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Descubra: SODREE

Brasileiro que está ganhando terreno na Europa, SODREE já emplacou hit no Top 10 Beatport e hoje, conversa com a gente na coluna Descubra!

por Rodrigo Airaf

Pouco tempo após sua faixa ‘For Respect’ entrar no Top 10 do Beatport no chart de Minimal e Deep Tech, o catarinense SODREE retorna com mais batidas dançantes, samples saudosos e grooves sintéticos com sua última track, ‘We Did’ — dica: lembra do vocal classudo daquele hit do HNQO?

O DJ e produtor de 29 anos, criado em Araranguá, já era figura ativa na cena de Santa Catarina — Place Lounge, Todai-ji, Villa13, Lebben, Luau Club, Lates, Secrett, Ludika e Local House eram rolês onde costumava tocar — e mudou-se para a capital da Escócia durante a pandemia.

Desde então, Sodré de Abreu Júnior vem curtindo um momento muito especial em sua carreira. Somente nos últimos meses, emplacou suas sonoridades nos selos Distance Music, Unnamed & Unknown e Habitat Label. Com a flexibilização dos protocolos pandêmicos, SODREE vem conquistando seu espaço no Reino Unido, apresentando-se em cidades como Londres, Liverpool e a própria Ebimburgo, além de uma mini turnê por Portugal, sem esquecer do seu intercâmbio natural com o Brasil.

Decidimos conversar um pouco com ele em celebração ao seu novo single, que você pode ouvir logo aqui embaixo — afaste logo a mesa da sala.

Beat for Beat – Oi, Sodré! O que te fez ir para Edimburgo? 

SODREE – Oi pessoal! Obrigado pelo convite pra esse bate-papo. Escolhi Edimburgo por dois motivos: o primeiro, e mais importante, foi a  influência de um amigo que mudou-se para Edimburgo e me deu o apoio necessário. O segundo foi a cena eletrônica underground no Reino Unido.

O que sei dos escoceses até o momento (com propriedade de causa) é que falam um inglês difícil e tendem a beber muito. Mas e aí, como é a cena eletrônica daí?

SODREE – Diferentemente da Inglaterra, a cena eletrônica na Escócia é mais voltada para o techno. Aqui há diversas casas, porém em sua grande maioria vemos DJs de techno. Já na Inglaterra, o tech house e minimal deep tech encontra um grande amparo. Há uma grande variedade de festivais e festas.

O que mais te faz sentir falta do Brasil?  

SODREE – Posso dizer que sinto muita falta da minha família, amigos, da nossa comida brasileira que não tem para bater e, claro, da energia que os brasileiros demonstram na pista.

Muitos começam na dance music pelos caminhos mais palpáveis mercadologicamente e depois rola uma “virada de chave” para gêneros mais underground. Como foi esse caminho pra você e quem foram os artistas e eventos fundamentais pra que isso acontecesse? 

SODREE – Nunca fui pelos caminhos mais palpáveis. Iniciei tocando o que eu já gostava de ouvir e tive suporte de casas underground onde eu passei de frequentador para DJ. Isso fez eu gostar cada vez mais do som que venho tocando e produzindo.

Como é o seu processo criativo no estúdio geralmente? Por onde começa, por onde termina, e o que te inspira?

SODREE – Não estou produzindo muito, mas tento pelo menos começar uma track por semana e terminar pelo menos duas por mês. O que me inspira é quando eu acho algum vocal que me chama atenção, daí eu pego firme e tento terminar a track o quanto antes para ver ela finalizada.

O mundo está “voltando” aos poucos… o que pretende atingir com sua carreira daqui em diante? 

SODREE – Pretendo estar me apresentando em alguns clubes e label que sonho em tocar aqui na Europa, mostrar cada dia mais o meu som para todo o mundo e também que um dia eu possa voltar para o Brasil e poder viver só da música.

Como você define sua identidade musical em três palavras?

SODREE – Carisma, humildade e amor.

SODREE está no Instagram e no Soundcloud.

 

 

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