Conheça a história de Peter Rauhofer, o DJ austríaco que ganhou o mundo com seus remixes de grandes nomes da música pop mundial.
Se tem uma das coisas que um bom DJ e produtor musical ama fazer durante a sua carreira é remixar grandes nomes da música mundial. E hoje iremos relembrar aqui nessa coluna da #PrideWeek uma carreira de um DJ renomado nas pistas de clubs LGBTQ+ e até hoje ovacionado por suas épicas produções que englobam fenômenos da música pop.
Quem já dançou pelo menos uma vez na vida em uma boate direcionada ao público ‘diferenciado’, sabe muito bem o valor de uma percussão entre as batidas rasgadas do house (Como comentamos na história da house music, que pode ser relida aqui). O famoso tribal house, como apelidado diante dos inúmeros subgêneros da dance music, teve como um de seus percursores a lenda Peter Rauhofer.
Peter nasceu em Viena, capital da Áustria em 1965, mas foi mudando para os Estados Unidos da América que ganhou sua total liberdade, seja na sua sexualidade ou em sua criatividade em criar novas originalidades para o house. O gênero até então meio jogado de lado na década de 80, ganhou novos ares quando grandes nightclubs começaram a apresentar o tribal em seus sets madrugadas afora. Rauhofer que havia se mudado para Nova York nos anos 90, começou a discotecar em algumas casas da cidade, como a famosa Roxy.
Logo que começou a ficar conhecido por seus shows cheios de empenho, criou sua própria label, a Star 69, que recebeu produções de colegas do tribal bem como seus pseudônimos The Collaboration, Club 69 e Size Queen. Na mesma época, Cher, uma das maiores divas gays de todos os tempos, bombava com o sucesso ‘Believe’ e sabendo de todo o sucesso de Peter, decidiu convidá-lo para remixar esse hino clássico do orgulho LBGTQ.E foi assim que Peter Rauhofer foi aclamado pela crítica e recebeu o Grammy de melhor remix do ano.
Depois disso sua carreira foi sempre elogiada na cena gay mundial, também chamando a atenção de outras grandes cantoras pop, que precisavam de uma forcinha das batidas de Peter para bombarem nas pistas de dança. Entre os nomes que convidaram Peter para remixar suas faixas estão os de Britney Spears, Kylie Minogue, Seal, Depeche Mode, Mariah Carey, Whitney Houston, Janet Jackson, Christina Aguilera e Madonna, que criou diversas parcerias com o austríaco.
Rauhofer nos deixou em 2013, aos 48 anos de idade, vítima de um câncer no cérebro. Suas apresentações foram plano de fundo para várias noites históricas no meio LBGTQ+, incluindo inúmeras passagens pelo Brasil, onde era sempre bem recebido pelo seu público tão fiel. Atualmente Peter é reconhecido como uma das lendas dos remixes internacionais e um dos maiores nomes do tribal house, com suas tracks sendo reproduzidas até hoje em várias pistas de dança pelo mundo. Mais um potente exemplo do sucesso de um grande profissional, gay e orgulhoso de sua música espalhada por todo o planeta.
O legado de Peter Rauhofer pode ser ouvido na nossa seleção abaixo: