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Daniel Peixoto flerta com dance music e pop no álbum ‘Tropiqueer’

Com participações especiais de Filipe Catto, Silvero Pereira, Getúlio Abelha e Di Ferreira, ‘TROPIQUEER’ é o novo álbum de Daniel Peixoto.

Do Crato, sertão do Ceará para o mundo, Daniel Peixoto que a MTV IGGY chamou de “o príncipe brasileiro do eletro”, lança seu terceiro disco solo: TROPIQUEER, que aterrissou no stream no último dia 26/5.

‘TROPIQUEER’, alter ego que Peixoto usa para contar e cantar aventuras e desventuras afetivas, é o marinheiro inspirado nas entidades “Marujos”, da Umbanda, narrando suas odisséias por diferentes mares e portos, onde deixa sempre um pedaço do seu coração – e outros corações partidos. “Navegar é preciso”, brinca Daniel, citando Fernando Pessoa.

A Umbanda, religião de matriz africana praticada pelo artista, é uma das pautas mais expressivas do álbum, que começa e termina com orações aos orixás. Mas o protagonista absoluto é o amor, seja ele romântico, apaixonado, debochado e engraçado, até aquele que nos faz chorar.

Porém, nada de sofrência ao apertar o play. Com o pop e a música eletrônica na base principal do disco, a tracklist também aciona um mix plural de sonoridades, partindo da música popular do Nordeste, que vai do forró, guitarrada, batucada, lambada e pisadinha, alcançando referências internacionais como House Music e Trip Hop, em efeito original, contemporâneo e cosmopolita.

Tropiqueer propõe também o pós-tropicalismo agênero – ou a tropicália gay, numa era onde artistas LGBTQIAP+ ganham caráter de coletivo e consolidam-se na cena musical evidenciando o orgulho de suas identidades, posicionamento com o qual Daniel trabalha desde que fundou sua legendária banda Montage, há 18 anos, em Fortaleza.

O disco traz ainda parcerias com os conterrâneos Silvero Pereira (em “Anjo Querubim”), Di Ferreira (“No Escuro”) e Getúlio Abelha na versão de “La Isla Bonita”, de Madonna – aliás, na arte da capa, assinada por Fábio Viana com fotografia de Rafael Monteiro, Daniel mira no terreiro mas acerta mesmo é no marinheiro fashion de Jean Paul Gaultier, um dos estilistas prediletos da Rainha do Pop. Em novo dueto com Peixoto, a cantora gaúcha Filipe Catto repete a dose com o amigo na interpretação da poderosa “Postal de Amor”, um achado arqueológico da MPB originalmente gravado por Fagner e Ney Matogrosso, em 1975.

Plugado na antropofagia modernista, Tropiqueer finaliza uma trilogia de tropicalbass, iniciada com ‘Mastigando Humanos’ de 2011 e ‘Massa’, de 2017. O termo é amplamente utilizado nos Estados Unidos e Europa para definir a música eletrônica aliada aos ritmos tropicais e latinos. Em 2011, a MTV IGGY de NYC elegeu ‘Mastigando Humanos’ como o melhor disco de tropicalbass de todos os tempos, concedendo a Daniel o título de “Príncipe brasileiro do electro”.

Disponível para stream, o trabalho gravado entre São Paulo e Ceará tem direção musical do próprio Daniel Peixoto, que escreveu 9 das 15 canções, revelando-se um artista mais maduro sem perder a essência e irreverência dos tempos na proa da Montage, pioneira da Queer Music no Brasil que fez história. E transbordou oceanos.

Escute ‘TROPIQUEER’ agora:

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Daniel Peixoto e Filipe Catto fazem releitura eletrônica de ‘Postal de Amor’

Música foi lançada originalmente por Ney Matogrosso e Fagner, ‘Postal de Amor’ ganha novas versões pelas vozes de Daniel Peixoto e Filipe Catto.

Filipe Catto e Daniel Peixoto | Foto: Rafael Monteiro

Revistar o passado e trazer clássicos de grandes artistas, repaginados em versões eletrônicas, virou algo bem comum entre os artistas da nossa cena e foi isso que Daniel Peixoto fez em seu novo EP ‘Postal de Amor‘. O líder da banda Montage, em parceria com Filipe Catto, com quem divide os vocais, entregam uma releitura da música de Ney Matogrosso e Fagner, lançada em 1975.

Inspirada na mistura do trip hop com a música popular brasileira, ‘Postal de Amor’ leva assinatura de Rodrigo Brandão e Carlos Gadelha, além dos remixes de L_cio, Malka, Cello Zero e Vidalles, que dão outras sonoridades para a música, levando-a do brega funk ao techno e agradando diversos públicos.

A faixa visita a melancolia do passado, com beats e timbres do pop contemporâneo, enquanto serve como trilha sonora de um filme imaginário, misturando lirismo e drama, elementos já característicos nos trabalhos de Peixoto e Catto. As vozes dos artistas se entrelaçam entre um verso e outro, costurando uma história de amor trágica e apaixonante, narrada por dois pontos de vista complementares e, ao mesmo tempo, conflitante.

Composta por Fagner, Fausto Nilo e Ricardo Bezerra, ‘Postal de Amor’ faz parte do projeto DP, pelo qual Daniel tem lançado singles inéditos e remixes de músicas já presentes em seu repertório, retrabalhadas por produtores celebrados na cena eletrônica. Confira abaixo o EP ‘Postal de Amor’ de Daniel Peixoto e Filipe Catto.

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