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Psy-Fi: O elo xamã escondido na floresta holandesa

O Psy-Fi Festival, um dos maiores festivais de trance do mundo, mostrou porque é tão querido entre os europeus em mais uma épica edição em Leeuwarden.

Palco Chill Out do Psy-Fi Festival

Neste último mês, tivemos o prazer de cobrir o Psy-Fi. O festival que teve duração de 5 dias mostrou porque é o queridinho de muitos europeus, ainda mais de quem gosta do velho e bom trance. Podemos descrever o lugar como mágico, inclusivo, paradisíaco, diferente de qualquer festa que já frequentamos aqui na Holanda.

No primeiro dia de evento, participamos da abertura.  Em cada edição o Psy-Fi celebra um tema e e em 2018 presenciamos o xamanismo (aqui  no site oficial tem um texto contando detalhadamente o tema deste ano). O festival contou com uma estrutura magnífica, cada detalhe fazia a diferença, os lugares para camping eram perfeitos e totalmente adequados para o uso de seus frequentadores, se você não podia ou não queria trazer sua barraca, era possível você locar uma que Psy-Fi disponibilizava junto com os colchonetes. Fora os banheiros com água quente, que também era possível, pagando apenas 1 token da moeda do festival, poder relaxar em um banho quente, agora se você quisesse economizar, ainda haviam chuveiros gelados, de graça, por conta da organização.

Cerimônia de abertura com ritual Xamã

O que mais nos chamou a atenção foi ver torneiras espalhadas por todo recinto, com água filtrada, banheiros totalmente limpos e quase nenhuma fila para qualquer lugar que fossemos. Se você estava com pouca grana e não estava podendo comer na praça de alimentação todos os dias, o Psy-Fi disponibilizou ônibus que te levava até o supermercado da cidade, onde você comprava sua comida, podendo cozinhá-la na cozinha comunitária que o festival disponibilizou para o público, parece mentira né? Mas é real e incluso no ingresso, além do mais era possível você fazer suas compras de THC nos coffe shop’s que ficavam próximos ao mercado também, incrível.

Mainfloor totalmente limpa em uma manhã de evento

O Psy-Fi também se preocupa com o bem estar dos animais que habitam naquela região. Sendo assim o som que geralmente nos festivais fica o tempo todo no volume máximo, o evento mais uma vez se mostrou diferente, às 23:00 na quarta, quinta e domingo e à 01:00 da manhã na sexta e no sábado o som era reduzido em um volume que não irritasse e assustasse a fauna nativa, auxiliando também os frequentadores em um descanso mais longo do que o habitual em festivais de longa duração.

Detalhes de um palco alternativo durante a noite

Agora se você quisesse continuar fritando durante a madrugada, o evento disponibilizava o aluguel de um fone de ouvido, com excelente acústica e tecnologia bluetooth, para que seus clientes continuassem curtindo uma noite cheia de mistérios, prosseguindo com a vibe até o Sol raiar, tudo pensado perfeitamente para não agredir nenhum ecossistema mais próximo e também se esquivar de problemas com o público.

E que line up foi esse? Praticamente só os melhores produtores de todos os gêneros da cena trance mundial. Durante o dia, o mainfloor explodia de energia com os dj’s de progressive trance que te levavam ao êxtase, sempre quererendo compartilhar seus sentimentos com quem estava ao seu redor, surreal… Captain Hook, Gaudium , Zen mechanics, Logic bomb, Liquid soul e o Rei Astrix foram os nomes do progressive desta edição.

Palco principal do Psy-Fi

Subindo o bpm para o psychedelic trance não poderíamos deixar de comentar sobre Sonic species, Burn in noise (BR) e GMS. Quantos aos sons noturnos, Full on night , forest, hitech, ave Maria! Nossos favoritos do baile e que fizeram uma perfeita apresentação foram Fungus funk, Dirty Saffi , Xenrox , Oxidaksi, Purist, Cosmo, Kindzadza, Alpha, Megalopsy, Virtual Noise, Pastor JOHN, Kashyyyk, Will O Wisp ,Nementon e Obscurium. Deu logo pra imaginar como foi sentir tudo isso de perto não deu?

Com uma gastronomia incrível e multicultural podíamos experimentar um pedacinho do que alguns países europeus têm de melhor em sua gastronomia. Os cardápios variavam de comida italiana, japonesa, tailandesa, entre tantas outras. E quem disse que não tinha brasileiros trabalhando no festival? Grande parte dos artesãos na feira dentro do evento era de brasileiros. Com colares, brincos e outros atrativos a venda, os artesãos brasileiros deixaram sua marca em algumas pessoas que compraram suas artes manuais. Nos sentimos muito bem representados.

O Psy-Fi acabou e nos deixou com um gostinho de quero mais. Mostrou porque é tão querido e desejado para os europeus e nos fez logo pensar em uma próxima edição e que seja em breve! Estamos ansiosos 2019. Confira a nossa cobertura completa em nosso Instagram.

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