Texturas distorcidas, pulsos inquietos e um brilho melancólico atravessam ‘Boys Club’, encontro visceral entre Strange Pink e bdrmm. Escute.
Camadas de tensão elétrica ganham nova forma quando Strange Pink entrega ‘Boys Club’ para as mãos de bdrmm, que reconfiguram a faixa com a liberdade criativa que marca sua trajetória entre o indie eletrônico e atmosferas pós-gaze. Ouça aqui.
O remix amplia o alcance emocional da faixa original, dissolvendo guitarras alt-rock em percussões fragmentadas, pulsares sintéticos e um clima que passeia entre o onírico e o inquieto, sem abandonar a honestidade crua do projeto.
O ponto de partida veio do baterista Dom Smith, que cresceu mergulhado em universos como Aphex Twin, Nine Inch Nails e The Streets — influências que se revelam no desejo de tensionar limites e “ficar um pouco estranho” com o som. A banda abraçou o risco, confiando no olhar de bdrmm, nomes que acompanham desde os primeiros dias shoegaze e que aqui levam a faixa para uma zona inesperada. O próprio Ryan Smith descreve o processo como algo que “fugiu das mãos”: o que começou como uma construção mais ambiental evoluiu para uma peça marcada por batidas fragmentadas e energia de garagem, preservando a crueza do momento para manter caráter e identidade.
O resultado é um território híbrido — pulsante, cinematográfico, carregado de personalidade — que honra o DNA emotivo de Strange Pink ao mesmo tempo em que propõe uma nova leitura, mais ampla e sensorial. ‘Boys Club’ reafirma a força da colaboração como motor criativo e sinaliza o poder transformador de revisitar uma obra pela lente de outros artistas.
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