O produtor musical YOLA nos contou suas interpretações sobre a construção da originalidade de suas faixas. Confira.
por Isabela Junqueira
O ato de criar músicas, por si só, já é considerado uma arte. Mas quando o artista dispõe da capacidade de refletir sua história, sua vida, experiências (boas ou ruins), influências e frutos que são claramente de sua própria mente — ou universo — essa arte ganha uma conotação ainda mais profunda — e é justamente por isso que YOLA é um grande artista.
Toda essa dinâmica artística que move o produtor paulistano trouxe a originalidade que o faz um agente artístico tão singular; o que nos conduziu a buscá-lo para entender um pouco mais sobre seu processo criativo e de produção. E diferente do que muita gente pensa, o processo de criação nem sempre é linear e bem organizado, por isso, de primeira YOLA já garantiu: “[que seu processo de produção é] uma bagunça… normalmente começa de alguma harmonia e vou desenvolvendo o resto no feeling, sem nenhum processo ou regra… é um pouco caótico e com o tempo vou organizando as ideias, criando arranjo, etc“.
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Esse rompimento com possíveis regras e organizações dá espaço para uma espécie de caos harmônico que enriquece o processo de concepção de YOLA, e que certamente é fundamental para auxiliá-lo a alcançar sua autenticidade. “Quando estou produzindo, estou tão afundado na música que nem penso em outros sons… é claro que o que ouvimos no dia-dia pode nos influenciar, mas no final o que sai de mim é o que eu consigo expressar a partir de tudo que vivi, ouvi, vi“.
Quando questionado sobre influências, YOLA refletiu: “acho que não existe um artista de qualquer tipo de arte que não tenha uma referência, alguém que goste… isso não significa que você vai fazer igual. Inspiração é uma semente, e no final, o som acaba sendo uma mistura de várias sementes“, e complementa: “você não constrói identidade copiando, identidade tem a ver com quem você é, e não o outro“.
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Mas afinal de contas, quais ingredientes são reunidos no caldeirão criativo de YOLA para dar asas à tamanha originalidade musical? Provavelmente o simples ato de deixar fluir: “faço tudo muito freestyle, não tenho muitas regras, vou mais no sentimento do momento mesmo“. “Na real é como sempre falei: bem natural… estou na música desde os 12 anos, entre bandas, shows, trampando em estúdio como engenheiro de áudio, etc… meu som é um reflexo da minha vida“, conclui.
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