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Descubra: Nevrau

Conheça o projeto formado por Carlos Zampieri e Fabian Ventura, Nevrau, que é pautado nas linhas do Techno e já ganhou suporte de gigantes.

por Ágatha Prado

Uma dupla que ascendeu ouvindo Psytrance e se inspirou nos beats mais acelerados da eletrônica para hoje formar um projeto que integra suas raízes às esferas mais densas do Techno. Esse é o Nevrau, duo formado por Carlos Zampieri e Fabian Ventura e que desde 2018 vem trazendo um tom mais intenso para sua assinatura, conquistando suportes de ANNA, Wehbba e Tarter, e bons destaques nos charts do Beatport.

Para descobrir um pouco mais o que o Nevrau tem a oferecer, acompanhe a entrevista que fizemos com eles.

Beat for Beat – Olá meninos, tudo bem? Vimos que vocês estão inseridos no meio da música eletrônica já faz um bom tempo, desde 2004. Vocês já se conheciam desde então?

Nevrau – Olá pessoal, tudo ótimo por aqui. Primeiramente, obrigado pelo espaço. Sim, somos amigos de longa data, desde a adolescência. Nós praticamente começamos juntos a frequentar e ter o mesmo interesse pela música na mesma época, por volta de 2003/2004.

As raízes musicais de vocês são provenientes do Psytrance, e hoje vocês assumem um projeto voltado para o Techno. Ainda existe alguma relação com o Trance na assinatura de vocês?

Nevrau – Nosso primeiro contato com a Dance Music de uma forma geral foi na adolescência, nos clubes que frequentávamos na região. Mas com o boom do Psytrance nos anos 2000, essa paixão se intensificou e foi onde começamos a criar nossas raízes. Com o passar de todos esses anos, nossos gostos e ideias evoluíram, porém como tudo que faz parte da nossa formação, sempre teremos alguma influência disso, seja em um elemento da nossa música ou na forma como ele progride.

Apesar de vocês já terem começado a produzir desde 2005, o projeto Nevrau veio à luz somente em 2018. Durante esse período vocês estavam atrelados a algum outro projeto musical?

Nevrau – Podemos dizer que esse período todo foi um processo de incubação para o que viria a ser o Nevrau.

Quando começamos a ter interesse na produção musical, a informação era bem restrita e por conta disso começamos a estudar por conta própria. Em 2010 fizemos um curso de produção musical e nessa época nós já estávamos experimentando diferentes sonoridades, porém ainda não pensávamos em levar isso para um lado mais profissional.

Com o passar do tempo passamos por diferentes gêneros, assim como acompanhamos as diversas mudanças na cena eletrônica. Tivemos um período de hiato como duo (produzimos juntos desde o começo) e retornamos no início de 2018, e com toda a vivência desses anos acabamos dando vida ao Nevrau.

Embora o Nevrau ainda seja um nome novo para as pistas de dança, vocês conseguiram recentemente suportes da ANNA, Wehbba e do Tarter. Conta pra gente um pouco mais sobre cada um deles e como rolou?

Nevrau – Em 2020 nós iniciamos uma mentoria junto ao Tarter e com isso estreitamos bastante os nossos laços. Foi bem importante e motivador termos algumas tracks nossas sendo tocadas por ele e nós somos muito agradecidos por isso.

Com relação ao suporte da ANNA e Wehbba, nós participamos de um Contest do Anaweh Studio a uns meses atrás, em que era permitido enviar uma track por projeto. Foram selecionadas 15 músicas e o campeão teve um set publicado pela Awakenings Podcast. Nós ficamos entre os 15 finalistas e com isso eles tocaram nossa música em uma Live no estúdio deles em Julho. Posteriormente a ANNA tocou essa faixa no Junction 2 Festival em Agosto/2021.

Tanto a ANNA, quanto o Wehbba, são duas das nossas maiores referências na música eletrônica. Nós acompanhamos os seus trabalhos já a bastante tempo e temos muito respeito e admiração por tudo que conquistaram. Seremos eternamente gratos por isso.

E o que mudou dos primeiros lançamentos para os trabalhos atuais?

Nevrau – No início do projeto a nossa sonoridade era voltada para um lado mais melódico, porém estamos em um processo de transição. Apesar de não nos prendermos a rótulos, nossas músicas têm naturalmente se encaminhado para bpm´s mais altos. Com isso também surgiu um novo desafio, que é de tentar manter nossa identidade nesse novo momento.

Vocês também estão formatando um Live Act para as futuras apresentações. Quais são os elementos principais do setup de vocês?

Nevrau – Utilizamos Ableton Live como DAW, o core do nosso Live é a Roland MX-1, que serve basicamente como uma placa de som e mixer; APC 40 MKII e Push 2 para disparos das cenas e controles gerais.

Synths analógicos: Roland System-1, Korg Monologue e MAM-MB33 (Clone TB-303); Processador de efeitos: Korg Kaoss Pad KP3. Esse é o setup completo, porém estamos planejando diferentes versões para atender a diferentes cenários.

E quanto às referências, quais são os nomes que inspiram o Nevrau?

Nevrau – Referências de Live Act: Paul Kalkbrenner, Chemical Brothers, Richie Hawtin e Wehbba.

Referência de artistas: Richie Hawtin, Cirez D, Robert Hood, Anna, Wehbba, Dj Murphy.

Com certeza estamos sendo injustos, porque poderíamos citar vários outros artistas hahaha.

Alguns lançamentos programados ainda para esse ano?

Nevrau – Sim. Tivemos a honra de fazer um remix para o tarter, que vai sair na D-Edge Records Black, provavelmente em novembro! Valeu pelo papo e pelo espaço!

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Conheça a Createch, nova gravadora de tarter e sua esposa Nicole

Criatividade e tecnologia são os pilares do selo; primeiro release da Createch foi assinado por um novo talento: HNGT. Escute agora!

por Ágatha Prado

Produtores musicais em fase inicial muitas vezes encontram dificuldades para realizar seus primeiros lançamentos em gravadoras, e é buscando auxiliar e impulsionar a carreira principalmente dessa classe artística que surge a Createch, novo selo da cena underground nacional, comandada por duas mentes criativas: o DJ e produtor tarter e sua esposa Nicole.

 

A missão é mostrar uma curadoria em sintonia com profissionalismo, lançando uma nova geração de artistas que vão desde talentos oriundos da própria mentoria realizada por tarter, bem como nomes de diferentes cantos do Brasil. Createch significa a união entre a criatividade e a tecnologia — já que tarter é um aficionado por essas esferas — e usa essa linguagem como motor para sua assinatura sonora, que não irá se limitar dentro de um segmento estético, deixando um espaço aberto para a diversidade, independente do estilo.

A carta de apresentação do label foi dada pelo catarinense HNGT, um dos alunos de tarter na mentoria que ainda está moldando sua identidade, mas que também já demonstra uma assinatura potente inspirada pelos perfis de Wehbba, ANNA e Victor Ruiz, suas grandes referências. O EP ‘Self Control‘ traz cinco faixas autorais com uma forte pegada de pista e tonalidades profundas e introspectivas dentro do Techno.

Pela frente, o segundo virá assinado por Maccari, transitando por uma linha de som mais hipnótica do techno industrial. Ele, inclusive, foi um dos primeiros alunos a fechar a mentoria com tarter e está desenvolvendo um excelente trabalho no quesito produção musical.

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Tarter oferece semana de mentoria gratuita para novos artistas

Residente do D-EDGE, Tarter apresenta uma semana de mentoria gratuita para novos artistas a partir do dia 26 de Janeiro. Saiba mais.

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Talles Domit: equilibrando técnica e feeling com precisão

Cria de um estado que virou um reduto de grandes talentos, Talles Domit compartilha sua experiência com a gente nessa entrevista.

Santa Catarina há um bom tempo é berço de grandes talentos, principalmente na região do litoral, onde a vida noturna é (ou era até antes do coronavírus) bastante agitada, abrigando alguns dos principais clubs do Brasil e do mundo. Foi neste lugar que Talles Domit resolveu partir para firmar bases e trilhar uma carreira na música.

Há pelo menos seis anos, ele vem absorvendo experiência e apresentando uma identidade que une música eletrônica e clássica, passeando por estilos como Deep House, Progressive House e Techno. Abaixo você conhece um pouco mais da história deste artista, que tem planos definidos para 2021:

Beat for Beat – Olá, Talles! Muito obrigado por conversar conosco. Conta pra gente, primeiramente, como nasceu sua paixão pela música eletrônica?

Talles Domit – Olá, pessoal! Eu que agradeço o espaço e a oportunidade de compartilhar um pouco dessa trajetória até aqui. Em meados de 2014, logo que sai de um relacionamento exigente e regado de filosofias que eu não concordava, fui em busca de coisas novas. Conhecia bandas como RHCP, Linkin Park, ouvia Bee Gees e sempre notava a qualidade musical da produção no geral. Desde pequeno, e nem sabendo do que se tratava, eu já sentia uma vibração boa, não sei qual é o motivo, mas quando eu via um piano pensava: ‘Caraca, quero aprender a tocar isso, o som é lindo’.

Nesse tempo eu já estava praticando mixagem em CDJ com um amigo, foi o meu primeiro professor tanto em produção quanto mixagem, mas nunca cheguei a ir numa balada de música eletrônica. Tempos depois conheci o tal Warung que todos falam… cara! aquela vibração que eu sentia antes parece que se conectou com o templo, via a resposta das pessoas a cada virada e cada groove, o respeito de cada pessoa, a educação… parece que é uma sociedade completamente diferente.

Entre tantos momentos ruins que passei na minha vida, eu tinha encontrado um lugar onde todos os problemas eram esquecidos e a política de boa vizinhança exercida, acho que foi o momento que pensei cara como eu queria fazer parte disso! Liguei pro André Hobi, meu professor que citei anteriormente, e falei: ‘Mano, me ensina isso!’ Ele topou na hora e a partir disso comecei a minha trajetória.

O que resume tudo é prazer. A música passa uma sensação de bem estar e nos eleva a um ponto tão específico que nunca mais queremos sair daquele transe!

Em 2021, mais do que nunca, passaremos por uma fase de valorização dos artistas nacionais por conta da pandemia. Na sua visão, o que um artista precisa hoje em dia pra ganhar espaço e ser visto no mercado?

Talles Domit – Não posso dizer que é uma ciência exata e que fazendo tais coisas a pessoa vai atingir o mundo, acho que é um processo que exige paciência, estrutura e muita informação e prática. Acho muito importante organizar a casa e definir a identidade. Uma dica é: descubra suas descendências, analise o que pode ser usado para criar algo diferente e puxe isso para seu projeto, procure produzir música que o timbre lembre o país de onde seus ancestrais vieram, por ex.: minha família é libanesa, tem traços fortes, e a cadência das músicas do oriente médio é diferente, isso deixa uma seriedade e é marcante, expande as possibilidades. Estou no início, comecei a dar mais cara ao projeto e as coisas começaram a tomar um rumo melhor depois que comecei a praticar e aplicar alguns conceitos.

Procure também um mentor, uma pessoa que esteja na frente, ela vai lhe passar muita experiência e vai lhe ajudar a tirar as pedras do caminho, nós não conseguimos fazer tudo sozinho, é necessário um professor perto para você tirar o melhor proveito do seu tempo. Comigo está o Tarter, a mentoria dele vem abrindo os olhos para alguns erros que cometia e tem me ajudado a ajustar minha carreira.

Falar sobre tocar, neste momento, sempre parece um pouco utópico. Mas quando você sobe na cabine, quais são as principais influências que você leva consigo? Seja no estilo de mixagem, na seleção musical…

Talles Domit – Primeiramente levo o coração cheio de amor, cabeça limpa, tento deixar a mente em paz, é uma união de groove com melodia muito louca [risos]. Considero minha mixagem longa, parecida com a do Solomun. Minha playlist varia de acordo com horário, porém é composta pela maestria da BLANCAh, a experiência do Solomun, a força de Dubfire, e a calmaria de caras como Bedouin, Kora, Lee Burridge e outros.

Se você pudesse escolher um artista para realizar um b2b, quem seria e por quê?

Talles Domit – A BLANCAh, sem dúvidas. Ela foi uma espécie de sinal que apareceu na minha vida em momentos que pensei em desistir. Eu rezava por um sinal e ela curtiu minhas músicas e tocou em sua tour em Berlim. Isso considerei como um sinal que não era pra desistir e sim continuar ajustando as coisas.

 

E qual seria sua pista dos sonhos para tocar?

Talles Domit – São várias as pistas dos sonhos, como Amazing, Vibe, D-EDGE, porém, não posso negar que a principal é o Warung, arrepio só de pensar.

Imagino que durante a quarentena sua pesquisa também deve ter se intensificado. Tem alguma música que te surpreendeu nesses últimos meses?

Talles Domit – Confesso que tenho acompanhado pouco o mundo externo no quesito lançamento, tenho passado os últimos meses concentrado no live. Recentemente perdi meu HD externo e me desliguei totalmente do mundo exterior para colocar em dia o Live, que é meu foco principal no momento.

Você tem uma carreira relativamente pequena, mas com alguns feitos importantes! Quais foram esses momentos mais marcantes até aqui?

Talles Domit – Tocar nos dois principais clubs na minha cidade natal, União da Vitória, Aborigene Club e o Ravine, isso ajudou a dar uma impulsionada nas coisas. Fechar a pista dos gigantes Elekfantz, também no Ravine Club, e receber o suporte da BLANCAh em um momento que achei que a música estava com dias contatos, pois meu pai faleceu e a coisa toda teria que tomar outro rumo…

Apesar de um conhecimento relativamente novo, sabemos que você tem um carinho especial por piano e violino, inclusive pretende incluir estes instrumentos no seu live act, certo? Fala um pouco mais dos teus planos…

Talles Domit – O gosto por violino e piano vem de tempos, o timbre deles é arrepiante. Eu não sou nenhum especialista nesses instrumentos, porém sei onde estão as notas que eu preciso para aquela determinada obra. Tenho intenção de incluir ambos no meu live, na parte do piano utilizando teclados MIDI para emular o timbre. O violino vem depois, o processo é longo, ainda estou me aperfeiçoando, mas sei que nada é impossível.

E quanto ao trabalho de estúdio, você já tem novas músicas prontas? Quando deve chegar um novo lançamento?

Talles Domit – Até dói comentar, mas como falei acima, meu HD externo acabou indo pro espaço e perdi todo o live que estava pré-formatado, uma perda que me deixou triste um dia todo. Consegui salvar apenas três músicas das principais, entre elas, uma que o tarter tocou em sua live no projeto TWNP, que segundo ele é uma das favoritas para o lançar com a Createch. Tenho muito trabalho pra recuperar esse que perdi, mas não vou deixar abalar, já estou produzindo o restante.

O que você diria para as pessoas que estão iniciando sua carreira como DJ?

Talles Domit – Primeiramente: não seja sugão. Segundo: nada cai do céu, é preciso ralar, trabalhar para investir na carreira… não pense que fazendo foto do celular e música com sample vão te fazer subir, a parada é muito mais além que só tocar, portanto, não se iluda. Ser DJ não é acordar três horas da tarde, ser DJ é uma empresa e deve ter disciplina e regras. Quando você entender essas coisas, pode ficar um pouco mais claro, mas não significa que você vai conseguir. Lute como eu estou lutando, se você não fizer ninguém vai fazer por você.

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