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Nu Azeite e seu álbum de disco-funk eletrônico repleto de referências

Apresentando um álbum de disco-funk eletrônico que nos faz viajar por diversas referências, Nu Azeite entra para a família Cocada Music.

Nu Azeite

Por Claudia Assef

Um rolê de bike com a brisa do mar batendo no rosto e aquele sol gostoso bronzeando a pele. É disso que a gente tá precisando agora, não é mesmo? E é isso que você vai ganhar por tabela, em forma de música, ao ouvir o som da dupla Nu Azeite, que acaba de chegar à família Cocada Music, braço latino-americano do selo alemão Get Physical, garantia de música de pista de qualidade desde 2002.

O som dos caras é um disco-funk que vai te fazer viajar com uma pegada setentista de Tim Maia e Lincoln Olivetti, mas que também tem um pé nas pistas atuais, de DJs houseiros fãs de disco music, como Todd Terje e Koze.

Formado pelo músico, DJ, cantor e produtor musical carioca Fabio Santanna e pelo DJ Bernardo Campos, um dos grandes agitadores da cena de house e disco underground do Rio de Janeiro, o duo Nu Azeite resume, musicalmente, o Brasil que a gente quer. A dupla somou grooves orgânicos com sabor de maresia a elementos que não podem faltar numa boa pista de house music; synths e batidas que se combinam criando uma trilha sonora que tem DNA tão carioca quanto mate gelado e biscoito globo.

Nu Azeite traz uma mistura feliz de música orgânica e eletrônica. Um blend equilibrado entre a doçura do açúcar e o azedo do limão, que, junto com a uma bela cachaça, compõem a caipirinha perfeita. De um lado, Fabio, um músico experiente, que já tocou teclado com medalhões da MPB como Marcos Valle, Elza Soares, João Bosco, Lenine, entre outros, além de ser dono do estúdio Nave, um dos mais bem-frequentados desta geração. Do outro, Bernardo Campos, residente da festa Rara, um carioca da gema, sim, mas que vira e mexe divide cabines com nomes como Moodymann, Laurent Garnier, Carl Craig, Kenny Dope, Derrick Carter, Detroit Swindle, Miss Kittin, entre outros.

Nu Azeite

Nu Azeite no estúdio Nave

O encontro entre os dois surgiu de um booking fracassado, um cruzeiro para Fernando de Noronha que nunca aconteceu, para o qual ambos foram consultados para tocar. A viagem ao paraíso não rolou, mas conectou os dois. “O cruzeiro nunca aconteceu, mas continuamos nos falando. Até que um dia eu colei no estúdio do Fabio para fazermos um som. A sintonia foi muito boa e começamos a nos encontrar uma vez por semana para produzir. Logo vimos que tínhamos material suficiente para engatar num projeto. Nascia o Nu Azeite”, recorda Bernardo.

Músico por formação, Fabio já flertava há tempos com música eletrônica: “com a crise das grandes gravadoras, todo o setor musical sofreu um grande impacto, que afetou a todos do ramo. Percebi que para mim seria uma oportunidade para expandir, aprender um novo riscado. Comecei então a atuar como DJ, e a incorporar essa nova ferramenta nas gigs que já fazia como músico”.

Juntou-se, então, a fome com a vontade de comer. A goiabada com o queijo. Ou melhor, o mate gelado com o biscoito Globo. O estúdio estava lá, só esperando para ser azeitado. Assim como tantos outros DJs do mundo todo, Bernardo e Fabio também beberam na mesma fonte que tantos gringos adoram dar uma bicadinha: Brazilian Grooves e Boogie, o som que o país criou a partir da digestão da soul e da disco music americana, puxado no molho das particularidades da nossa problemática política, econômica e social.

Nu Azeite

Entre os nomes que vão saltar como referências quando se ouve o Nu Azeite vão surgir Tony Bizarro, Toni Tornado, Banda Black Rio, União Black, Som Nosso de Cada Dia, Marilene, Robson Jorge e Lincoln Olivetti, Os Diagonais, Marcos Valle, Junior Mendes, Márcia Maria, Azymuth, Gerson King Combo e outros nomes que estampam discos de vinil que hoje são disputados a tapas em sebos pelo Brasil e pelo mundo.

Mas não só de raridades vive o Nu Azeite. Fabio e Bernardo vivem no presente e trazem referências de pista atuais, que vão de Joey Negro a Crazy P, sempre mantendo os pés na house music, essa jovem senhora eletrônica descendente direta de sua matriz orgânica, a disco music.

“A nossa música (brasileira) é rica demais. A quantidade de edits de gringo que você encontra no Soundcloud é de espantar. Acho natural e justo termos esse reconhecimento e tomara que isso cresça cada vez mais”, diz a dupla criadora do Nu Azeite.

Como eles mesmo dizem, o Nu Azeite é uma junção da house de Bernardo com a brasilidade do Fabio e, no meio disso tudo, uma paixão comum por boogie e disco-funk. “Gilberto Gil e Tim Maia estão no topo da nossa lista, sempre! Também tem um lance muito carioca, uma coisa de quem foi nascido e criado no Rio de Janeiro como nós dois fomos. E, por fim, uma pitada de Bahia, já que temos uma relação muito especial com aquela terrinha mágica”, resume Bernardo.

O que esperar dessa mistura totalmente sangue bom? Cura para a retomada do alto astral, agora com um empurrãozinho amigo do Cocada, selo que quer descobrir novas “raridades” não apenas em solo brasileiro, como em toda a América Latina.

A história com o Cocada/Get Physical foi muito positiva porque tem tudo a ver com o projeto, já que o selo procura essa mistura de música eletrônica com música brasileira/latina. O mais legal foi saber que o pessoal da Get Physical ficou viciado nas faixas, volta e meia a gente recebe um áudio vindo da Alemanha deles tentando cantar as letras, rs”, conta Bernardo.

Com vocais de Fabio em quase todas as faixas, exceto por Chicago (que tem Bernardo cantando em inglês) e Me Deixa Louca (com voz de Bia Barros), o álbum autointitulado Nu Azeite foi mixado e masterizado  por Pedro Tie. Escute agora, também disponível em todas as plataformas digitais:

DJ, Produtor, Redator, Libriano e Sonhador. Trance para amar e Techno para dançar, com uma taça de Gin para acompanhar. Onde é o after?

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