Como uma invocação cósmica em plena pista, ‘BEAM’, de PILOTRONIC, atravessa passado e futuro com energia ritual e precisão alucinada.
Na faixa ‘BEAM’, o produtor PILOTRONIC cria uma travessia sonora de fôlego próprio. A composição avança com ritmo constante e camadas densas, guiada por vocais que soam como mantras antigos transmitidos por satélite. A sensação é de ser puxado para frente por uma força invisível — algo entre o transe e a propulsão, entre o êxtase espiritual e a pulsação da dança. Ouça aqui.
A estrutura se mantém em rotação, com texturas em expansão e ruídos que brilham como fragmentos de energia em órbita. PILOTRONIC constrói tudo com cuidado artesanal: cada detalhe parece conectado a uma origem ancestral, mas traduzido em linguagem eletrônica precisa. A faixa não se apressa — ela percorre, pulsa e atravessa, criando um estado hipnótico onde mente e corpo se alinham em movimento contínuo.
‘BEAM’ faz parte de um EP que apresenta uma assinatura sonora marcada pela fusão do ritual com o digital, do terreno com o celeste. Se há algo de místico nessa jornada, ele se revela nos pequenos gestos: nas vozes que vêm de longe, nos ecos que reverberam além do tempo, e na batida que insiste — firme, meditativa, presente.
É música feita para dançar os olhos fechados. Para viajar sem sair do lugar. Para sentir que algo antigo ainda pulsa — mesmo no centro do futuro.
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