Casa de Verão Salvador, da BATEKOO, se expande e ocupa dois espaços históricos na cidade: o Centro Cultural Solar Ferrão e a Praça das Artes.
Depois de receber mais de 50 mil pessoas em suas duas primeiras edições, a BATEKOO – maior plataforma de festival pensando e propondo entretenimento, cultura e educação para e com a comunidade negra e LGBTQIAP+ do Brasil – abre oficialmente as portas de sua Casa de Verão Salvador. Dessa vez, a iniciativa tem programação ativa dividida entre dois espaços importantíssimos da cidade: o Centro Cultural Solar Ferrão, onde serão realizadas as ações artísticas e atividades da ESCOLA B, e a Praça das Artes, onde também acontecerão uma série de proposições que prometem agitar o território soteropolitano.
“Pelo terceiro ano, a BATEKOO se firma no verão de Salvador como um polo cultural negro. A partir da Casa, articulamos entretenimento, experiência, educação, construindo um espaço de afirmação negra que amplia e possibilita o fomento da cena cultural negra na cidade. Sendo um movimento global, que realiza eventos nacional e internacionalmente, queremos que a casa seja uma plataforma para a ascensão, profissionalização e desenvolvimento artístico de nossa comunidade”, explica Artur Santoro, agitador cultural e sócio da BATEKOO:
Toda a agenda, completamente gratuita, será divulgada semanalmente nas redes da Batekoo. Clique aqui para acessar o Instagram.
Entre 2022 e 2023, a proposição realizou +100h de programação musical, cultural e audiovisual; recebeu +100 atrações; e formou +250 pessoas pela Escola B em cursos presenciais e virtuais.
“Vamos ocupar e transformar esses espaços/patrimônios históricos em polos culturais vivos de cultura preta, educação, arte e empreendedorismo negro, proposto por jovens que visam um novo futuro através da felicidade negra. Nosso propósito é fazer com que a programação da casa transborde para as ruas e que ela seja um território de intercâmbio cultural, musical e artístico. Queremos, a partir dessa intensa agenda, contar a história desses 10 anos de BATEKOO – de maneira sensível, criativa e divertida”, completa Mauricio Sacramento, CEO, fundador e diretor criativo da BATEKOO.
Uma plataforma de entretenimento, empreendedorismo e culturas negras, periféricas e LGBTI+, a BATEKOO conversou com a gente no The Town.
Edição: Carlos Vinicius
A BATEKOO é uma plataforma de entretenimento, empreendedorismo e culturas negras, periféricas e LGBTI+ com foco nas juventudes urbanas. Muito além de uma festa, é um polo de conexão entre jovens inquietos, que buscam propor narrativas contra-hegemônicas e transformações sociais no cenário cultural brasileiro.
Foi durante mais um grande de feito do coletivo, sua apresentação no The Town, que conversamos com eles sobre a importância de corpos pretos ocuparem seus lugares que são de direito, em meio a cena musical eletrônica. Confira agora a entrevista:
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Beat for Beat – Vamos falar um pouco sobre a história da BATEKOO. Vocês começaram lá na Bahia, em 2014 e de lá, foram para todo o Brasil. Como é para vocês, ocupar espaços que são seus por direito?
BATEKOO– Começar em Salvador pra gente foi algo bastante desafiador, porque é a cidade com o número de pessoas pretas fora da África, então percebemos uma desproporcionalidade muito grande de eventos, oportunidades de cultura e manifestações culturais voltadas a pessoas pretas e LGBTs pretas. Depois que a festa foi um sucesso em Salvador, percebemos que essa demanda, na real, não era algo exclusivo de Salvador.
Depois disso, a gente passou por São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Brasília, Belo Horizonte, Santos, e agora chegamos em Lisboa. Com isso, conseguimos perceber que existe uma comunidade que necessita de uma atenção e que a gente consegue, de alguma forma, também, pensar com a cabeça dessas pessoas e propor espaços onde nos sentimos confortável para sermos nós mesmos e colocar essas pessoas também em destaque tão grande quanto os nossos, e isso é importantíssimo.
Ficamos muito felizes de poder, de alguma forma, criar esse intercâmbio, essa conexão da pista com o palco, porque não é só sobre a gente que tá ali em cima do palco, é também sobre as pessoas pretas que estavam no The Town, por mais que tenha sido uma minoria muito pequena. Sentimos que é um caminho que estamos construindo que é irreversível e que, em breve a gente vai conseguir mudar ainda mais as estruturas para que a gente não seja mais exceções e minorias
B4B – Quando vamos falar de ocupar espaço precisamos também falar da questão da música preta A house music nasceu preta, o funk nasceu preto, o hip hop nasceu preto, mas embranqueceram. Como é o processo de reeducar as pessoas musicalmente, mostrando o contexto histórico dessas músicas?
BATEKOO– Esse resgate é uma luta muito antiga, de outras pessoas que vieram muito antes de nós, esse resgate de que a maioria dos ritmos criados são pretos. Muitos são invisibilizados, mas acho que ultimamente, principalmente no Brasil, de teve um crescimento muito grande principalmente da ballroom e da cena de vogue, isso deu uma popularizada muito grande em ritmos eletrônicos de dance music então, o house, para as pessoas entenderem que é um ritmo preto feito para pessoas pretas, num espaço preto.
Hoje em dia a gente vai percebendo, mesmo que aos poucos, que tá rolando esse movimento, inclusive, de afirmação que funk é música eletrônica, porque é isso, é uma música feita digitalmente então é música eletrônica, querendo ou não. Ainda precisamos de algumas afirmações de espaços grandes como, por exemplo o The Town, criar um palco de música eletrônica e colocar vários DJs, vários artistas e performers de funk e com isso vamos percebendo esse avanço nessa luta que a gente e quem veio antes, está fazendo há muito tempo, esse reconhecimento.
Inclusive, estamos destacando isso em todas as entrevistas que fazemos. Achamos que o The Town se propôs a fazer uma curadoria sobre a noite de São Paulo e fez isso com muita excelência. Estamos ao lado de vários artistas que encontramos semanalmente na noite da cidade, na base de quem tá construindo a cena, o que é muito importante, mas que é muito pouco visto e o The Town se propôs a dar esse destaque pra essas pessoas e tá sendo incrível ver pessoas que a gente sabe que tá moldando muito a cultura brasileira, que tá construindo e virando tendência. Moldando o comportamento brasileiro a partir da música, tocando em um festival gigantesco como esse.
Até porque com essa globalização, principalmente que o Brasil tem dessa mistura de vários ritmos, do funk, do vogue, do house, nós temos várias propostas, então hoje ter um palco com vários produtores que trazem além dessa tendência, mas essa afirmação e essa imersão com esses vários ritmos é muito prazeroso.
Achamos que eles puxaram também para essa afrodiáspora, porque todos esses ritmos que a gente toca, que vive nessa nossa cultura, eles também vêm dessa afrodiáspora, desse local do corpo preto, ser retirado das suas terras, ser dissipado ao redor do mundo e cada região trazer uma musicalidade, uma sonoridade, mas que no fim elas se transpassam. Se eu escuto um funk e um vogue beat, o bouncing ele vai vir de um mesmo lugar, assim como um afro e as coisas se transpassam e é muito lindo ver isso também. A BATEKOO conta isso, esses encontros de ritmos, de ancestralidade e no The Town contamos ainda mais.
B4B – Vamos falar também sobre o festival de vocês. Qual é a sensação de sair de festas pequenas, para o The Town e seu próprio festival na Neo Química Arena?
BATEKOO– Fizemos nosso primeiro festival no ano passado, em dezembro e agora estamos indo pro segundo, que vai ser dia 7 de outubro na Neo Química Arena. Temos artistas como Grupo Revelação, Liniker, Gaby Amarantos, Sampa Crew, Tasha & Tracie, Kyan, Mu54O, A Dama, Shevchenko & Elloco, entre outros. O festival significou pra gente, na nossa trajetória, um grande passo, um marco na nossa história, porque no começo a Batekoo fazia evento em São Paulo para 300 pessoas no Morfeus e agora, a gente fazer um festival para 12 mil pessoas, estar aqui também no The Town, um festival para 100 mil pessoas é muito incrível, é muito gratificante, todo mundo aqui sabe o corre que foi pra chegar até aqui. É difícil, é complicado, tem aqueles percalços no caminho mas a criatividade da juventude negra tem feito acontecer e está fazendo as coisas virarem, independente dos desafios.
Para completá-lo, nós somos um dos poucos festivais brasileiros proposto por pessoas pretas, e isso já é uma coisa muito incrível de se destacar. O nosso propósito no ano passado, que foi o nosso primeiro festival, que era algo muito novo também, era propor um festival que a gente não se visse apenas no palco, mas também na pista pensando num festival que fosse majoritariamente negro, esse ano a gente vem com o big bang dos pretos.
Mesmo depois de tudo isso, conseguimos transformar a nossa vingança em felicidade, pensando muito que às vezes celebrar, dançar, estar com os nossos é a melhor maneira da gente se vingar do racismo e de todas as violências que a gente sofre no nosso dia-a-dia. É um momento muito importante, também falar do festival da BATEKOO porque pra gente é a realização de um sonho, e a realização também da criação de um espaço que a gente sente que não existe e que é muito importante nós, cabeças pretas, estejamos pensando nesses espaços propostos para pessoas pretas, onde sabemos do que a gente gosta, não é algo fácil de se decifrar, e a publicidade nunca vai conseguir chegar lá sem a gente.
B4B – Obrigado, galera, muito obrigado!
BATEKOO – Obrigado!
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Os últimos ingressos para o Festival Batekoo estão disponíveis e você pode comprar o seu clicando aqui.
Com sons para todos os tipos de gostos, o New Dance Order desembarcou em São Paulo, para a estreia do The Town e nós estivemos lá.
Pela primeira vez, o Autódromo de Interlagos ganhou novas cores e sons. Pela primeira vez, o palco Skyline erguia suas estruturas diante de nós. Pela primeira vez, o New Dance Orderaterrissou em São Paulo. O The Town, finalmente, fez a sua edição inaugural na capital paulistana.
Falar de um festival tão diverso e com várias atrações, algumas até simultâneas, é uma tarefa difícil, mas quando voltamos nossas atenções para um dos palcos em especial, conseguimos dissertar com mais detalhes a experiência vívida, o que faremos nos próximos parágrafos.
Desde seu primeiro dia, o The Town apresentou uma curadoria impecável para o palco New Dance Order. Do funk ao techno, do experimental ao house, uma pluralidade de sons tomou conta de um dos cantos mais remotos do Autódromo. Foi ali, em nosso paraíso particular, que assistimos a shows inesquecíveis e muitas das vezes, com pouco público.
Logo no primeiro dia deixamos preconceitos de lado e abraçamos a música eletrônica popular brasileira, com um toque da Batekoo. Música preta e funk se entrelaçaram com trap, house e outros estilos, mostrando que a dance music vai além dos padrões. Reafirmando sua importância no cenário nacional, Tropkillaz apresentou um show digno de seus 10 anos, arrebatando nossos ouvidos e conquistando novos fãs.
Já o dia 2 de setembro, assinado pelo coletivo Carlos Capslock, trouxe a irreverência das noites undergrounds da cidade. Muita montação no palco e corpos dançantes na pista. Num dia em que sons mais clássicos tomaram conta do potente sistema de som, Paul Kalkbrenner fez um verdadeiro espetáculo, brindando um público seleto com um showcase quase particular. A excelência em forma musical.
O feriado de 7 de setembro amanheceu com o sol brilhando, pedindo por mais música. No New Dance Order, soul, house, sonoridades brasileiras e músicas que aquecem a alma ditaram o ritmo do dia. Ver L_cio tocando ao lado de sua mãe, Laura Schwantes, enquanto performavam a música ‘Florescimento’, nos fez sentir a música de uma forma nunca antes sentida. Era amor, traduzido em ondas sonoras.
Enquanto o público se preparava para o Foo Fighters em um ponto do festival, no outro a história da música eletrônica era vivida. Inner City e Kevin Saunderson resgataram as raízes de tudo o que conhecemos e nos apresentaram uma verdadeira aula musical. Badsista fez história ao receber Marina Lima no palco, enquanto a Mamba Negra era bem representada por Paulete Lindacelva, Valentina Luz e Cashu. A diversidade musical, explícita e exposta diante dos nossos olhos.
O último dia de New Dance Order fez o Autódromo ferver. Desde contatos de outro mundo, feitos por Paradise Guerrila ao encontro entre Boratto e Emerson em formato live, pudemos sentir nossos corpos sendo aquecidos e as almas preenchidas com o melhor do que pode existir na música eletrônica. O coletivo ODD, com Davis, Vermelho e Zopelar, encerrou de forma apoteótica uma maratona da mais altíssima qualidade.
Só é triste ver que um palco tão grande, em muitos momentos contou com um público bem pequeno. Ter um line-up divulgado após ingressos serem esgotados pode ter prejudicado fãs que adorariam estar ali ou quem sabe, uma logística que aproxime melhor o público geral da nossa pistinha tão amada.
De uma coisa temos certeza: cheio ou não, o New Dance Order fez da sua estreia em São Paulo, algo a ser lembrado para sempre. Te esperamos em 2025.
Na abertura do The Town, o palco New Dance Order, receberá a música preta da Batekoo, o funk e batidas da bass music. Saiba mais.
Um festival de música é sempre uma experiência única, onde podemos explorar diversos tipos de sons em único lugar e no The Town não será diferente. O festival, dos mesmos criadores do Rock in Rio, está prestes a fazer sua estreia em São Paulo, no Autódromo de Interlagos, entre os dias 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro. Com artistas que vão do Pop ao Rock, do Trap ao Funk, o evento reunirá diversas tribos na novíssima Cidade da Música e por aqui, iremos falar de um dos palcos em especial.
Abrindo nossa série NDO WEEK, abordaremos alguns dos artistas que passarão pelo New Dance Order (o NDO), o palco que receberá os maiores DJs do Brasil e do mundo, criando uma perfeita sintonia entre as vibrações das batidas com muita energia. Tradicionalmente de música eletrônica, o palco receberá artistas de outras vertentes criadas eletronicamente, como o Funk e o forró eletrônico, além dos clássicos House e Techno. Aqui, abordaremos cada dia do palco de forma independente.
02 de setembro, a abertura do NDO
O primeiro dia do New Dance Order já deixa muito evidente a mistura de gêneros eletrônicos desfilarão por ali. O line-up é comporto por Forró Red Light e o Baile Encarnado, Klean vs kLap, Deekapz x Vhoor, OSGEMEOS, Tropkillaz e a festa Batekoo, que será representada por FRESHPRINCEDABAHIA x JUJUZL x KIARA x MIRANDS. A diversidade representada, seja na música ou no formato dos núcleos.
A abertura dos trabalhos ficará por conta do Forró Red Light, que é uma mistura do forró tradicional com música eletrônica de pista. Geninho Nanacoa e Ramiro Galas usam bases eletrônicas como ponto de partida para a releitura de um dos ritmos mais tradicionais e dançantes da música brasileira: o forró. Chamado carinhosamente de arrasta-pé do futuro, o Forró Red Light convida os pés inquietos e os ouvidos curiosos a mergulharem nessa dança. Você ouvirá clássicos do forró, do baião, do xote e do frevo, mas em versões eletrônicas que grudam no ouvido.
Na sequência vem a apresentação Klean vs kLap. Dj e produtor desde os 15 anos, kLap é um nome importante da cena bass music. Ele se destaca por misturar músicas eletrônicas de todo o mundo com a música brasileira. Klean, o DJ de apenas 21 anos que ganhou destaque internacional após seu remix ser apresentado por Rihanna no Super Bowl de 2023. Klean vs kLap promete entregar um set autoral de muito funk, house, afrobeat e todas as vertentes da bass music!
Já será a união de três mentes Deekapz x Vhoor criativas. Deekapz é um duo de produtores do interior de São Paulo que busca combinar influências do global bass, com o background dos beats de funk brasileiros. VHOOR é um dos beatmakers mais originais do Brasil, misturando música eletrônica com elementos do funk e percussão afro-latina. O set original de Deekapz x VHOOR vai trazer muito baile funk e trap pra curtir! Com formação inédita e exclusiva para o festival!
Dupla reconhecida mundialmente pelos grafites, OSGEMEOS sempre tiveram uma vivência guiada pela música. Atualmente com foco maior na música eletrônica, eles estão balançando qualquer pista com seu arsenal de electro-funk, indie-dance, boogie, house e techno, garimpado por décadas pelo mundo todo. OSGEMEOS – A Experiência será inesquecível!
Tropkillaz e o trap
O Tropkillaz surgiu da união de Zegon e Laudz, dois dos maiores produtores e DJs do Brasil. Pioneiros do trap music, foram os primeiros a trazer o trap para o Brasil de forma original, e misturar de forma única o bass music, funk e dance hall aos mais diversos estilos de dance music.
Em 2022, o Tropkillaz anunciou a entrada de Heron Love para o time, como host e MC convidado. E em 2023, os três irão comemorar os 10 anos de carreira dessa parceria de sucesso!
Batekoo, a força da música preta
A BATEKOO é uma plataforma de entretenimento, empreendedorismo e culturas negras, periféricas e LGBTI+ com foco nas juventudes urbanas. Muito além de uma festa, é um polo de conexão entre jovens inquietos, que buscam propor narrativas contra-hegemônicas e transformações sociais no cenário cultural brasileiro.
A festa já passou por 8 países da Europa e em 2022, realizou a primeira edição do seu festival, ganhando cada vez mais notoriedade e elevando sua voz. O set da BATEKOO será comandado por FRESHPRINCEDABAHIA x JUJUZL x KIARA x MIRANDS!
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Os ingressos para curtir todos esses artistas no palco New Dance Order, no dia 02 de setembro, ainda estão disponíveis e você pode comprar o seu clicando aqui.
Buscando uma alternativa neste ano caótico, a Virada Cultural de São Paulo 2020 apresenta o Clube em Casa, um projeto de lives especiais.
Em 2020 fomos surpreendidos por uma pandemia que exige como medida preventiva o distanciamento físico entre as pessoas e as consequências disso têm sido expressivas para a economia criativa – em especial para a área de música. O impacto tem sido ainda pior para festas, artistas, casas de shows e clubes que precisam do movimento presencial para acontecer e onde a aglomeração é inevitável.
“Os clubes e casas de shows são espaços importantes de difusão cultural. Sem contar que o fechamento desses locais paralisa o exercício da produção de músicos, fornecedores de equipamentos de som e diversos outros agentes que fazem parte da economia da cultura.“, afirma Karen Cunha, curadora e gestora cultural.
Em São Paulo, o recente decreto de retorno à fase amarela deixa mais evidente a necessidade dos cuidados e reforça ainda mais um movimento de ressignificação por parte dos espaços, como é o caso do Boteco Prato do Dia. “Estamos correndo atrás de auxílios e editais públicos, pensando em novos formatos para continuar fomentando a cultura da discotecagem e contando com as colaborações junto ao nosso público frequentador da casa.” Diante de inúmeros pedidos para o retorno das atividades seguindo todas as normas de segurança, o bar entende que ainda não é o momento de abrir as portas. “As lives se apresentam como uma das alternativas para continuarmos ativos e ajuda a manter as boas lembranças da pista.”
Pensando em como oferecer acesso democrático e em como conectar clubes, artistas e trabalhadores da área com o público geral, em 2020, a Virada Cultural, que é realizada anualmente, se desloca das ruas da cidade para dentro das casas, promovendo o Clube em Casa.
O Clube em Casa é a união dos principais DJs e festas da cidade em uma série de apresentações musicais online, utilizando como cenário casas de show e clubes renomados da capital – que atualmente se encontram fechados por conta da pandemia.
Totalizando 18 horas de programação, oito casas se unem para a transmissão ao vivo de performances e shows: Casa do Mancha, Aparelha Luzia, Boteco Prato do Dia, Casa da Luz, Mundo Pensante, Tokyo, Fatiado Discos e CARACOL abrem seus espaços para artistas que contemplam diferentes públicos e festas criadas a partir de diversas vertentes como MEL, Discopédia, Mamba Negra, Batekoo, Gop Tun, ODD, Pilantragi, KLJay, Calefação Tropicaos, Desculpa Qualquer Coisa, entre outros.
Do ponto de vista artístico, para alguns profissionais da cena, os novos formatos de festas, pautadas pelas normas de segurança e restrições não devem ser vistas como reflexo de impossibilidades. “É importante lembrar que em tempos de pandemia se faz necessário festejarmos o que ainda nos cabe: celebrar a vida através da música e se deixar mover para além do que nos impede.” Lembra o DJ Akin Deckard, que participa do Clube em Casa com um set completo a partir do canal online do CARACOL. “Já que não podemos ir até as festas, que elas venham até nós, como uma janela de escapismo onde se conectar ainda se faz possível.”
Realizado nos dias 12 e 13 de dezembro, o Clube em Casa terá transmissão ao vivo pelo Twitch da Flerte e pelo site da Secretaria Municipal de Cultura. O evento será transmitido sábado, a partir das 18h, e domingo, a partir das 13h.
SERVIÇO:
Clube em Casa
Data: 12 e 13 de dezembro de 2020
Local: Transmissão no Twitch da Flerte e site da Secretaria Municipal de Cultura
Horários: à partir das 18h no dia 12 e às 13h no dia 13
Link de transmissão: https://www.twitch.tv/flerte
Em galpão inédito na Barra Funda, Budweiser Basement reunirá transmissão dos jogos, festas, barbearia, estúdio de tatuagem e drinks. Saiba os detalhes:
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