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Gop Tun Festival reúne 30 artistas em sua terceira edição

O Gop Tun Festival apresenta o melhor da cena eletrônica nacional e internacional no dia 20 de abril, com nomes como Robert Hood.

Gop Tun Festival | Créditos: Cognição Eletrônica

A terceira edição do Gop Tun Festival acontecerá no dia 20 de abril de 2024, no mesmo local dos anteriores, o Live Stage Canindé. Os ingressos já estão disponíveis no site da Ingresse, com valores a partir de R$ 180, sujeito à virada de lote.

O festival terá entre seus headliners Robert Hood, lenda da Techno City com mais de 30 anos de carreira e um dos fundadores do icônico coletivo Underground Resistance. Ele retorna ao Brasil após uma década sem visitar o país.

Robert Hood

Além de Robert Hood, o festival terá a participação da imponente DJ de techno e electro alemã Helena Hauff, da dupla Octo Octa & Eris Drew, casal querido  e sempre presente nos mais fervidos festivais globais, que deixou saudade desde a primeira edição do Gop Tun Festival, na qual fez uma apresentação inesquecível.

Leia mais detalhes do line-up completo:

Ananda 

Exibindo um currículo notável que inclui passagens pelos epicentros da cena global, entre eles os templos berlinenses Berghain, Tresor, Else e HOR, Ananda é um dos grandes expoentes da cena carioca graças à sua festa KODE, plataforma artística que congrega diversas linguagens musicais, como o techno, latinidades e ghetto-house.

Ananda | Créditos: Divulgação

Bárbara Boeing 

Seja no Panorama Bar, HOR, Robert Johnson ou tocando na festa que criou e teve sua primeira residência, a Alter Disco, Bárbara Boing é considerada um dos nomes mais expressivos da cena eletrônica brasileira independente. Sua extensa pesquisa musical e a facilidade com que entra em sintonia com o público a tornaram conhecida como uma talentosa seletora, e sua estreia como produtora no EP Brasiliana, lançado pela renomada Toy Tonics, é um sopro de vitalidade na música eletrônica brasileira, consolidando-a como uma das mais talentosas de sua geração

Benjamim Sallum 

Desde os 15 anos Benjamim Sallum participa do panorama artístico independente de São Paulo. Seja ao lado de Zopelar no projeto My Girlfriend, como parceiro de Akin Deckard no Pista Quente, ou remarcando fronteiras com o seu projeto solo (além de sua gravadora OXI), ele já se firmou como uma das promessas da música eletrônica paulistana, pronto para explorar o Brasil.

Capetini

Verdadeiro arquiteto dos novos sons, Capetini carrega em sua bagagem dois álbuns (Dancing Dog e Perro Doblado) lançados pelo selo 40% Foda Maneiríssimo, além de sua residência na festa Nervosa. Buscando o norte na house music dos anos 90, Rafael Capetini é um raro exemplo de produtor que não apenas entende do baile, mas se estende nele.

Capetini

Carlim

Carlim, ávida exploradora sonora de temporalidades e particularidades do eletrônico brasileiro. Há uma década, ela se diverte derrubando barreiras entre gêneros, transitando entre a house disco, adicionando elementos do jazz, acid, balearic e electro a uma sonoridade extremamente festeira. Além de apresentações individuais, dedica-se ao futuro selo Perfecto Estado e à plataforma de podcasts Cereal Melodia.

Cashu 

Pioneira da descentralização da música eletrônica no Brasil e mestre na arte da implosão de gêneros de todo tipo, Cashu materializa em cada set sua energia que nutre a Mamba Negra desde sua incepção. Ela nos convida para intensas jornadas musicais que atravessam o globo através de ritmos.

Craig Ouar b2b Simon 

Trazendo uma fatia da celebrada festa Domply e expandido o multiverso da nature disco nativa do festival Bruma, este encontro de personalidades celebra a fusão franco-brasileira que converge numa pista próspera em musicalidades e efusiva em humores.

Crazed (BR)

CRAZED (BR) é o codinome do produtor Tales Menezes, multifacetado artista da Baixada Santista que dialoga com as origens e o futuro do funk e miami bass em suas produções e mixes, unindo bases frenéticas e fragmentadas a elementos inesperados e hipnóticos. O resultado? Os alto-falantes mostram.

DJ Gigola

Gigola tem como origem a palavra gigole, que, em francês, significa “mulher que dança”, algo que define fielmente a sonoridade desta berlinense que lançou, em 2023, o aclamado álbum Fluid Meditations, uma ode ao escapismo e à introspecção na pista de dança. Conjurando uma atmosfera tão meditativa quanto festiva, seus sets são verdadeiras experiências terapêuticas e catárticas.

DJ Gigola | Créditos: Iga Drobisz

DJ Marcelle

Colecionadora de  músicas há anos, a holandesa DJ Marcelle é uma artista com abordagem travessa, violadora de regras e quase irônica em sua atuação como DJ, produtora e apresentadora de rádio. Mesclando gêneros diversos, trechos vocais apropriados e paisagens sonoras distorcidas, suas performances são inventivas, eufóricas e, acima de tudo, poderosas.

Felix

Cofundador do Coletivo Turmalina e cabeça do selo Piratão Records, FELIX é produtor musical, multi-instrumentista e DJ de Porto Alegre. Em abril de 2023, lançou seu primeiro vinil, TRANQUILIZER, via Mutual Pleasures, gravadora comandada por Partiboi6 e que explora funk carioca, jungle e o techno canônico de Detroit.

Gop Tun Djs

O Gop Tun é formado por Fernando Nascii, Caio T, Gui Scott e Bruno Protti, jovens desbravadores da música eletrônica no Brasil (e do mundo), que, além do festival e de várias festas, são donos de uma das mais apreciadas pistas da atualidade. Destacam-se pelo set único e corrosivo.

Gustavo Keno b2b Lucian Fernandes

Gustavo Keno, uma entidade musical que emana imenso conhecimento de sua matéria nas mais diversas frentes em que atua, seja com a surpreendente Ilê Discos e toda sua pesquisa em torno do universo afro-brasileiro, aqui aliando-se a Lucian Fernandes, idealizador da festa Pavio Curto e capo do canal do Youtube Brasil no Rare Grooves, para firmar um tratado em defesa do ecletismo na pista, em que funks cariocas 90s se encontram nas infinitas formações rítmicas geradas pela diáspora africana.

Helena Hauff

Perita na arte de manipular potência sônica para estimular a dança, Helena Hauff é uma das mais celebradas figuras da música eletrônica mundial. Sua versatilidade como produtora e DJ tem como imponente cartão de visitas a recém-lançada coletânea mixada Fabric Presents, onde seu estilo cru, ritmado e desafiador se manifesta em toda sua força, demonstrando vividamente a singularidade desta artista que personifica a autêntica cultura independente da música eletrônica, exemplificada em sua devoção ao vinil e sua atitude que desafia todas as convenções do mercado.

Helena Hauff | Créditos: Divulgação

Herrensauna (CEM & MCMLXXXV) 

Um dos mais celebrados nomes da noite de Berlim, Herrensauna é um guarda-chuva de atividades que incluem selo, festa e coletivo de artes capitaneado pela dupla Cem Dukkha e MCMLXXX. Apesar do nome, que faz alusão à cultura das saunas gays, o projeto transcende qualquer expectativa graças à fusão única de EBM, electro e hard trance.

Kauan Marco (live)

Corpo e mente: Kauan Marco raramente deixa a pista sem um ponto de interrogação ou faz qualquer pessoa que esteja sentada pensar em dançar com uma sonoridade única que mescla elementos da música brasileira e a rigidez das máquinas. Com passagem por selos como 40% Foda Maneiríssimo e Gop Tun Records, Kauan é um mestre da alquimia sonora.

Kontronatura

Kontronatura é o nome do projeto criado em 2019 por Achille, DJ e produtor de São Paulo residente das festas Mamba Negra e Bicuda, que vem rompendo a narrativa linear com sets ousados e dançantes, onde a percussão da diáspora africana dá o tom. ORI, single de estreia, recebeu elogios do influente Resident Advisor.

Kontronatura | Créditos: Divulgação

Kornél Kovács 

Uma das pontas do triângulo que forma o selo Studio Barnhus, Kornel é mais do que um DJ e produtor de mão cheia. A cada apresentação, álbum ou remix, algo de novo surge deste sueco de matriz húngara, que adora bagunçar as expectativas, encapsulando o espírito do Gop Tun em uma relação estável que beira os dez anos. Hotel Koko, seu último disco, é uma parada recomendada para novatos e veteranos.

L’Homme Statue

Farol da cena underground brasileira, L’Homme Statue é o projeto musical do artista multidisciplinar afro-francês baseado no Brasil, Loïc Koutana, que, em parceria com Pedro Zopelar, comanda um verdadeiro liquidificador de influências, que vai da música africana (sua família tem origem no Congo e na Costa do Marfim) ao eletrônico mais visceral. Responsável por uma das apresentações mais comentadas da primeira edição do Gop Tun Festival, esta é uma aparição imperdível.

Larissa Jennings b2b Bea Ferretti 

Fusão sinestésica inédita, que mistura a complexidade de Larissa Jennings, dona de musicalidade ímpar e sensibilidade única nas artes visuais, entra em rota de colisão com Bea Ferreti e todo o ecletismo da Festa Até As 4, selo e baile carioca que é referência no setor.

Marie Davidson (live) 

Solo, com o incrível Essaie Pas ou parte do L’Oeil, a canadense Marie Davidson, de Montreal, é um dos nomes favoritos desta edição. Dona de um live que desafia todas as convenções, chega a ser um bilhete premiado a sua presença nesta edição do Gop Tun Festival e sua estreia em solo brasileiro.

Mary Roman

Parte da festa Zola Dance e uma das cabeças pensantes do selo Bongsynth, Mary Roman é uma das faces novas que chamam a atenção na cena brasileira. Dona de uma mistura exclusiva e fluída de reggae, house new wave, Mary busca a diversidade do passado, do presente e do futuro em seus sets.

Octo Octa & Eris Drew

A cada ano que passa, Octo Octa & Eris Drew parecem crescer em proporções que desafiam a ciência. Esta dupla mantém, junta ou separada lançando pérolas através do selo T4T LUV NRG ou movimentando intelectualmente a cena mundial, uma comunhão única com o público, e isso fica mais do que explícito em seus sets que, em sua grande maioria, recebem o carimbo de lendários.

Octo Octa & Eris Drew | Créditos: Desmond Picotte

Palms Trax

Mestre na união de ingredientes, Jay Donaldson é especialista na arte de cozinhar sets únicos, onde produções próprias servem de base para criações únicas onde a house demonstra toda sua versatilidade. Como um dos pilares do Dekmantel ou através do projeto Cooking with Palms Trax, este inglês, sem dúvida, carrega três estrelas junto a seu nome.

Palms Trax | Créditos: Divulgação

Paulete Lindacelva

Com dez anos de carreira em uma pesquisa profunda onde a house e o techno emolduram a diáspora negra, Paulete Lindacelva está entre os nomes mais respeitados do underground nacional. Residente das festas Mamba Negra e Sangra Muta, Paulete é conhecida por sets de energia única, como o inesperado encerramento do Danceteria na última edição do Gop Tun Festival.

Peroni 

Idealizadora do programa Ciruit077, produtora e artista do selo ZONAexp, Ana Peroni é conhecida por seus sets exploratórios que fundem electro, baile e breaks em receita única.

Robert Hood

Em seu currículo, conecta boa parte daquilo que se entende como techno e toda a herança de Detroit. Robert Hood é mais do que referência: é energia em forma pura; funciona como um ministro das Comunicações do Underground Resistance, é chefe  do selo M-Plant e cabeça pensante da música eletrônica, figura rara por estas bandas, é motivo de reverência para dançarinos e estudiosos da matéria.

Roza Terenzi b2b ISAbella

Em dupla ou não, Rosa Terenzi e ISAbella são rainhas na arte da combustão sonora. ISAbella, mantém a sua já lendária festa MARICXS em Barcelona (Espanha), onde o trance e a house coexistem de maneira singular, e Roza, australiana que além de produtora de mão cheia, é dona de uma curiosidade musical sem paralelo.

Surgeon

Bastião do techno britânico e fazendo sempre uma apresentação ao vivo que desafia qualquer definição, Surgeon é motivo para estacionar em qualquer vaga disponível na pista. Da abstração mais intensa, passa pelos movimentos de placas tectônicas sem nunca esquecer a influência do dub.

Tornado Wallace

Dividido entre temporadas em Berlim (Alemanha) e sua cidade natal, Melbourne (Austrália), assim como lançamentos por selos como ESP Institute, Beats & Space e sua própria empreitada, o selo Basic Spirit, Tornado Wallace é pura confusão. Conduz a dança na pista de forma perfeita (já comprovada em suas aparições nas festas) ou buscando as idiossincrasias mais profundas da house, sem deixar de lado as influências progressive e trance.

Tornado Wallace | Créditos: Divulgação

SERVIÇO

GOP TUN FESTIVAL 2024
Data: 20 de abril de 2024
Horário: Das 15h00 às 8h00
Endereço: Rua Comendador Nestor Pereira, 33 – Canindé, Live Stage Canindé – São Paulo – SP
Valor: a partir de R$ 170, sujeito à virada de lote
Site para venda de ingressos aqui.

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Dekmantel retorna ao Brasil após 5 anos com edição em SP

Após um hiato de 5 anos, o aclamado Dekmantel está de volta ao Brasil, para uma edição em novembro, na cidade de São Paulo. Saiba mais.

Foto: Ariel Martini/Divulgação

O público clubber brasileiro tem mais um grande motivo para comemorar. Um dos festivais mais lendários da cena underground e que realizou uma edição gigantesca em 2018, em São Paulo, acaba de confirmar seu retorno ao Brasil e mais uma vez, na capital paulistana. O Dekmantel, um dos principais festivais europeus e que mais uma vez aterriza em solo brasileiro, realizará sua nova edição tupiniquim nos dias 03 e 04 de novembro, na Fábrica de Impressões, Barra Funda. em parceria com o coletivo Gop Tun.

Para os ansiosos, o Dekmantel São Paulo já abriu o link de pré-registro para a compra dos ingressos tipo passaporte, que darão acesso aos dois dias de evento. O registro, que pode ser feito clicando aqui, estará aberto até às 23:59 deste dia 21 de agosto. Já a venda dos ingressos passaporte para quem se registrou, estará disponível no dia 22 de agosto ao meio-dia. A venda geral acontecerá no dia 23 de agosto, quarta-feira, também às 12h.

Já o famigerado line-up, que costuma vir bem depois dos anúncios dos eventos, será liberado junto com a abertura da pré-venda, dia 22/08 às 12h. Vale lembrar que na edição de 2018, o Dekmantel São Paulo contou com artistas do calibre de Four Tet,  Modeselektor, Nina Kraviz, Marcel Dettmann, Floating Points, Mano Le Tough, entre diversos outros nomes nacionais e internacionais.

Confira abaixo o anúncio oficial e garanta seu pré-registro clicando aqui.

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Primavera Sound divulga programação para edição em São Paulo

Primavera Sound, um dos festivais alternativos mais reconhecidos da Europa, desembarca pela primeira vez no Brasil com incrível line up. Conheça os artistas.

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Gop Tun estreia festival com mais de 40 artistas em 2022

A primeira edição do Gop Tun Festival reunirá mais de 40 artistas para comemorar os 10 anos de história do selo. Conheça os detalhes da estreia.

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Agenda

Festival Não Existe invade a Oca do Ibirapuera com performances inéditas

Com apresentações inéditas de BADSISTA, Arthur Joly, Eli Iwasa e outros nomes, o Festival Não Existe levará grandes performances para a Oca.

Foto: Felipe Gabriel

Nos próximos dias 27 e 28, a Oca do Parque Ibirapuera, um dos monumentos mais icônicos da cidade de São Paulo, será palco do Festival Não Existe. Com apresentações, parcerias e performances inéditas de grandes nomes da cena eletrônica brasileira, o Não Existe será transmitido, gratuitamente, ao vivo pelo canal da Gop Tun, realizadora do festival. A experiência pode ser vivenciada a partir de qualquer formato de tela.

Em meio a um cenário de pandemia e isolamento social – e, consequentemente, da paralisação das festas -, o Festival tem como objetivo mostrar a inquietação das personagens da noite paulistana, que, em nenhum momento deixaram de produzir e se reinventar”, comenta Caio Taborda, integrante do coletivo que também realizou o Dekmantel Festival São Paulo.

O Festival Não Existe, nesse sentido, carrega em seu DNA a relação íntima entre o artista e o processo, apresentando ao público a evolução destes diante de todo o novo cenário e de novas referências e perspectivas em apresentações inéditas, aparições raras, talks e DJ sets especiais.

BADSISTA | Foto: Felipe Gabriel

Para celebrar a efervescência da cena, ao lado de grandes nomes da música eletrônica que fortalecem essa dinâmica proposta pelo coletivo, a Oca  – prédio-monumento de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera – foi escolhida como palco. O festival explora todas as possibilidades de espaço deste patrimônio histórico da cidade, com captação de ponta que, além de apresentar novas perspectivas sobre a Oca, em seu primeiro evento durante a pandemia, mostra outros aparelhos culturais e imóveis históricos do entorno do parque, conferindo mais dinamismo às performances.

Um dos destaques na programação é a apresentação inédita e exclusiva do músico Marcio Lomiranda – pioneiro do uso de sintetizadores no país – que nunca se apresentou ao público antes. Além de dele, nomes como BADSISTA, Eli Iwasa, com um set especial de pós-punk, Vermelho Wonder (apresentação do DJ Márcio Vermelho e de Ivana Wonder), Arthur Joly e Forró Red Light fazem parte do lineup.

Serviço:

A programação completa está disponível no site: https://festivalnaoexiste.com.br/
Transmissão nos dias 27 e 28 de maio pelo canal: https://www.youtube.com/gopgoptun
Classificação indicativa: 16 anos
Grátis

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Agenda

Virada Cultural de SP apresenta o Clube em Casa com lives especiais

Buscando uma alternativa neste ano caótico, a Virada Cultural de São Paulo 2020 apresenta o Clube em Casa, um projeto de lives especiais.

Festa MEL

Em 2020 fomos surpreendidos por uma pandemia que exige como medida preventiva o distanciamento físico entre as pessoas e as consequências disso têm sido expressivas para a economia criativa – em especial para a área de música. O impacto tem sido ainda pior para festas, artistas, casas de shows e clubes que precisam do movimento presencial para acontecer e onde a aglomeração é inevitável.

Os clubes e casas de shows são espaços importantes de difusão cultural. Sem contar que o fechamento desses locais paralisa o exercício da produção de músicos, fornecedores de equipamentos de som e diversos outros agentes que fazem parte da economia da cultura.“, afirma Karen Cunha, curadora e gestora cultural.

Em São Paulo, o recente decreto de retorno à fase amarela deixa mais evidente a necessidade dos cuidados e reforça ainda mais um movimento de ressignificação por parte dos espaços, como é o caso do Boteco Prato do Dia. “Estamos correndo atrás de auxílios e editais públicos, pensando em novos formatos para continuar fomentando a cultura da discotecagem e contando com as colaborações junto ao nosso público frequentador da casa.”  Diante de inúmeros pedidos para o retorno das atividades seguindo todas as normas de segurança, o bar entende que ainda não é o momento de abrir as portas. “As lives se apresentam como uma das alternativas para continuarmos ativos e ajuda a manter as boas lembranças da pista.

Prato do Dia

Pensando em como oferecer acesso democrático e em como conectar clubes, artistas e trabalhadores da área com o público geral, em 2020, a Virada Cultural, que é realizada anualmente, se desloca das ruas da cidade para dentro das casas, promovendo o Clube em Casa.

O Clube em Casa é a união dos principais DJs e festas da cidade em uma série de apresentações musicais online, utilizando como cenário casas de show e clubes renomados da capital – que atualmente se encontram fechados por conta da pandemia.

Totalizando 18 horas de programação, oito casas se unem para a transmissão ao vivo de performances e shows: Casa do Mancha, Aparelha Luzia, Boteco Prato do Dia, Casa da Luz, Mundo Pensante, Tokyo, Fatiado Discos e CARACOL abrem seus espaços para artistas que contemplam diferentes públicos e festas criadas a partir de diversas vertentes como MEL, Discopédia, Mamba Negra, Batekoo, Gop Tun, ODD, Pilantragi, KLJay, Calefação Tropicaos, Desculpa Qualquer Coisa, entre outros.

Akin Deckard

Do ponto de vista artístico, para alguns profissionais da cena, os novos formatos de festas, pautadas pelas normas de segurança e restrições não devem ser vistas como reflexo de impossibilidades. “É importante lembrar que em tempos de pandemia se faz necessário festejarmos o que ainda nos cabe: celebrar a vida através da música e se deixar mover para além do que nos impede.” Lembra o DJ Akin Deckard, que participa do Clube em Casa com um set completo a partir do canal online do CARACOL. “Já que não podemos ir até as festas, que elas venham até nós, como uma janela de escapismo onde se conectar ainda se faz possível.

Realizado nos dias 12 e 13 de dezembro, o Clube em Casa terá transmissão ao vivo pelo Twitch da Flerte e pelo site da Secretaria Municipal de Cultura. O evento será transmitido sábado, a partir das 18h, e domingo, a partir das 13h.

SERVIÇO:

Clube em Casa
Data: 12 e 13 de dezembro de 2020
Local: Transmissão no Twitch da Flerte e site da Secretaria Municipal de Cultura
Horários: à partir das 18h no dia 12 e às 13h no dia 13
Link de transmissão: https://www.twitch.tv/flerte

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Editorial

Divas por uma Diva: Ella De Vuono e o orgulho em forma de música

Mulher cis, lésbica, DJ, produtora e um verdadeiro ícone na comunidade LGBTQIA+ da música eletrônica. Veja nossa entrevista com Ella De Vuono.

Foto: RECREIOclubber

Uma grande amiga do Beat for Beat, Ella De Vuono dispensa imitações. Uma das grandes artistas LGBTQIA+ do Brasil, Ella contou pra gente um pouco sobre sua luta em nossa comunidade, falou sobre preconceito e aceitação, além de criar uma playlist super especial, que celebra a diversidade.

Confira agora nosso papo com Ella De Vuono, convidada da #PrideWeek 2020.

Beat for Beat – Oi Ella, muito obrigado por conversar com a gente nessa semana tão especial. Pra começar, conta pra gente: você já sofreu algum preconceito ou dificuldade para agendar gigs, por conta da sua orientação sexual? 

Ella De Vuono – Oie, é sempre um prazer falar com vocês! Obrigada vocês por lembrarem de mim e darem visibilidade ao meu trabalho.

Olha, felizmente nunca sofri preconceito em gigs no meio da música eletrônica (clubs e festas), mas teve um job em especial, que era para tocar em um evento corporativo e o cachê era super bom, que fiquei sabendo que não me escolheram por ser lésbica. Segundo o responsável, ele tinha medo que eu desse em cima das mulheres no local. Acredito que esse julgamento dele, deve partir de suas próprias atitudes.

Ser uma mulher cis, lésbica, traz em sua essência a hiper sexualização do seu corpo e até das suas relações, visto que muitos homens ainda possuem fetiche em casais. Você já sofreu assédio ou passou por alguma situação desconfortável, por conta disso?

Ella – Essa é a minha vida. Posso contar no dedo quantas vezes sofri preconceito por ser lésbica, mas as vezes que fui assediada por conta disso, são incontáveis. Por isso que eu e minha namorada não “baixamos a guarda” para nenhum homem que se aproxime, não perdoamos nenhuma “brincadeirinha”, não deixamos passar nenhuma insinuação. A gente já corta no ato, porque simplesmente não toleramos.

Na grande maioria das vezes, um “elogio gentil” (entre muitas aspas) acabou sendo um assédio disfarçado e os homens queriam mesmo tentar alguma coisa. É complicado, pois se não damos moral, somos metidas e arrogantes. Se damos, é que estamos dando mole e queremos ir pra cama com o fulano. Então simplesmente não tem papo. Fez brincadeirinha, eu corto.

Ella De Vuono na Levels

Podemos dizer que assim como no futebol, a música eletrônica transformou-se num ambiente em que se assumir é algo raro e que muitos artistas têm medo do que pode acontecer após “saírem do armário”? Você acha que ainda é necessário se esconder tanto, em pleno 2020 e a que você atribui esse medo todo de dizer quem você realmente é?

Ella – Primeiramente, acho que não existe uma comparação plausível entre música eletrônica e futebol. A música eletrônica surgiu dos guetos, das minorias, dos negros, dos homossexuais, dos excluídos. Liberdade é a palavra de ordem em meio a música eletrônica. Se tem um lugar no mundo que eu nunca nem pensei duas vezes para ser quem eu sou, é em um club, em uma rave.

Lembro no começo, quando me entendi como lésbica (2005), eram nas raves que a gente podia se beijar em público, que a gente podia ser um casal sem medo, mas ainda assim rolavam assédios. Acho que só fui parar de ser assediada em festas como a Carlos Capslock, Gop Tun, Mamba Negra, etc.

Eu acho que nunca é necessário se esconder, nem em pleno 2020 e nem nunca. Acredito que o medo vem de diferentes lugares dependendo da história de vida de cada um, mas ao meu ver, se somos aceitos pela nossa família desde sempre, então esse medo é muito mais fácil de enfrentar em qualquer lugar.

Ella De Vuono na Carlos Capslock

Você é uma verdadeira militante da causa LGBTQIA+. Como DJ, você busca tocar artistas da nossa comunidade, dentro dos seus sets? Além de atos, como você passa a mensagem de respeito durante suas apresentações?

Ella – Sempre que eu posso, toco músicas de artistas que se enquadram nas “minorias”, mas isso não é um fator fundamental para mim. Pois na questão musical, eu levo em consideração a música e apenas ela, gênero, orientação sexual, etnia ou raça, não é determinante.

Minha mensagem é passada de diversas maneiras, visualmente na minha performance, roupa e maquiagem. E na minha música, tanto nas minhas produções que são carregadas de mensagens que trazem diversas questões sociais, quanto em acapellas aplicadas em cima de outras músicas, seja trecho de discursos, ou de entrevistas ou até mesmo de alguma outra música.

Foto: RECREIOclubber

Na playlist que você criou pra gente, você colocou grandes artistas LGBTQIA+, além é claro, das Divas supremas, como Madonna, Cher, Diana Ross. Qual o tamanho da influência dessas artistas no seu trabalho e como você tenta traduzir isso no techno?

Ella – Amo! A influência dessas mulheres é gigantesca na minha carreira, meu amor pela Madonna é super escancarado, todo mundo que me acompanha sabe. Para mim, essas mulheres e muitas outras como Nina Simone, Grace Jones, Rita Lee e Maria Bethânia por exemplo, são uma inspiração de que não se separa a artista da pessoa. Que ser uma figura como elas, está sim, em suas atitudes e valores. Que nossa arte tem que ir de encontro com nossos valores e posicionamento.

Eu sempre jogo uma acapella da Madonna, da Lady Gaga, Cher e até da Leandra Leal em cima de algum techno ou house. Além disso, tenho músicas autorais com trechos de entrevistas ou discursos delas também.

Podemos dizer que hoje, o techno é a cena mais inclusiva da música eletrônica. São cada vez mais comuns, festas em que os corpos são livres e podemos ser quem realmente somos. Qual a sensação de fazer parte de um coletivo que foi um dos grandes responsáveis por essa revolução de liberdade de expressão?

Ella – A sensação é de orgulho e pertencimento. Eu amo a Carlos Capslock e já amava sendo apenas frequentadora, depois que entrei para o coletivo como residente, eu pude ver que essa mensagem é realmente genuína, que eles realmente se importam com a cena, com os frequentadores e com todo o staff. Acho que um exemplo disso que estou falando, é a Vakinha que a Capslock está fazendo para conseguir alguma renda para todo o staff que ficou sem trabalho com o cancelamento de todas as festas deste ano.

Como eu já citei acima, nunca esqueço da sensação de alívio que tive de passar uma festa inteira curtindo numa boa sem ter sido assediada. E quem educa parte do público que não recebeu tal educação de berço, é a festa.

Pra finalizar, o que a Rafaella diz todos os dias, para a Ella De Vuono? O que move a sua luta diária, para mostrar para o mundo, que todos somos iguais? Obrigado!

Ella – Acho que a Rafa fala assim: Ella, beesha cê tá arrasando! Continue assim porque eu dependo da senhora pra viver!

O que me move é exatamente a inconformidade de ficar calada. Como me calar diante de tanto ódio? De tanto preconceito? Me manter neutra é ser conivente com tudo de ruim, é medíocre, é raso. Parafraseando Bob Marley: As pessoas pessoas que tentam tornar esse mundo pior não tiram um dia de folga. Como eu vou tirar?

Obrigada você pelo espaço, espero que gostem da playlist.

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