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ODD se consolida como uma das maiores expressões do underground

Depois de uma edição de aniversário memorável, a ODD /opus/ prometia fazer ainda mais história, trazendo a lenda viva Roman Flügel. Confira!

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Foto: Rafael Morse/Divulgação

Ela prometia fazer história, e cumpriu. Cada vez mais rica, sólida e conceituada no imaginário da música eletrônica underground mundial, a ODD /opus/, que rolou no último dia 25, pela segunda vez na Fábrica de BrinqueDDOs, entregou, no mínimo, o que o seu exigente público esperava: experiência, catarse, libertação, troca, hedonismo, diversão e amor; música, luz e imagem do mais alto nível; esmero, acolhimento, arte, vanguarda e um espaço seguro para ser quem se é.

Com um dos maiores públicos de sua trajetória de sete anos, a produção foi impecável em todos os detalhes: da curadoria artística à estrutura e logística.

vermelho wonder

Vermelho Wonder. Foto: Rafael Morse/Divulgação

Na pista principal, guiada pelas tradicionais batidas 4×4, a abertura coube ao B2B inédito entre Linda Green e Kayque Cabral, que combinaram suas referências ecléticas — e seus óculos escuros — em um warmup cadenciado e convidativo. Na manha, a dupla foi fazendo o aquece enquanto os primeiros clubbers chegavam no prédio do Parque Industrial de São Paulo.

Vermelho Wonder — duo formado pelo onipresente DJ Vermelho com a cantora Ivana Wonder — mostrou seu trabalho que passeia por house, indie dance, space disco e synth pop em um show híbrido profundo, sensível e belo. Quem optou por chegar mais tarde perdeu um dos maiores atos do rolê.

roman flugel

Roman Flügel. Foto: Rafael Morse/Divulgação

Na sequência, o craque Zopelar arrancou sorrisos com uma houseira classe A, com direito a muito groove e cores — transportando as pessoas daquele galpão industrial e hermético para uma pool party ensolarada e sofisticada. Fechou com um remix de “Paradise“, clássico de 1988 da cantora Sade, deixando a pista aquecida e no jeito para Roman Flügel.

Camaleônico, o grande astro da noite condensou parte de sua história e experiência nos mais prestigiados clubes do planeta, justificando a fama como um dos maiores DJs do planeta. Adaptativo, partiu da proposta alegre de Zop e foi gradualmente imprimindo sua identidade, guiando os clubbers por um set de quase três horas que, com o passar do tempo, foi ganhando velocidade e potência em uma estética mais raver e mecânica, repleta de breaks longos e timbragens únicas e psicodélicas.

X-Vandals

X-Vandals. Foto: Rafael Morse/Divulgação

X-Vandals, o duo formado pelos residentes Davis e Martinelli, fez sua estreia ao vivo no set mais alucinante daquele palco, aumentando o BPM e fechando o rolê em uma rotação altíssima. Mesclando acid house com uma techneira avançada que caberia tranquilamente no Berghain, a dupla tirou de seu arsenal pedradas como “The Last Hour“, do DJ HEARTRSTRING,Paranoid Thoughts“, de Dubyshkin, e o empolgante remix de KAY CEE para “Open Sesame“, de Daisy Dee (faixa que já havia fervido a ODD 7 nas mãos de Anastasia Kristensen).

Tudo isso, é claro, foi acompanhado pelos outros elementos definidores do núcleo: as tradicionais projeções audiovisuais de L.Pitzs e luzes de Julio Parente, que aumentaram ainda mais seu impacto na nova locação; e as inigualáveis performances poéticas e lúgubres de Aun Helden, Enco e Katrevosa.

Enco

Enco. Foto: Rafael Morse/Divulgação

Já a segunda pista foi o espaço do electro, do funk brasileiro e de outros ritmos sincopados, que ganharam espaço como nunca em uma edição da ODD. Já amado pelo público da festa, o irreverente e originalíssimo headliner australiano Jensen Interceptor fez geral desidratar com sua mistura frenética de electro, miami bass, gabber, acid, breaks e vocais de funk ou pop.

O caldeirão eclético e de beats quebradiços do ambiente ganhou tração com os estreantes CRAZED (BR), que mandou ver com sons mais psicodélicos e perturbadores; podeserdesligado e seu live experimental, grave, lisérgico e cyber-africano; e Suelen Mesmo, que fez o warmup com uma mistura bem singular de afrobeats, funk, house, jungle, future beats e R&B, em uma combinação mais lenta, elegante e sensual.

Jensen Interceptor

Jensen Interceptor. Foto: Rafael Morse/Divulgação

Por fim, outro nome celebrado da festa, RHR fez seu retorno depois de três anos, encerrando a pista e matando as saudades dos fãs de sua mixagem visceral, inventiva, disruptiva e ruidosa, com direito a tracks de electro, trap, funk e IDM — a explosão de sons livre e autêntica que conquistou Danny Daze, entre outros especialistas.

A próxima edição também será especialíssima: em parceria com o famoso clube Bassiani, da Geórgia, a ODD está programada para o dia 20 de agosto. Mais informações serão reveladas nas próximas semanas.

Casado com a Isabela mas apaixonado pelo techno. Eu perco 1 fio de cabelo pra cada track que reconheço.

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