriminação transversal”, pois nem todos os países da Europa e do mundo tem a mesma oportunidade em serem vacinados. A maioria dos mais jovens ainda está esperando sua vez para receberem as vacinas, o que significa que não seriam elegíveis para o passaporte e portanto, não conseguiriam viajar e movimentar de forma eficaz a economia de tais centros turísticos.

Ainda em sua declaração, Kill também menciona como um sistema desse tipo cria barreiras adicionais entre profissionais e seus clientes. Michael ainda acredita que os governos não estão tratando de forma justa a economia noturna, visto que não há um conjunto de regras para todos. Em seu exemplo, Kill explicou que supermercados e lojas de conveniência receberam horários estendidos e datas de reabertura sem nenhum rastreamento obrigatório. Do ponto de vista comercial, a medida é injusta, pois todos os estabelecimentos deverão exigir verificação de tais passaportes e outros não.

Os passaportes de vacina ainda estão em estudo. Locais específicos de países como o Reino Unido, por exemplo, já estão usando-os para manterem alguns estabelecimentos abertos, mesmo ainda não sendo obrigatório a apresentação deles.