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Após raves clandestinas em São Paulo, cena eletrônica inicia “Block List”

Mesmo em meio a pandemia, uma rave reuniu milhares pessoas no Estado  São Paulo e causou revolta na comunidade eletrônica.

Raves Clandestinas
Festa “Tudo No Sigilo” no Sítio da Glória

Milhares de pessoas reunidas num sítio, música eletrônica rolando, seria o cenário perfeito para um fim de semana ensolarado, se não estivéssemos em meio a uma pandemia. Mesmo com eventos proibidos no Estado de São Paulo, duas festas aconteceram no último domingo, entre elas uma rave clandestina e causaram revolta em toda a comunidade eletrônica.

“Tudo No Sigilo” era o nome de uma das festas, que aconteceu no Sítio da Glória, famoso por receber diversas festas do segmento, na zona oeste da capital paulista e que foi organizada por grupos de whatsapp. Já em Mairiporã, cidade da Grande São Paulo, uma festa de aniversário, denominada “B-Day da Raissa”, teve 2 dias de duração e cerca de 20 artistas convidados no Sítio Santa Helena. Diversos vídeos e até mesmo os flyers das festas, foram divulgados nas redes sociais.

Antes da “Tudo No Sigilo”, outras festas haviam sido realizadas na capital paulistana, porém passaram despercebidas. A festa do fim de semana, somada ao aniversário que era pra ser pequeno, foi o estopim para a revolta coletiva.

Em resposta aos eventos, diversos núcleos e organizadores começaram movimentos de ‘Block List’, com a intenção de coibir esse tipo de atitude e bloqueando quaisquer profissionais envolvidos nesses eventos clandestinos, desde fornecedores, locais e até artistas confirmados no lineup. O empresário Raul Mendes, um dos responsáveis pelo Federal Music, por exemplo, por meio de nota no Facebook, encabeçou o movimento, que já vem ganhando força nas redes sociais.

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Alguns artistas que tocaram na “Tudo No Sigilo”, já deletaram suas redes sociais, assim como o perfil da festa também desapareceu do Instagram.

Se você souber de qualquer evento desse tipo, denuncie! Além desses organizadores estarem agindo de forma clandestina, visto que raves, festas e festivais estão proibidos, todos os envolvidos estão agindo contra a saúde pública. Aglomerações facilitam ainda mais a disseminação do novo coronavírus e quando você menos esperar, ele pode estar próximo a você. Não compactue com essas atitudes.

E se você é contratante, faz parte de uma crew ou conhece alguma pessoa responsável por eventos, não chame mais para sua equipe essas pessoas, que estão agindo de má fé. Sabemos que a situação está difícil para todos nós, mas fazer festas clandestinas, só fará com que o momento se prolongue cada vez mais e ainda faça nossa cena eletrônica, que já é tão marginalizada, seja vista ainda mais com péssimos olhos. O Beat for Beat endossa o movimento Block List e está a disposição, para denunciar tais atitudes.

Nosso email: contato@beatforbeat.com.br ou na página do Facebook.

Atualização: Segundo informações, O ‘B-day: Raissa’ foi uma festa privada, para 29 convidados, sem fins lucrativos. Os DJs eram convidados da aniversariante, mesmo não justificando uma festa em meio a pandemia. 

Atualização 2: Por decisão interna, os flyers das festas foram removidos da matéria, porém nossa redação está a disposição para informar o nome dos artistas envolvidos a quem quiser.