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Descubra: Dani Borges

Do Heavy Metal para a música eletrônica, Dani Borges já emplacou tracks em importantes charts do Beatport. Descubra esse talento com a gente!

Por Maria Angélica Parmigiani

Com um background formado nas linhas pesadas do Rock, em especial o Heavy Metal, Dani Borges caiu na música eletrônica de pista quase que por acaso. Mas como acaso seria algo simplista demais, vamos colocar um fator “destino” por aqui. Se ele acredita nessas coisas, não sabemos, mas foi em um evento de sua escola de inglês com um DJ convidado que ele se apaixonou pela ideia e decidiu seguir carreira. Não só isso, começou a produzir sem parar.

Natural de São Paulo, ele viveu alguns anos nos Estados Unidos, onde moldou seu gosto musical, algo que ele também busca trazer em suas tracks. Na produção já encabeçou algumas posições importantes nas charts do Beatport, tendo o #6 lugar no Progressive House e #11 no Melodic House & Techno. Algo que não se vê com frequência quando alguém está “começando”.

Seu novo EP Uprise, sairá logo mais pela TRIP & Dream, mas já está sendo destaque no Beatport. Conversamos com ele para descobrir mais sobre sua história com a música. Chega mais!

Beat for Beat – Oi Dani Borges, tudo bem? Obrigada por essa entrevista. Bom, honrando o título dessa coluna aqui no Beat For Beat, vamos do começo. Como começou sua relação com a música? Sei que você tem bases em outras vertentes também…

Dani Borges –  Minha relação com música vem de longa data. Meu avô era apaixonado pelo pandeiro e sanfona. Nós éramos muito próximos e uma das histórias que ele me contou é que quando era jovem chegou a tocar na noite com os músicos dos Demônios da Garoa. Antes dele falecer ele me deu o seu pandeiro. Meus tios são percussionistas em escola de samba também.

E a música eletrônica? Como você a descobriu? 

Dani Borges – É uma história bem engraçada. Junto com minha esposa, Jéssica, eu tenho uma escola de Inglês. Todo ano fazemos uma festa de Halloween e em um dos anos o DJ que sempre contratávamos não estava disponível e não conseguimos mais ninguém no dia do evento. Resolvi que eu comandaria a festa e baixei um app em um tablet e fizemos uma festinha. Foi uma sensação incrível e me apaixonei imediatamente pela discotecagem. No próximo ano comprei uma controladora e fui descobrindo a música eletrônica aos poucos até decidir começar a produzir. Entrei em um curso no início de 2019 e desde então produzo todos os dias.

E quais são suas influências? O que você curte ouvir quando não está envolvido com os sons da pista? 

Dani Borges – Em grande parte da minha infância fui influenciado pelo rap e hip-hop. Na minha adolescência fui migrando para o rock, especialmente heavy metal. Nessa época tive minha primeira experiência com instrumentos, tocando guitarra. Uma das minhas grandes influências é Queens Of The Stone Age e Rage Against The Machine. Quando quero algo mais leve gosto muito de Pearl Jam e Red Hot Chilli Peppers.

Sabemos que você morou nos Estados Unidos por um certo tempo. Isso de alguma forma moldou seu estilo musical na profissão? Se sim, como?

Dani Borges – Com certeza! Minhas maiores influências vêm de fora. Lembro em uma entrevista Josh Homme, líder do  Queens Of The Stone Age falou que o som deles era um rock robótico com riffs repetitivos, basslines envolventes e sempre muita energia. Gosto de trazer essa cultura de mosh pit no meus sons, um som pesado que deixa você pulando o tempo inteiro. Gosto muito de incorporar vocal em inglês nas minhas tracks.

Agora você está no Brasil tem quanto tempo? Qual a sensação desse crossover de cultura? Tem algo que você já tenha agregado para seu trabalho e que seja essencialmente brasileiro?

Dani Borges – Já faz 13 anos que voltei pro Brasil. No início foi um pouco assustador, mas hoje não troco o Brasil por nada. Apesar de todas as dificuldades do nosso país aqui me sinto em casa. Em 2022, tenho um lançamento em um V.A de uma grande gravadora brasileira que tem um vocal em português muito especial. Aguardem (risos).

Você encabeçou algumas posições bem relevantes nas charts do Beatport. Como foi isso pra você? 

Dani Borges – Foi uma experiência incrível ter o trabalho reconhecido. Espero sempre alcançar resultados expressivos. A gravadora faz muita diferença. O Fluxo e a Explore fizeram um trabalho perfeito.

https://open.spotify.com/track/4TMlM1Z9wn2N4POS4iX5ax?si=b42df762274044a5

Ouvindo seu som, é perceptível que estamos falando de Progressive House e Melodic House & Techno, certo? Olhando por um panorama mais amplo, você acha que teremos um bom momento para essas esferas musicais no pós-pandemia? E por que?

Dani Borges – É um estilo que está em alta no mundo e o Brasil não está ficando atrás. Temos grandes produtores e clubs que investem nessa linha sonora. Vejo que vai ter muito espaço nas festas pós pandemia.

E quais são seus projetos recentes? Tem algo vindo por aí? 

Dani Borges – Meu EP ‘Uprise’ saiu recentemente nas plataformas digitais pela Trip & Dream, o braço melódico e progressivo da Trippy Code. O EP mostra bastante minha personalidade e influências trazendo um som progressivo e impactante.

Qual seu objetivo para o próximo semestre ou mesmo pra essa reta final do ano?

Dani Borges – Para finalizar o ano estou organizando uma festa na minha região junto com dois grandes amigos. A festa está em sua terceira edição e a minha primeira pós-pandemia. Minha meta para 2022 é crescer cada vez mais como produtor e me apresentar Brasil afora.

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