DJ e produtor estreou pela Natura Viva Black recentemente e cria música apesar de dificuldades
Rodrigo Moreira, também conhecido como USH, vem desenhando sua trajetória com tons inspiradores, tanto para o público como para seus colegas de profissão. Nascido em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, USH teve seu primeiro contato com música eletrônica em Madri, na Espanha, experiência que abriu caminho para o início do seu projeto, em 2021.
O produtor chamou a atenção com seus lançamentos. Recentemente fez a sua aguardada estreia no Beatport, o EP “Lighthouse Water Waves“, pela Natura Viva Black, braço da renomada gravadora italiana Natura Viva. E para entender um pouco sobre o sucesso do lançamento, fomos a fundo em suas motivações pessoais e, claro, suas referências artísticas.
O nome do projeto já é algo a se notar. Rodrigo foi diagnosticado com síndrome de Usher, uma doença genética que afeta visão, audição e equilíbrio – por isso o codinome USH. Isso fez com que o artista se disciplinasse em prol do seu sonho de trabalhar com música eletrônica, como quem tira o melhor de si e para que o público tenha nele uma representação, trazendo uma nova forma de ouvir e entender a música.
Portanto, a escolha por timbres mais graves não foi em vão. Os graves tendem a ter ondas graves mais longas e são mais perceptíveis por pessoas de baixa audição. Com humildade e respeito, o produtor se considera um artista em desenvolvimento e, ao longo dos anos, foi transitando entre gêneros musicais. Encontrou nas progressões robustas de artistas como Mathame e Tale Of Us uma fonte de inspiração para as suas ideias.
Seguindo pelo Progressive House e Melodic Techno, USH conseguiu traduzir como poucos uma aura hipnótica e crescente do Progressive, incorporando linhas de baixo vigorosas e baterias bem estruturadas.
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