Vinte cantores participarão do espetáculo, O Barbeiro de Sevilha, no Teatro Bradesco, que estreia no dia 13 de abril; conheça alguns deles.
No próximo dia 13 de abril estreia no Teatro Bradesco o espetáculo O Barbeiro de Sevilha, obra-prima de Gioachino Rossini. Além dos 11 artistas protagonistas, estarão no palco 28 membros do coral (20 cantores e oito figurantes). O que pouca gente sabe é que todos eles são voluntários, integrantes do Coral da Cidade de São Paulo, um projeto comunitário UNIOPERA, inspirado no modelo da “Wiener Singverein” (União Vienense de Canto).
O canto coral é o DNA da companhia. Desde sua fundação, em 2002, mais de 2 mil pessoas já tomaram parte do grupo e de seus cursos de teoria musical, solfejo e técnica vocal, oferecidos gratuitamente para participantes de todas as idades, profissões e interesses.
Participar do coral UNIOPERA deu a possibilidade de José Carlos Belfort Furia testar outra forma de se apresentar. Em 2010, ele deixou um coro de música sacra para participar do Coral da Cidade de São Paulo. De lá pra cá, o engenheiro naval e avô de quatro netos participou de quase todos os espetáculos. “A música nunca esteve afastada da minha vida, desde o aprendizado elementar na Caetano de Campos, com o Maestro Carlos Caldeira, passando por uma ‘aventura universitária’ no Coral Poli-Sedes, com o Maestro Roberto Zeidler. Ah! E com musiquinhas para a criançada ficar atenta nas viagens de carro mais longas.”
Marco Herreira conheceu o coral UNIOPERA pelas redes sociais, no final de 2021 e passou a frequentar as aulas preparatórias no ano seguinte. Após alguns meses, foi convidado pelo regente Luciano Camargo para participar da apresentação de Requiem (W. A. Mozart), que aconteceria em fevereiro de 2023. “Precisei me afastar e quando pensei em cantar novamente não tive dúvidas em voltar para a UNIOPERA, pelo nível do desafio”, diz o professor aposentado. “A música pra mim é tudo. Transmitir o sentimento por intermédio dela é o que mais me comove.”
Foi também através das redes sociais que Cristyell Aranda conheceu a UNIOPERA. Recém-chegado a São Paulo, vindo de Recife após imigrar da Nicarágua, o médico encontrou no coral uma forma de fazer uma pausa para o corpo e a mente. “Eu já cantava no meu país e quis continuar essa atividade quando saí de lá. Desde pequeno eu me interesso por música; ouvia uma rádio que só tocava música erudita e as pessoas estranhavam”, conta. “Nunca pensei que cantaria em uma ópera. As músicas de O Barbeiro de Sevilha não são simples como parecem, exigem técnica. É mais fácil fazer a plateia chorar e sentir raiva do que fazer rir. Vou ter que explorar meu carisma”, brinca.
Moacir Silva é figurinha carimbada nas apresentações da UNIOPERA. Começou em 2011 e, desde então, esteve em todos os espetáculos com participação de coro. “Fazer parte de um grupo de música mudou a minha vida, me deu cultura e apoio. Só mesmo o coral para erguer minha cabeça na volta da pandemia”, diz. “Cantar não é hobby, é uma responsabilidade muito grande. Não faço só para mim, mas também para que a plateia possa transformar a sua vida também. A UNIOPERA me levou além de tudo o que eu pensei.”
Serviço:
O Barbeiro de Sevilha narra as trapalhadas do barbeiro Figaro para ajudar seu amigo, o Conde Almaviva, a conquistar o coração da doce Rosina e libertá-la dos desmandos de seu tutor, o Dr. Bartolo.
Coral da Cidade de São Paulo/UNIOPERA
Orquestra Acadêmica de São Paulo/UNIOPERA
Rodolfo García Vázquez – Direção cênica
Amanda Pilla B. – Figurinos
Priscila Soares – Cenários
Guilherme Bonfanti – Iluminação
Luciano Camargo – Regência
Teatro Bradesco São Paulo
Shopping Bourbon – R. Palestra Itália, 500 – Perdizes – São Paulo
Dias 13, 14, 20 e 21 de abril, às 16h
Dias 16, 17, 18 e 19 de abril, às 20h
Classificação indicativa etária: Livre
Duração: 180 minutos (com intervalo)
Ingressos: Uhuu.com